Arte e Cultura
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Saiba quais são os eventos da galeria Movart para este mês

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A galeria Movart partilhou connosco recentemente a sua programação para o final deste mês, estando na sua agenda exposições tanto em Lisboa, Portugal, como em Luanda, Angola, localidades onde está representada.

É já no dia 21 que, pelas 18 horas, a Movart e a Quinta da Alorna, em Lisboa, estarão a realizar uma prova de vinhos e conversa com o artista Harald Hermann, no âmbito da sua exposição "The Floraissance Has Begun".

As pinturas de Harald Hermann convidam o espectador a viajar por paisagens utópicas e reinos pictóricos sombrios, pois constrói o seu próprio cosmos em telas de vários tamanhos, sobrepondo ou colando várias camadas, citações e pormenores, criando assim ecos de pensamentos fugazes e contos há muito esquecidos. No espírito do Romantismo, a sua obra encoraja a mente ilimitada e imaginativa a quebrar os limites e a dissolver a distinção entre realidade e fantasia.

No entanto, os aspectos oníricos e sobrenaturais presentes na sua obra não romantizam a realidade; em vez disso, ele desconstrói de forma provocadora os seus motivos, forjando uma hiper-realidade que inspira o observador a ter uma nova visão do que é verdadeiramente real, explica o documento.

A sua série intitulada "The Floraissance Has Begun" é dedicada à negociação da dicotomia entre natureza e cultura. A partir de locais mágicos, como sítios sagrados, altares, santuários e estátuas de várias tradições religiosas e culturais, Hermann insere-os em cenários naturais luxuriantes, semelhantes a selvas.

A natureza indomável e anárquica destes motivos simboliza a sublimidade da natureza em comparação com todas as tentativas humanas de domesticação. O próprio título, "A Floraissança Começou", alude ao movimento contemporâneo de reconexão da arte mais fortemente com a natureza e a sensualidade e serve como um apelo a uma maior humildade face aos limites do planeta, particularmente no contexto das alterações climáticas e das discussões sobre o Antropoceno.

Ainda em Lisboa, no dia 27, em parceria com a marca El Corte Inglés, a galeria estará a apresentar "Safe Space", a mais recente exposição do artista Fidel Évora, no espaço Gourmet Experience Lisboa, pelas 18 horas.

Nessa amostra, Fidel transporta-nos pelos meandros de um mundo presente mas oculto: aquele que se esconde por detrás do brilho das lojas, do glamour das vitrinas e do espetáculo da sociedade de consumo. Évora, como declara a nota que recebemos, reflecte sobre o "outro lado" das coisas: os trabalhadores que, através da sua invisibilidade, sustentam o recreio dos consumidores.

Estes trabalhadores, maioritariamente mulheres, são tornados visíveis através da ligação física trazida por esta nova série de trabalhos. Uma vez que o sistema continua a recusar o encontro entre a riqueza e o trabalho, a elite e a ralé, em "Safe Space",  projecto apresentado pela primeira vez na ARCO Lisboa 2023, o artista provoca o seu encontro, "e nos lembra a sua presença constante e o esquecimento que domina a nossa sociedade, que consome sem saber quem, onde e como está a produzir o mundo confortável em que vivemos". Este conjunto de trabalhos presta-lhes homenagem, remata o comunicado.

Já em Luanda, no dia 21, sexta-feira, a galeria Movart traz ao público o open studio resultante da quarta edição da Movart Artist Residency, que teve início no dia 21 de Junho. A residência é um projecto curatorial que junta artistas de três nacionalidades, nomeadamente, Gegê M´bakudy (Angola), Gabriela Marinho (Brasil)l e Ryan Daniels (Estados Unidos da América).

Nesta última edição, apresenta como tema central "Ressignificar no tempo e no espaço". "Ressignificar é uma linguagem ideologica que procura criar novas perspectivas sobre lugares, espaços e contextos históricos. Esta linguagem levada ao campo de arte permite proporcionar debate, reflexão artística e curatorial desconectada com o padrão de narrativa sobre um determinado assunto. Neste contexto, o tema enquadra-se na residência como parte do pensamento crítico que olha para o tecido social de Luanda, seus componentes, história e futurismo para criar um novo olhar sobre a cidade, porém sem desassociar a sua essência", informa a nota.

O documento faz saber então que o tema surge como uma tendência criativa que permite aos artistas olharem para Luanda como um pedaço do seu processo de produção e crítica, explorando toda sua composição, estrutura social, urbanidade e interconexões para mergulharem nos seus ateliers, tendo como objectivo final ressignificar Luanda e todo seu tecido social.

