Internacional
Política

União Africana condena tomada de poder no Gabão

União Africana condena tomada de poder no Gabão
Foto por:
vídeo por:
DR

A União Africana anunciou ontem a suspensão com efeitos imediatos do Gabão, onde soldados depuseram na quarta-feira o presidente Ali Bongo Ondimba, afirmando condenar “veementemente a tomada do poder pelos militares na República do Gabão”.

A organização continental fez esta declaração num comunicado de imprensa publicado no X (antigo Twitter), onde o seu Conselho de Paz e Segurança afirma que “decide suspender imediatamente a participação do Gabão em todas as atividades da UA, dos seus órgãos e instituições”.

A reunião foi presidida pelo Comissário para os Assuntos Políticos da União Africana, o nigeriano Bankole Adeoye, e pelo actual titular da presidência rotativa do conselho, o burundeso Willy Nyamitwe, apurou a Africa News.

Na quarta-feira, o presidente da comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, condenou “fortemente” o que descreveu como “a tentativa de golpe de Estado” no Gabão, um país da África Central rico em petróleo e que foi governado durante mais de 55 anos, pela família Bongo.

Como é do domínio público, os soldados golpistas anunciaram na quarta-feira que “puseram fim ao regime em vigor” no Gabão e colocaram o presidente Ali Bongo Ondimba, no poder há 14 anos, em prisão domiciliária, logo após o anúncio oficial da sua vitória nas eleições presidenciais, realizada no último sábado.

Moussa Faki Mahamat também apelou ao exército e às forças de segurança gabonesas “para garantirem a integridade física” de Ali Bongo Ondimba.

Brice Oligui empossado como “Presidente de transição”

O general gabonês, Brice Oligui Nguema, que derrubou Ali Bongo Ondimba, será empossado como “Presidente de transição” na próxima segunda-feira, dia 4, perante o Tribunal Constitucional, na Presidência da República, anunciaram ainda ontem os golpistas, numa comunicação onde torna público o estabelecimento gradual de instituições de transição e prometeu que o país respeitará todos  seus compromissos externos e internos.

Como fez saber à televisão estatal o coronel Ulrich Manfoumbi Manfoumbi, porta-voz da Comissão para a Transição e a Restauração das Instituições (CTRI), que reúne todos os comandantes dos corpos do Exército, Oligui também decidiu a criação gradual de instituições de transição, cuja duração não foi especificada, e instrui todos os secretários-gerais, gabinetes ministeriais, directores-gerais e todos os responsáveis ​​pelos serviços do Estado a assegurarem imediatamente a a efectiva retomada dos trabalhos e a continuidade do funcionamento de todos os serviços públicos.

“O Presidente de Transição quer tranquilizar todos os doadores, parceiros de desenvolvimento, bem como credores do Estado, que serão tomadas todas as medidas para garantir o cumprimento dos compromissos do nosso país, tanto externos como apenas internos”, concluiu o responsável.

Destaque

No items found.

6galeria

Ylson Menezes

Repórter

Ylson Menezes é poeta. Amante de leitura e de escrita, é também aspirante a jornalista.

A União Africana anunciou ontem a suspensão com efeitos imediatos do Gabão, onde soldados depuseram na quarta-feira o presidente Ali Bongo Ondimba, afirmando condenar “veementemente a tomada do poder pelos militares na República do Gabão”.

A organização continental fez esta declaração num comunicado de imprensa publicado no X (antigo Twitter), onde o seu Conselho de Paz e Segurança afirma que “decide suspender imediatamente a participação do Gabão em todas as atividades da UA, dos seus órgãos e instituições”.

A reunião foi presidida pelo Comissário para os Assuntos Políticos da União Africana, o nigeriano Bankole Adeoye, e pelo actual titular da presidência rotativa do conselho, o burundeso Willy Nyamitwe, apurou a Africa News.

Na quarta-feira, o presidente da comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, condenou “fortemente” o que descreveu como “a tentativa de golpe de Estado” no Gabão, um país da África Central rico em petróleo e que foi governado durante mais de 55 anos, pela família Bongo.

Como é do domínio público, os soldados golpistas anunciaram na quarta-feira que “puseram fim ao regime em vigor” no Gabão e colocaram o presidente Ali Bongo Ondimba, no poder há 14 anos, em prisão domiciliária, logo após o anúncio oficial da sua vitória nas eleições presidenciais, realizada no último sábado.

Moussa Faki Mahamat também apelou ao exército e às forças de segurança gabonesas “para garantirem a integridade física” de Ali Bongo Ondimba.

Brice Oligui empossado como “Presidente de transição”

O general gabonês, Brice Oligui Nguema, que derrubou Ali Bongo Ondimba, será empossado como “Presidente de transição” na próxima segunda-feira, dia 4, perante o Tribunal Constitucional, na Presidência da República, anunciaram ainda ontem os golpistas, numa comunicação onde torna público o estabelecimento gradual de instituições de transição e prometeu que o país respeitará todos  seus compromissos externos e internos.

Como fez saber à televisão estatal o coronel Ulrich Manfoumbi Manfoumbi, porta-voz da Comissão para a Transição e a Restauração das Instituições (CTRI), que reúne todos os comandantes dos corpos do Exército, Oligui também decidiu a criação gradual de instituições de transição, cuja duração não foi especificada, e instrui todos os secretários-gerais, gabinetes ministeriais, directores-gerais e todos os responsáveis ​​pelos serviços do Estado a assegurarem imediatamente a a efectiva retomada dos trabalhos e a continuidade do funcionamento de todos os serviços públicos.

“O Presidente de Transição quer tranquilizar todos os doadores, parceiros de desenvolvimento, bem como credores do Estado, que serão tomadas todas as medidas para garantir o cumprimento dos compromissos do nosso país, tanto externos como apenas internos”, concluiu o responsável.

6galeria

Artigos relacionados

Thank you! Your submission has been received!
Oops! Something went wrong while submitting the form