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Vivo, e no Underground, Mono Stereo procura revitalizar “essa parte mais alternativa do Rap”

Vivo, e no Underground, Mono Stereo procura revitalizar “essa parte mais alternativa do Rap”
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Em véspera de mais um show da turné de apresentação do seu último álbum, o rapper angolano Mono Stereo declarou que o “Underground Vive” é e sempre foi um mantra pessoal, “com o propósito de extensão a aqueles que vivem, se identificam e afins”, e com o objectivo de se juntarem sinergias e “revitalizar esta parte mais alternativa do Rap”.

“O Underground Vive sempre foi um mantra pessoal e, com a alguma atenção, pode se perceber que o pessoal abraçou a ideia, o que se vê pelo volume de trabalho que tem vindo a sair e com alguma qualidade também”, declarou o mestre de cerimónias, ao ONgoma News, tendo relatado que, em suma, todos têm conseguido manter a chama acesa, “embora ainda existam muitos aspectos por serem melhorados a nível do Rap mais alternativo”.

A duas semanas de levar o próximo espectáculo ao Restaurante African Grill, sito no Projecto Nova Vida, rua direita do Tribunal, o artista disse não ter percorrido ainda o bastante com esse que é o seu segundo disco, lançado em Outubro de 2019, mas dá-se por satisfeito com o resultado que pôde alcançar com o projecto, desde a maior acessibilidade a espaços inesperados onde chegou.

“Percorremos muitos caminhos, desde a criação de vários pontos de distribuição (venda) a nível de Luanda, atrelados à expansão do álbum em território nacional, ao alargamento da linha de produção de merchandising com o nome do álbum, e com isso seguiram-se as apresentações regulares em palcos e convites para projectos colaborativos, dentre os quais, o EP “CASA”, com o renomado produtor Mad Superstar”, revelou.

Tendo lançado o seu primeiro álbum, com o tema “Estou Vivo”, em 2014, fora os EPs, mixtapes e outros lançamentos, ao também produtor pela Estilo Classiko, perguntámos que impacto tem para a sua arte estar vivo e no Underground. Em respota, Mono Stereo afirmou que, primeiramente, é o da auto-motivação da sua arte, e dele mesmo, enquanto artista. “Como homem e artista, há muito que não cultuo a ideia da dependência a validações e motivações externas, sempre procurei e encontro formas próprias de dizer a mim mesmo a necessidade de me manter vital, firme e focado nas minhas coisas.  O diálogo com as palavras que digo é sempre salutar”, esclareceu.

A intenção do show, a acontecer no dia 07 de Outubro próximo, cinge-se essencialmente na maior dignidade de exposição contínua do album, dada a sua qualidade e por acreditar que proporcionar tal dinâmica “é uma das formas, talvez das mais justas, de retribuir ao album a sua devida qualidade”. “Convido a todos a marcarem presença no dia 07 de Outubro, para se constatar in loco os atractivos que se aguardam para o evento”, anunciou a fonte.

No entanto, a escolha para os artistas convidados, nomeadamente, Ronin, Skit Van Darken, Luso, Kid MC, Horrortropole e Isis Hembe, é uma forma de contribuir para aparição desses e, sobretudo, qualidade, sendo Mono “adepto acérrimo” de ter sempre nos seus elencos artistas de qualidade, “não obstante gozarem de exposição ou não.  Aliás, o `Underground Vive´ é sobre isso - dar a conhecer outros artistas que tenham bom material, sejam eles mais ou menos novos”.

Finalmente, sobre o que espera dessa turné, o rapper contou ter estado a imprimir estratégias e dinâmicas que considera serem eficazes, no sentido de atingir outros públicos. “E temos recebido um bom feedback de todos, o que significa que a nossa estratégia está a funcionar. Quanto aos outros destinos, temos mais alguns em carteira, é só o pessoal estar atento às informações nas minhas páginas, de Facebook e Instagram”, rematou.

