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Vera Daves alerta para o fim do petróleo e afirma que “é nossa missão pensarmos hoje”

Vera Daves alerta para o fim do petróleo e afirma que “é nossa missão pensarmos hoje”
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Andrade Lino

A ministra das finanças, Vera Daves, afirmou nesse ultimo sábado em Luanda que “o petróleo vai acabar e é nossa missão pensarmos hoje, no que vamos fazer para estarmos prontos para esse momento, e porque temos de estar”.

A governante, que falava durante a 4ª edição da Conferência Internacional de Liderança Move Angola, realizada no Centro de Conferência de Belas, onde foi oradora convidada, disse que o Governo já começou a trabalhar a vários níveis e sectores, mas defendeu que cada um tem que fazer a sua parte “para andarmos depressa, para daqui a 60 ou 70 anos estarmos preparados para essa realidade e termos uma economia que cresça de forma sustentável, sem agredir o ambiente, sem causar danos a ninguém, mas que ao mesmo tempo gira rendimentos suficientes para conseguirmos aguentar”.

Ao longo da sua apresentação, a ministra referiu que é importante pagar contas, é importante trabalhar para a qualidade da despesa, arrecadar impostos, e assegurar a sustentabilidade das finanças públicas, mas, mais importante do que isso, é inspirar pessoas a desenvolverem, a investirem e acreditarem em si mesmas, considerando que “isso não tem preço”.

“Tudo que tenho feito hoje é olhar para as pessoas e nem sempre consigo, não sou perfeita, mas tenho procurado e perceber que cada uma delas pode contribuir para uma causa maior, como é que cada uma delas pode contribuir para fazer Angola ir para frente”, declarou, ressaltando o facto de podermos tirar-nos a nós mesmos e aos outros da nossa zona de conforto.

A também economista disse ainda que Angola tem uma agenda clara relativamente ao meio ambiente, no qual o seu prelado tem sido bastante incisivo. “Nós temos que de uma forma politicamente correcta, ou não, fazer vingar a posição de que não se pode dar um avanço ou estar mais próximo da meta e querer amordaçar quem está aqui atrás, tem que se gerir os equilíbrios”, precisou, tendo aludido que, nas reuniões mundiais, nos fóruns multilaterais, tem que se advogar “esse caminho de defesa do meio ambiente, buscar energias limpas”, mas ainda há muito trabalho para se fazer.

Para Vera Daves, que falava sobre sustentabilidade, as pessoas são início e são fim, então deve-se garantir formação, educação, saúde, garantir cuidado, combater a pobreza, olhar para a cultura e identidade, “quem somos enquanto nação, quem somos enquanto indivíduos, como é que somos de norte a sul e como é que optimizamos isso”.

Os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável “colam” com o Plano de Desenvolvolvimento Nacional, que foi fechado recentemente de 2023 para 2027, pois esse possui sete eixos que se encontram com os 17 ODS, “de modo que o Governo tem responsabidades no âmbito da execução do PDN de endereçar esses objectivos”, sublinhou a interlocutura, asseverando que faz paralelismo entre aquilo que é a responsabilidade colectiva e aquilo que é a responsabilidade individual, “porque liderança é isso”.

“Primeiro devemos liderar a nossa própria vida e depois os pequenos grupos, nossa família, e vai aumentando a abrangência, porque independentemente da dimensão com que se lidera, lidera-se, e ninguém pode omitir a sua responsabilidade de liderança, porque se cada um no seu pequeno grupo o fizer, por mais abrangente e inteligente que seja a política, vai morrer na praia”, alertou, continuando que a base está frágil, “e quem tem que fazer acontecer a política somos todos nós, independentemente do lugar onde estejamos, cada um de nós tem que responder ao estímulo que está a ser lançado em função de determinada política”.

Por outro lado, a oradora explicou que, para a erradicação da pobreza, tem que se ter um programa que seja sustentável no tempo, “não pode só durar três anos e acabou”. “Assumimos isso, vamos repensar, melhorar, institucionalizar, nossa responsabilidade enquanto Governo, assegurar que não se criem dependências”, admitiu, apelando para que cada um de nós tenha coinsciência do seu papel enquanto indivíduo, enquanto membro da sociedade, naquilo que é o seu contributo para a sustentabilidade.

Na óptica da ministra das Finanças, não devemos desanimar por falhar na partida, nem devemos nos guardar de perseguir aquilo que são os nossos sonhos por termos falhado à primeira, acreditando que “ninguém pode ser deixado para trás, “todos nós contamos para aquilo que são os Objectivos do Desenvolvimento Sustentável, seja a classe política, sociedade civil ou pessoas singulares”.

Para ela, até uma criança tem objectivos para o desenvolvimento de uma sociedade, naquilo que é a construção do seu carácter, naquilo que é a formação que lhe querem dar, não só académica, não só para escrever melhor, mas também para valores e princípios.

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Rodeth Dos Anjos

Repórter

Licenciada em Ciências da Comunicação, Rodeth é mestre de cerimónias e fazedora de música ao vivo, tendo já trabalhado como educadora infantil e, entre outras valências profissionais, desenvolvido habilidades na área de reportagem.

