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Projectos da França em Angola condicionados por escassez de divisas

Projectos da França em Angola condicionados por escassez de divisas
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Andrade Lino

A Embaixada da França em Angola manifestou dificuldades no acesso a divisas para garantir o funcionamento regular das suas estruturas diplomáticas e executar os seus projectos em carteira, segundo o seu representante, Sylvain Itté.

O diplomata, que falou em Luanda, nas celebrações do Dia da República de França, assinalado neste sábado último, fez saber que aquele país pretende mobilizar recursos financeiros e técnicos para ajudar Angola em vários projectos, com destaque para a área cultural, porém, a escassez de divisas está a dificultar o processo.

Apesar do quadro actual em Angola, reconhece o empenho do seu Governo na busca de melhores soluções para a sua política cambial, e afirmou que as dificuldades no acesso a divisas também estão a ser sentidas pelas empresas francesas instaladas em Angola.

“Não se pode imaginar uma empresa investir, se ela não tiver garantias de que vai poder recuperar o seu lucro”, exemplificou.

Acerca do volume de negócios entre Angola e a França, o embaixador declarou que se verifica algum decréscimo, resultante do ambiente de negócios pouco atractivo, devido à crise financeira internacional.

Explicou também, citado pelo jornal O País, que as últimas estatísticas apontam para mil milhões de euros por ano, uma cifra que ao seu entender anda aquém das alcançadas antes da crise.

Apesar destas dificuldades, Sylvain Itté admitiu que há muitas oportunidades de intercâmbio em termos de importações e exportações no sector agro-industrial e na área de formação de quadros, e informou que, além do petróleo e dos seus derivados, há outras áreas que devem ser aproveitadas pela França em Angola para aumentar o seu volume de negócios.

Acerca das relações bilaterais, considerou que atravessam um momento excelente, e foram reforçadas com a recente visita à França do Presidente da República, João Lourenço, em Junho, pois esta visita, na sua visão, permitiu reiniciar um diálogo contínuo em várias esferas, bem como a assinatura de vários protocolos de cooperação.

Citando o Presidente da França, Emmanuel Macron, numa visita efectuada recentemente a Ouagadougou, capital do Burkina Faso, disse que constitui prioridade dos franceses trabalhar para o desenvolvimento de África.

Por fim, apontou a juventude como sendo a prioridade para o desenvolvimento humano, e para o caso de Angola, os esforços destinam-se à formação profissional e ao ensino superior.

 

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

A Embaixada da França em Angola manifestou dificuldades no acesso a divisas para garantir o funcionamento regular das suas estruturas diplomáticas e executar os seus projectos em carteira, segundo o seu representante, Sylvain Itté.

O diplomata, que falou em Luanda, nas celebrações do Dia da República de França, assinalado neste sábado último, fez saber que aquele país pretende mobilizar recursos financeiros e técnicos para ajudar Angola em vários projectos, com destaque para a área cultural, porém, a escassez de divisas está a dificultar o processo.

Apesar do quadro actual em Angola, reconhece o empenho do seu Governo na busca de melhores soluções para a sua política cambial, e afirmou que as dificuldades no acesso a divisas também estão a ser sentidas pelas empresas francesas instaladas em Angola.

“Não se pode imaginar uma empresa investir, se ela não tiver garantias de que vai poder recuperar o seu lucro”, exemplificou.

Acerca do volume de negócios entre Angola e a França, o embaixador declarou que se verifica algum decréscimo, resultante do ambiente de negócios pouco atractivo, devido à crise financeira internacional.

Explicou também, citado pelo jornal O País, que as últimas estatísticas apontam para mil milhões de euros por ano, uma cifra que ao seu entender anda aquém das alcançadas antes da crise.

Apesar destas dificuldades, Sylvain Itté admitiu que há muitas oportunidades de intercâmbio em termos de importações e exportações no sector agro-industrial e na área de formação de quadros, e informou que, além do petróleo e dos seus derivados, há outras áreas que devem ser aproveitadas pela França em Angola para aumentar o seu volume de negócios.

Acerca das relações bilaterais, considerou que atravessam um momento excelente, e foram reforçadas com a recente visita à França do Presidente da República, João Lourenço, em Junho, pois esta visita, na sua visão, permitiu reiniciar um diálogo contínuo em várias esferas, bem como a assinatura de vários protocolos de cooperação.

Citando o Presidente da França, Emmanuel Macron, numa visita efectuada recentemente a Ouagadougou, capital do Burkina Faso, disse que constitui prioridade dos franceses trabalhar para o desenvolvimento de África.

Por fim, apontou a juventude como sendo a prioridade para o desenvolvimento humano, e para o caso de Angola, os esforços destinam-se à formação profissional e ao ensino superior.

 

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