Mono Stereo é um artista angolano de música Rap. Começou a marcar os primeiros passos na música em 1999, na Avenida 21 de Janeiro, Município da Maianga, Bairro Rocha Pinto, juntamente com os seus amigos, na adolescência, influenciado pelo rapper Neidy (Pregadores), seu mentor e responsável pelas suas primeiras composições e pelos fascículos de filosofia do Hip-Hop. Em 2002 muda-se para o Bairro Morro Bento, onde intercalava os treinos de futebol (No Clube 1º de Agosto) com o Rap, e em 2004 faz o lançamento do seu primeiro projecto, um maxi-single intitulado “Inquietação Mental”, saído pelos estúdios da X-10, com o produtor DH (Desejo Humano). E a partir daí, outros projectos se seguiram, distinguidos entre singles, mixtape, EP e o lançamento do seu primeiro álbum em 2014, o “Estou Vivo”.

No seu percurso artístico, Mono Stereo conta com os artistas BK, Soldados Verbais, Negroydz, Organoydz SS, Konkreto, Sanguinário, Filantropiko, Inamotto, Xtygmaz, Holograma do Deserto, Estado Mental, Hostil, 100 Dollarz, Discípulo Sangrento e Trombetas de Guerra.

Prolema Sul, Positivos Com Vocabulário, Fusão R Consciência Activa, Mutu-Moxi Intelektu, Muginga Luhunzu, Hemoglobina, Filhos da Ala Este, SSP, Brigadeiro Mata-Frakuxz, McK, Big Squad e outros artistas da época são das suas maiores influências no estilo.

Mono Stereo é membro da label e editora MUM (Movimento Underground do Murrão), da qual fazem parte ainda Satsang, Negroydz e Organoydz SS. É dono da produtora Estilo Classiko, onde trabalha, e colaborativamente trabalhou nas obras de artistas como Sanguinário, Drunk Master, MCK, Organoydz SS, Haudaz, Andromafia, Kamesu, Denexl, Hostil e muitos outros do cenário do Rap angolano.

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

Em véspera de mais um show da turné de apresentação do seu último álbum, o rapper angolano Mono Stereo declarou que o “Underground Vive” é e sempre foi um mantra pessoal, “com o propósito de extensão a aqueles que vivem, se identificam e afins”, e com o objectivo de se juntarem sinergias e “revitalizar esta parte mais alternativa do Rap”.

“O Underground Vive sempre foi um mantra pessoal e, com a alguma atenção, pode se perceber que o pessoal abraçou a ideia, o que se vê pelo volume de trabalho que tem vindo a sair e com alguma qualidade também”, declarou o mestre de cerimónias, ao ONgoma News, tendo relatado que, em suma, todos têm conseguido manter a chama acesa, “embora ainda existam muitos aspectos por serem melhorados a nível do Rap mais alternativo”.

A duas semanas de levar o próximo espectáculo ao Restaurante African Grill, sito no Projecto Nova Vida, rua direita do Tribunal, o artista disse não ter percorrido ainda o bastante com esse que é o seu segundo disco, lançado em Outubro de 2019, mas dá-se por satisfeito com o resultado que pôde alcançar com o projecto, desde a maior acessibilidade a espaços inesperados onde chegou.

“Percorremos muitos caminhos, desde a criação de vários pontos de distribuição (venda) a nível de Luanda, atrelados à expansão do álbum em território nacional, ao alargamento da linha de produção de merchandising com o nome do álbum, e com isso seguiram-se as apresentações regulares em palcos e convites para projectos colaborativos, dentre os quais, o EP “CASA”, com o renomado produtor Mad Superstar”, revelou.

