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“Todos nós sabemos quem são os grandes actores da alta corrupção no país e os deixamos absolutamente intocáveis”, afirma Adalberto da Costa Júnior

“Todos nós sabemos quem são os grandes actores da alta corrupção no país e os deixamos absolutamente intocáveis”, afirma Adalberto da Costa Júnior
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O deputado da UNITA, Adalberto da Costa Júnior, advoga que o país precisa partir para debates de profunda reflexão em relação ao combate à corrupção, considerando não haver nenhuma mudança de paradigma, apenas mudança de marketing, tendo afirmado entretanto que, em relação aos crimes de corrupção, todos sabem quem são os grandes actores da alta corrupção mas são deixados absolutamente intocáveis.

“Todos nós temos os nomes e são fáceis de identificar", disse, deixando a seguinte questão: “Quem partilhou efectivamente que o Tribunal de Contas e a PGR tenham transferido para acções concretas a responsabilização dos desvios ao património público?”  

Ademais, o político confessou que teme que “nós, neste momento de nova esperança que o país provavelmente esteja a atravessar, com a transição que temos, estejamos simplesmente a fazer um serviço de marketing”.

“Eu temo muito sinceramente que estejamos perante um acordo de transição de intocabilidade das personalidades essenciais da corrupção. Estamos a puxar algumas individualidades médias e pequenas para tentar passar a mensagem de que há uma nova esperança”, reforçou o representante daquele partido da oposição, aquando da sua intervenção no debate sobre a “Corrupção, transparência, cidadania e boa governação”, organizado pela Associação Justiça, Paz e Democracia (AJPD), no auditório Cónego Manuel das Neves, na Paróquia de São Paulo, neste último sábado.

Na sequência da sua dissertação, Adalberto fez referência às instituições vocacionadas à defesa do interesse público, assegurando que estas não actuam com responsabilidade e impedem a Assembleia Nacional de agir, e fazendo menção às críticas feitas pelos cidadãos aos deputados e, consequentemente, a possível punição apesar de defenderem as transmissões dos assuntos analisados na Assembleia Nacional, explicou que, muitas vezes, por não se mostrar o que se passa na Assembleia Nacional, o cidadão não consegue acompanhar a realidade.

“E nós, deputados, somos duplamente punidos porque o público olha para nós com um olhar digno, e apesar de defendermos as transmissões, somos punidos… É uma realidade dolorosa”, lamentou.

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Pedro Kididi

Jornalista

O deputado da UNITA, Adalberto da Costa Júnior, advoga que o país precisa partir para debates de profunda reflexão em relação ao combate à corrupção, considerando não haver nenhuma mudança de paradigma, apenas mudança de marketing, tendo afirmado entretanto que, em relação aos crimes de corrupção, todos sabem quem são os grandes actores da alta corrupção mas são deixados absolutamente intocáveis.

“Todos nós temos os nomes e são fáceis de identificar", disse, deixando a seguinte questão: “Quem partilhou efectivamente que o Tribunal de Contas e a PGR tenham transferido para acções concretas a responsabilização dos desvios ao património público?”  

Ademais, o político confessou que teme que “nós, neste momento de nova esperança que o país provavelmente esteja a atravessar, com a transição que temos, estejamos simplesmente a fazer um serviço de marketing”.

“Eu temo muito sinceramente que estejamos perante um acordo de transição de intocabilidade das personalidades essenciais da corrupção. Estamos a puxar algumas individualidades médias e pequenas para tentar passar a mensagem de que há uma nova esperança”, reforçou o representante daquele partido da oposição, aquando da sua intervenção no debate sobre a “Corrupção, transparência, cidadania e boa governação”, organizado pela Associação Justiça, Paz e Democracia (AJPD), no auditório Cónego Manuel das Neves, na Paróquia de São Paulo, neste último sábado.

Na sequência da sua dissertação, Adalberto fez referência às instituições vocacionadas à defesa do interesse público, assegurando que estas não actuam com responsabilidade e impedem a Assembleia Nacional de agir, e fazendo menção às críticas feitas pelos cidadãos aos deputados e, consequentemente, a possível punição apesar de defenderem as transmissões dos assuntos analisados na Assembleia Nacional, explicou que, muitas vezes, por não se mostrar o que se passa na Assembleia Nacional, o cidadão não consegue acompanhar a realidade.

“E nós, deputados, somos duplamente punidos porque o público olha para nós com um olhar digno, e apesar de defendermos as transmissões, somos punidos… É uma realidade dolorosa”, lamentou.

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