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Sem Emirates, TAAG corre o risco de voar “baixinho”

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O voo que transportava a TAAG na desafiante viagem de ajustamento às normais internacionais de gestão da aviação comercial e rentabilização da empresa, além da melhoria dos serviços prestados aos clientes, voltou a aterrar, e desta vez a informação é confirmada pela própria Emirates Airline, que anunciou, através de um comunicado, o rompimento do contrato com a transportadora aérea nacional de bandeira.

Entretanto, há dois meses que circulavam suspeitas de um mau clima entre os gestores da TAAG da parte da Emirates e o Governo angolano, sendo que em Maio tornou-se público que o PCA da empresa pública angolana, Peter Hill e os seus administradores, se teriam demitido, mas o facto foi logo de imediato desmentido, com a garantia de que os gestores se encontravam “em pleno exercício das suas funções e determinados a implementar o Plano Estratégico de Negócios definido no acordo assinado entre o Governo e a Emirates, que visa transformar a TAAG numa companhia aérea de referência em África”.

Passados dois meses, as suspeitas acabaram por se revelar verdade. A transportadora Emirates Airline está a tomar medidas no sentido de reduzir a sua presença em Angola, devido às dificuldades prolongadas que tem enfrentado no repatriamento das receitas das suas vendas, e anunciou o rompimento do contrato de cooperação com a TAAG (Linhas Aéreas de Angola), no âmbito do acordo de concessão de gestão em curso desde Setembro de 2014.

Conforme uma nota de impressa enviada à redacção do ONgoma News, esta questão tem-se mantido sem solução, apesar de inúmeros pedidos feitos às autoridades competentes pela empresa, que não têm dado garantias de que será resolvida esta situação. Diante deste impasse, desde segunda-feira última, dia 10 de Julho, a Emirates Airline passou a operar apenas 3 voos por semana para Luanda, em vez dos cinco anteriores.

... no âmbito do contrato que teria uma duração de quatro anos, previam-se anos resultados operacionais positivos de 100 milhões de dólares.

O contrato de gestão assinado entre o Governo angolano e a Emirates  previa  a introdução de uma gestão  profissional de nível internacional na TAAG,  bem como a melhoria  substancial  da qualidade dos serviços prestados e o saneamento financeiro da companhia angolana, que em 2014 registou prejuízos de 99 milhões de dólares,  também pelo facto de no mesmo ano Angola ter começado a viver uma crise financeira decorrente da quebra nas receitas com a exportação de petróleo que diminuiu o poder cambial da banca angolana.

“Esperamos que a questão de repatriamento de fundos seja resolvida o mais cedo possível, de modo que as operações comerciais possam ser retomadas de acordo com a demanda”, refere a companhia com sede nos Emirados Árabes Unidos.

Entretanto, recorde-se que, em contrapartida, no âmbito do contrato que teria uma duração de quatro anos, previam-se anos resultados operacionais positivos de 100 milhões de dólares.

... desde segunda-feira última, dia 10 de Julho, a Emirates Airline passou a operar apenas 3 voos por semana para Luanda, em vez dos cinco anteriores.

Em entrevista à agência Lusa no final de 2016, o presidente do Conselho de Administração da TAAG, Peter Hill, anunciou ter cortado 62 milhões de euros em custos no primeiro ano daquela gestão.

"Nós dissemos, no nosso plano de negócios, que em três anos íamos reduzir custos em 100 milhões de dólares e logo no primeiro ano já poupamos 70 milhões. Por isso estamos muito contentes e posso dizer que as finanças da companhia estão a melhorar dramaticamente", explicou o gestor, não deixando de lembrar que herdou “uma companhia não lucrativa, com muitos trabalhadores”, pelo que era necessário reduzir os custos.

Segundo Peter Hill, a TAAG contava então com cerca de 4.000 trabalhadores, para operar 31 destinos domésticos e internacionais, após uma forte redução, apenas com programas de reforma.

