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Operação Resgate: Ex-vendedores enveredam pelo caminho da prostituição e alcoolismo

Operação Resgate: Ex-vendedores enveredam pelo caminho da prostituição e alcoolismo
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Muitas mulheres que dependiam da venda ambulante estão a optar pela prostituição para continuarem a sustentar as suas famílias, enquanto os homens vêem na criminalidade e no alcoolismo as vias alternativas para seguirem com a vida.

A denúncia foi feita pelo secretário-geral da Associação dos Vendedores Ambulantes de Luanda (AVAL), que revelou que nos últimos dias é crescente o agravamento das dificuldades sociais no seio desta franja da sociedade que dependia da venda ambulatória para sobreviver.

Segundo Celestino Cangombe, desde a entrada em cena da Operação Resgate, em Novembro do ano passado, assiste-se a um crescer de complicações que têm estado a embaraçar a vida de muitos dos seus associados.

O líder associativo, que falava durante um encontro com os seus parceiros, fez saber que a grande maioria dos vendedores ambulantes, depois de terem sido retirados compulsivamente das ruas, não conseguiu espaços nos mercados espalhados por Luanda de forma a prosseguirem com as suas vendas.

Já os poucos que conseguiram lugar viram os seus produtos usurpados pelos fiscais e policias, o que impossibilita a continuidade da actividade comercial. No entanto, diante do cenário caótico, Celestino Cangombe alertou para os perigos que estas dificuldades estão a casuar no seio das famílias e na estabilidade social e solicita a intervenção das autoridades no sentido de redefinir e regular as políticas públicas no que diz respeito à venda ambulante.

Tal como deu a conhecer, para Celestino Cangombe, citado pelo jornal O País, a Operação Resgate, apesar de apresentar-se como um instrumento de reposição da legalidade social, tem vindo a falhar por atacar os problemas e não as causas.

Assim sendo, referiu, muitos dos agentes inseridos nesse processo preocupam-se mais em agredir e receber os haveres dos vendedores ambulantes do que apresentarem soluções que possam ajudar na continuidade da sobrevivência dos cidadãos mais desfavorecidos.

“Se por um lado temos parte das vias de Luanda mais fluidas, com menos agitação, por outro lado temos o crescer das dificuldades em muitas famílias. É preciso garantir e criar-se bases para as pessoas continuarem a sobreviver. E infelizmente houve falhas graves neste sentido quando se implementou a Operação Resgate”, revelou.

Ainda durante o encontro de auscultação com os seus associados, o responsável informou que a sua associação está a trabalhar com outras associações, empresas e grupos de empresários, de forma a criar parcerias que resultem na criação de postos de trabalho para os vendedores ambulantes que neste momento se encontram acantonados em casa.

Assim sendo, explicou, está em curso o processo de cadastramento dos vendedores ambulantes mais desfavorecidos de forma a serem empregados. “Para além da nossa cooperativa agrícola, que já tem estado a empregar muitos dos nossos associados, temos igualmente a luz verde de alguns parceiros sociais que estão solidários com a situação dos nossos membros e prometeram emprego em vários sectores da economia. Vamos é ter esperança e acreditamos que nos próximos dias vamos atender a estas dificuldades”, assegurou.

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Redacção

Muitas mulheres que dependiam da venda ambulante estão a optar pela prostituição para continuarem a sustentar as suas famílias, enquanto os homens vêem na criminalidade e no alcoolismo as vias alternativas para seguirem com a vida.

A denúncia foi feita pelo secretário-geral da Associação dos Vendedores Ambulantes de Luanda (AVAL), que revelou que nos últimos dias é crescente o agravamento das dificuldades sociais no seio desta franja da sociedade que dependia da venda ambulatória para sobreviver.

Segundo Celestino Cangombe, desde a entrada em cena da Operação Resgate, em Novembro do ano passado, assiste-se a um crescer de complicações que têm estado a embaraçar a vida de muitos dos seus associados.

O líder associativo, que falava durante um encontro com os seus parceiros, fez saber que a grande maioria dos vendedores ambulantes, depois de terem sido retirados compulsivamente das ruas, não conseguiu espaços nos mercados espalhados por Luanda de forma a prosseguirem com as suas vendas.

Já os poucos que conseguiram lugar viram os seus produtos usurpados pelos fiscais e policias, o que impossibilita a continuidade da actividade comercial. No entanto, diante do cenário caótico, Celestino Cangombe alertou para os perigos que estas dificuldades estão a casuar no seio das famílias e na estabilidade social e solicita a intervenção das autoridades no sentido de redefinir e regular as políticas públicas no que diz respeito à venda ambulante.

Tal como deu a conhecer, para Celestino Cangombe, citado pelo jornal O País, a Operação Resgate, apesar de apresentar-se como um instrumento de reposição da legalidade social, tem vindo a falhar por atacar os problemas e não as causas.

Assim sendo, referiu, muitos dos agentes inseridos nesse processo preocupam-se mais em agredir e receber os haveres dos vendedores ambulantes do que apresentarem soluções que possam ajudar na continuidade da sobrevivência dos cidadãos mais desfavorecidos.

“Se por um lado temos parte das vias de Luanda mais fluidas, com menos agitação, por outro lado temos o crescer das dificuldades em muitas famílias. É preciso garantir e criar-se bases para as pessoas continuarem a sobreviver. E infelizmente houve falhas graves neste sentido quando se implementou a Operação Resgate”, revelou.

Ainda durante o encontro de auscultação com os seus associados, o responsável informou que a sua associação está a trabalhar com outras associações, empresas e grupos de empresários, de forma a criar parcerias que resultem na criação de postos de trabalho para os vendedores ambulantes que neste momento se encontram acantonados em casa.

Assim sendo, explicou, está em curso o processo de cadastramento dos vendedores ambulantes mais desfavorecidos de forma a serem empregados. “Para além da nossa cooperativa agrícola, que já tem estado a empregar muitos dos nossos associados, temos igualmente a luz verde de alguns parceiros sociais que estão solidários com a situação dos nossos membros e prometeram emprego em vários sectores da economia. Vamos é ter esperança e acreditamos que nos próximos dias vamos atender a estas dificuldades”, assegurou.

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