Tendo lançado o seu primeiro álbum, com o tema “Estou Vivo”, em 2014, fora os EPs, mixtapes e outros lançamentos, ao também produtor pela Estilo Classiko, perguntámos que impacto tem para a sua arte estar vivo e no Underground. Em respota, Mono Stereo afirmou que, primeiramente, é o da auto-motivação da sua arte, e dele mesmo, enquanto artista. “Como homem e artista, há muito que não cultuo a ideia da dependência a validações e motivações externas, sempre procurei e encontro formas próprias de dizer a mim mesmo a necessidade de me manter vital, firme e focado nas minhas coisas.  O diálogo com as palavras que digo é sempre salutar”, esclareceu.

A intenção do show, a acontecer no dia 07 de Outubro próximo, cinge-se essencialmente na maior dignidade de exposição contínua do album, dada a sua qualidade e por acreditar que proporcionar tal dinâmica “é uma das formas, talvez das mais justas, de retribuir ao album a sua devida qualidade”. “Convido a todos a marcarem presença no dia 07 de Outubro, para se constatar in loco os atractivos que se aguardam para o evento”, anunciou a fonte.

No entanto, a escolha para os artistas convidados, nomeadamente, Ronin, Skit Van Darken, Luso, Kid MC, Horrortropole e Isis Hembe, é uma forma de contribuir para aparição desses e, sobretudo, qualidade, sendo Mono “adepto acérrimo” de ter sempre nos seus elencos artistas de qualidade, “não obstante gozarem de exposição ou não.  Aliás, o `Underground Vive´ é sobre isso - dar a conhecer outros artistas que tenham bom material, sejam eles mais ou menos novos”.

Finalmente, sobre o que espera dessa turné, o rapper contou ter estado a imprimir estratégias e dinâmicas que considera serem eficazes, no sentido de atingir outros públicos. “E temos recebido um bom feedback de todos, o que significa que a nossa estratégia está a funcionar. Quanto aos outros destinos, temos mais alguns em carteira, é só o pessoal estar atento às informações nas minhas páginas, de Facebook e Instagram”, rematou.

Mono Stereo é um artista angolano de música Rap. Começou a marcar os primeiros passos na música em 1999, na Avenida 21 de Janeiro, Município da Maianga, Bairro Rocha Pinto, juntamente com os seus amigos, na adolescência, influenciado pelo rapper Neidy (Pregadores), seu mentor e responsável pelas suas primeiras composições e pelos fascículos de filosofia do Hip-Hop. Em 2002 muda-se para o Bairro Morro Bento, onde intercalava os treinos de futebol (No Clube 1º de Agosto) com o Rap, e em 2004 faz o lançamento do seu primeiro projecto, um maxi-single intitulado “Inquietação Mental”, saído pelos estúdios da X-10, com o produtor DH (Desejo Humano). E a partir daí, outros projectos se seguiram, distinguidos entre singles, mixtape, EP e o lançamento do seu primeiro álbum em 2014, o “Estou Vivo”.

No seu percurso artístico, Mono Stereo conta com os artistas BK, Soldados Verbais, Negroydz, Organoydz SS, Konkreto, Sanguinário, Filantropiko, Inamotto, Xtygmaz, Holograma do Deserto, Estado Mental, Hostil, 100 Dollarz, Discípulo Sangrento e Trombetas de Guerra.

Prolema Sul, Positivos Com Vocabulário, Fusão R Consciência Activa, Mutu-Moxi Intelektu, Muginga Luhunzu, Hemoglobina, Filhos da Ala Este, SSP, Brigadeiro Mata-Frakuxz, McK, Big Squad e outros artistas da época são das suas maiores influências no estilo.

Mono Stereo é membro da label e editora MUM (Movimento Underground do Murrão), da qual fazem parte ainda Satsang, Negroydz e Organoydz SS. É dono da produtora Estilo Classiko, onde trabalha, e colaborativamente trabalhou nas obras de artistas como Sanguinário, Drunk Master, MCK, Organoydz SS, Haudaz, Andromafia, Kamesu, Denexl, Hostil e muitos outros do cenário do Rap angolano.

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