Com Salomé Vemba

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Sebastião Vemba

Fundador e Director Editorial do ONgoma News

Jornalista, apaixonado pela escrita, fotografia e artes visuais. Tem interesses nas novas medias, formação e desenvolvimento comunitário.

O voo que transportava a TAAG na desafiante viagem de ajustamento às normais internacionais de gestão da aviação comercial e rentabilização da empresa, além da melhoria dos serviços prestados aos clientes, voltou a aterrar, e desta vez a informação é confirmada pela própria Emirates Airline, que anunciou, através de um comunicado, o rompimento do contrato com a transportadora aérea nacional de bandeira.

Entretanto, há dois meses que circulavam suspeitas de um mau clima entre os gestores da TAAG da parte da Emirates e o Governo angolano, sendo que em Maio tornou-se público que o PCA da empresa pública angolana, Peter Hill e os seus administradores, se teriam demitido, mas o facto foi logo de imediato desmentido, com a garantia de que os gestores se encontravam “em pleno exercício das suas funções e determinados a implementar o Plano Estratégico de Negócios definido no acordo assinado entre o Governo e a Emirates, que visa transformar a TAAG numa companhia aérea de referência em África”.

Passados dois meses, as suspeitas acabaram por se revelar verdade. A transportadora Emirates Airline está a tomar medidas no sentido de reduzir a sua presença em Angola, devido às dificuldades prolongadas que tem enfrentado no repatriamento das receitas das suas vendas, e anunciou o rompimento do contrato de cooperação com a TAAG (Linhas Aéreas de Angola), no âmbito do acordo de concessão de gestão em curso desde Setembro de 2014.

Conforme uma nota de impressa enviada à redacção do ONgoma News, esta questão tem-se mantido sem solução, apesar de inúmeros pedidos feitos às autoridades competentes pela empresa, que não têm dado garantias de que será resolvida esta situação. Diante deste impasse, desde segunda-feira última, dia 10 de Julho, a Emirates Airline passou a operar apenas 3 voos por semana para Luanda, em vez dos cinco anteriores.

... no âmbito do contrato que teria uma duração de quatro anos, previam-se anos resultados operacionais positivos de 100 milhões de dólares.

O contrato de gestão assinado entre o Governo angolano e a Emirates  previa  a introdução de uma gestão  profissional de nível internacional na TAAG,  bem como a melhoria  substancial  da qualidade dos serviços prestados e o saneamento financeiro da companhia angolana, que em 2014 registou prejuízos de 99 milhões de dólares,  também pelo facto de no mesmo ano Angola ter começado a viver uma crise financeira decorrente da quebra nas receitas com a exportação de petróleo que diminuiu o poder cambial da banca angolana.

“Esperamos que a questão de repatriamento de fundos seja resolvida o mais cedo possível, de modo que as operações comerciais possam ser retomadas de acordo com a demanda”, refere a companhia com sede nos Emirados Árabes Unidos.

Entretanto, recorde-se que, em contrapartida, no âmbito do contrato que teria uma duração de quatro anos, previam-se anos resultados operacionais positivos de 100 milhões de dólares.

... desde segunda-feira última, dia 10 de Julho, a Emirates Airline passou a operar apenas 3 voos por semana para Luanda, em vez dos cinco anteriores.

Em entrevista à agência Lusa no final de 2016, o presidente do Conselho de Administração da TAAG, Peter Hill, anunciou ter cortado 62 milhões de euros em custos no primeiro ano daquela gestão.

"Nós dissemos, no nosso plano de negócios, que em três anos íamos reduzir custos em 100 milhões de dólares e logo no primeiro ano já poupamos 70 milhões. Por isso estamos muito contentes e posso dizer que as finanças da companhia estão a melhorar dramaticamente", explicou o gestor, não deixando de lembrar que herdou “uma companhia não lucrativa, com muitos trabalhadores”, pelo que era necessário reduzir os custos.

Segundo Peter Hill, a TAAG contava então com cerca de 4.000 trabalhadores, para operar 31 destinos domésticos e internacionais, após uma forte redução, apenas com programas de reforma.

Com Salomé Vemba

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