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Redacção

A galeria Movart partilhou connosco recentemente a sua programação para o final deste mês, estando na sua agenda exposições tanto em Lisboa, Portugal, como em Luanda, Angola, localidades onde está representada.

É já no dia 21 que, pelas 18 horas, a Movart e a Quinta da Alorna, em Lisboa, estarão a realizar uma prova de vinhos e conversa com o artista Harald Hermann, no âmbito da sua exposição "The Floraissance Has Begun".

As pinturas de Harald Hermann convidam o espectador a viajar por paisagens utópicas e reinos pictóricos sombrios, pois constrói o seu próprio cosmos em telas de vários tamanhos, sobrepondo ou colando várias camadas, citações e pormenores, criando assim ecos de pensamentos fugazes e contos há muito esquecidos. No espírito do Romantismo, a sua obra encoraja a mente ilimitada e imaginativa a quebrar os limites e a dissolver a distinção entre realidade e fantasia.

No entanto, os aspectos oníricos e sobrenaturais presentes na sua obra não romantizam a realidade; em vez disso, ele desconstrói de forma provocadora os seus motivos, forjando uma hiper-realidade que inspira o observador a ter uma nova visão do que é verdadeiramente real, explica o documento.

A sua série intitulada "The Floraissance Has Begun" é dedicada à negociação da dicotomia entre natureza e cultura. A partir de locais mágicos, como sítios sagrados, altares, santuários e estátuas de várias tradições religiosas e culturais, Hermann insere-os em cenários naturais luxuriantes, semelhantes a selvas.

A natureza indomável e anárquica destes motivos simboliza a sublimidade da natureza em comparação com todas as tentativas humanas de domesticação. O próprio título, "A Floraissança Começou", alude ao movimento contemporâneo de reconexão da arte mais fortemente com a natureza e a sensualidade e serve como um apelo a uma maior humildade face aos limites do planeta, particularmente no contexto das alterações climáticas e das discussões sobre o Antropoceno.

Ainda em Lisboa, no dia 27, em parceria com a marca El Corte Inglés, a galeria estará a apresentar "Safe Space", a mais recente exposição do artista Fidel Évora, no espaço Gourmet Experience Lisboa, pelas 18 horas.

Nessa amostra, Fidel transporta-nos pelos meandros de um mundo presente mas oculto: aquele que se esconde por detrás do brilho das lojas, do glamour das vitrinas e do espetáculo da sociedade de consumo. Évora, como declara a nota que recebemos, reflecte sobre o "outro lado" das coisas: os trabalhadores que, através da sua invisibilidade, sustentam o recreio dos consumidores.

Estes trabalhadores, maioritariamente mulheres, são tornados visíveis através da ligação física trazida por esta nova série de trabalhos. Uma vez que o sistema continua a recusar o encontro entre a riqueza e o trabalho, a elite e a ralé, em "Safe Space",  projecto apresentado pela primeira vez na ARCO Lisboa 2023, o artista provoca o seu encontro, "e nos lembra a sua presença constante e o esquecimento que domina a nossa sociedade, que consome sem saber quem, onde e como está a produzir o mundo confortável em que vivemos". Este conjunto de trabalhos presta-lhes homenagem, remata o comunicado.

Já em Luanda, no dia 21, sexta-feira, a galeria Movart traz ao público o open studio resultante da quarta edição da Movart Artist Residency, que teve início no dia 21 de Junho. A residência é um projecto curatorial que junta artistas de três nacionalidades, nomeadamente, Gegê M´bakudy (Angola), Gabriela Marinho (Brasil)l e Ryan Daniels (Estados Unidos da América).

Nesta última edição, apresenta como tema central "Ressignificar no tempo e no espaço". "Ressignificar é uma linguagem ideologica que procura criar novas perspectivas sobre lugares, espaços e contextos históricos. Esta linguagem levada ao campo de arte permite proporcionar debate, reflexão artística e curatorial desconectada com o padrão de narrativa sobre um determinado assunto. Neste contexto, o tema enquadra-se na residência como parte do pensamento crítico que olha para o tecido social de Luanda, seus componentes, história e futurismo para criar um novo olhar sobre a cidade, porém sem desassociar a sua essência", informa a nota.

O documento faz saber então que o tema surge como uma tendência criativa que permite aos artistas olharem para Luanda como um pedaço do seu processo de produção e crítica, explorando toda sua composição, estrutura social, urbanidade e interconexões para mergulharem nos seus ateliers, tendo como objectivo final ressignificar Luanda e todo seu tecido social.

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