A ministra das finanças, Vera Daves, afirmou nesse ultimo sábado em Luanda que “o petróleo vai acabar e é nossa missão pensarmos hoje, no que vamos fazer para estarmos prontos para esse momento, e porque temos de estar”.

A governante, que falava durante a 4ª edição da Conferência Internacional de Liderança Move Angola, realizada no Centro de Conferência de Belas, onde foi oradora convidada, disse que o Governo já começou a trabalhar a vários níveis e sectores, mas defendeu que cada um tem que fazer a sua parte “para andarmos depressa, para daqui a 60 ou 70 anos estarmos preparados para essa realidade e termos uma economia que cresça de forma sustentável, sem agredir o ambiente, sem causar danos a ninguém, mas que ao mesmo tempo gira rendimentos suficientes para conseguirmos aguentar”.

Ao longo da sua apresentação, a ministra referiu que é importante pagar contas, é importante trabalhar para a qualidade da despesa, arrecadar impostos, e assegurar a sustentabilidade das finanças públicas, mas, mais importante do que isso, é inspirar pessoas a desenvolverem, a investirem e acreditarem em si mesmas, considerando que “isso não tem preço”.

“Tudo que tenho feito hoje é olhar para as pessoas e nem sempre consigo, não sou perfeita, mas tenho procurado e perceber que cada uma delas pode contribuir para uma causa maior, como é que cada uma delas pode contribuir para fazer Angola ir para frente”, declarou, ressaltando o facto de podermos tirar-nos a nós mesmos e aos outros da nossa zona de conforto.

A também economista disse ainda que Angola tem uma agenda clara relativamente ao meio ambiente, no qual o seu prelado tem sido bastante incisivo. “Nós temos que de uma forma politicamente correcta, ou não, fazer vingar a posição de que não se pode dar um avanço ou estar mais próximo da meta e querer amordaçar quem está aqui atrás, tem que se gerir os equilíbrios”, precisou, tendo aludido que, nas reuniões mundiais, nos fóruns multilaterais, tem que se advogar “esse caminho de defesa do meio ambiente, buscar energias limpas”, mas ainda há muito trabalho para se fazer.

Para Vera Daves, que falava sobre sustentabilidade, as pessoas são início e são fim, então deve-se garantir formação, educação, saúde, garantir cuidado, combater a pobreza, olhar para a cultura e identidade, “quem somos enquanto nação, quem somos enquanto indivíduos, como é que somos de norte a sul e como é que optimizamos isso”.

Os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável “colam” com o Plano de Desenvolvolvimento Nacional, que foi fechado recentemente de 2023 para 2027, pois esse possui sete eixos que se encontram com os 17 ODS, “de modo que o Governo tem responsabidades no âmbito da execução do PDN de endereçar esses objectivos”, sublinhou a interlocutura, asseverando que faz paralelismo entre aquilo que é a responsabilidade colectiva e aquilo que é a responsabilidade individual, “porque liderança é isso”.

“Primeiro devemos liderar a nossa própria vida e depois os pequenos grupos, nossa família, e vai aumentando a abrangência, porque independentemente da dimensão com que se lidera, lidera-se, e ninguém pode omitir a sua responsabilidade de liderança, porque se cada um no seu pequeno grupo o fizer, por mais abrangente e inteligente que seja a política, vai morrer na praia”, alertou, continuando que a base está frágil, “e quem tem que fazer acontecer a política somos todos nós, independentemente do lugar onde estejamos, cada um de nós tem que responder ao estímulo que está a ser lançado em função de determinada política”.

Por outro lado, a oradora explicou que, para a erradicação da pobreza, tem que se ter um programa que seja sustentável no tempo, “não pode só durar três anos e acabou”. “Assumimos isso, vamos repensar, melhorar, institucionalizar, nossa responsabilidade enquanto Governo, assegurar que não se criem dependências”, admitiu, apelando para que cada um de nós tenha coinsciência do seu papel enquanto indivíduo, enquanto membro da sociedade, naquilo que é o seu contributo para a sustentabilidade.

Na óptica da ministra das Finanças, não devemos desanimar por falhar na partida, nem devemos nos guardar de perseguir aquilo que são os nossos sonhos por termos falhado à primeira, acreditando que “ninguém pode ser deixado para trás, “todos nós contamos para aquilo que são os Objectivos do Desenvolvimento Sustentável, seja a classe política, sociedade civil ou pessoas singulares”.

Para ela, até uma criança tem objectivos para o desenvolvimento de uma sociedade, naquilo que é a construção do seu carácter, naquilo que é a formação que lhe querem dar, não só académica, não só para escrever melhor, mas também para valores e princípios.

Rodeth Dos Anjos

Repórter

Licenciada em Ciências da Comunicação, Rodeth é mestre de cerimónias e fazedora de música ao vivo, tendo já trabalhado como educadora infantil e, entre outras valências profissionais, desenvolvido habilidades na área de reportagem.

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