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Pelo menos 500 crianças morreram de fome no Sudão devastado pela guerra

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A ONG Save the Children, informou esta terça-feira que, Cerca de 500 crianças e provavelmente centenas de outras morreram de fome em quatro meses de guerra no Sudão, num país onde antes dos conflitos um em cada três habitantes sofria de fome, informou ontem a ONG Save the Children.

Num comunicado de imprensa, o director da organização afirma que isso poderia ter sido completamente evitado. “Mais de 498 crianças no Sudão morreram de fome, desde o início da guerra, em 15 de Abril. Nunca imaginamos ver tantas crianças morrendo de fome, mas esta é a nova realidade no Sudão”, lamentou Arif Noor.

E a situação poderia piorar à medida que a Save the Children, incapaz de operar no meio dos combates, tivesse de parar de tratar 31.000 crianças subnutridas, continuou o responsável, que fez saber que, em Maio, a fábrica que produzia 60% dos tratamentos nutricionais infantis foi destruída.

A guerra entre o exército e as Forças de Apoio Rápido (FSR, paramilitares), que pode durar anos, segundo especialistas, causou cerca de 5.000 mortes desde 15 de Abril, segundo um relatório da ONG Armed Conflict Location & Event Data Project (Acled ), tendo também forçado mais de quatro milhões de pessoas a fugir.

Confrontada com o horror, a comunidade internacional luta para financiar a ajuda às pessoas deslocadas, refugiados, feridos e outras vítimas de violência sexual, enquanto a justiça internacional está preocupada com os “crimes de guerra”. Os humanitários, impedidos de entrar ou circular pelas autoridades e atacados, repetem que receberam apenas 27% das suas necessidades de financiamento.

Segundo África News, na terça-feira, a violência continuou, principalmente em Cartum e Darfur, uma região ocidental do tamanho da França onde vive um quarto dos cerca de 48 milhões de sudaneses. Aí, os combates concentram-se em Nyala, capital do Darfur do Sul, onde desde 11 de Agosto fizeram “60 mortos, 250 feridos e 50 mil deslocados”, segundo a ONU.

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Ylson Menezes

Repórter

Ylson Menezes é poeta. Amante de leitura e de escrita, é também aspirante a jornalista.

A ONG Save the Children, informou esta terça-feira que, Cerca de 500 crianças e provavelmente centenas de outras morreram de fome em quatro meses de guerra no Sudão, num país onde antes dos conflitos um em cada três habitantes sofria de fome, informou ontem a ONG Save the Children.

Num comunicado de imprensa, o director da organização afirma que isso poderia ter sido completamente evitado. “Mais de 498 crianças no Sudão morreram de fome, desde o início da guerra, em 15 de Abril. Nunca imaginamos ver tantas crianças morrendo de fome, mas esta é a nova realidade no Sudão”, lamentou Arif Noor.

E a situação poderia piorar à medida que a Save the Children, incapaz de operar no meio dos combates, tivesse de parar de tratar 31.000 crianças subnutridas, continuou o responsável, que fez saber que, em Maio, a fábrica que produzia 60% dos tratamentos nutricionais infantis foi destruída.

A guerra entre o exército e as Forças de Apoio Rápido (FSR, paramilitares), que pode durar anos, segundo especialistas, causou cerca de 5.000 mortes desde 15 de Abril, segundo um relatório da ONG Armed Conflict Location & Event Data Project (Acled ), tendo também forçado mais de quatro milhões de pessoas a fugir.

Confrontada com o horror, a comunidade internacional luta para financiar a ajuda às pessoas deslocadas, refugiados, feridos e outras vítimas de violência sexual, enquanto a justiça internacional está preocupada com os “crimes de guerra”. Os humanitários, impedidos de entrar ou circular pelas autoridades e atacados, repetem que receberam apenas 27% das suas necessidades de financiamento.

Segundo África News, na terça-feira, a violência continuou, principalmente em Cartum e Darfur, uma região ocidental do tamanho da França onde vive um quarto dos cerca de 48 milhões de sudaneses. Aí, os combates concentram-se em Nyala, capital do Darfur do Sul, onde desde 11 de Agosto fizeram “60 mortos, 250 feridos e 50 mil deslocados”, segundo a ONU.

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