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Obra de Maurício Caetano referencia cultura dos Bantu

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O segundo volume da colectânea “Os Bantu na visão de Mafrano”, do escritor Maurício Francisco Caetano, tem como foco os usos e costume dos Bantu, livro que já se encontra disponível em Luanda desde terça-feira, para os investigadores, estudantes e amantes da literatura angolana.

A obra aborda pontos de contacto das lendas da civilização bantu com a mitologia clássica, construindo diálogos que fazem o leitor viajar por vários países, como a Alemanha, China, Estados Unidos da América, França, Itália, Portugal e Reino Unido.

Possui temas de grande importância histórica, como o uso do telégrafo, o “ngolokele”, entre os povos bantu, desde tempos remotos, os topónimos bantu e a sua lenda, a ética nos gémeos Kimbundu, uma filosofia bantu sobre a morte, assim como a origem de vocábulos nos idiomas bantu, relatos de Cabinda, hábitos e crendices alimentares, entre outros temas sobre antropologia, arqueologia, etnografia e direito costumeiro.

O livro foi publicado no edifício Michael Lemony, da Universidade Católica de Angola (UCAN), no Largo das Escolas, a título póstumo, coincidindo com o 41º aniversário do falecimento do autor, ocorrido a 25 de Julho de 1982. apresentada pelo  Dom José Manuel Imbamba.

Na ocasião, Dom José Manuel Imbamba, presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) e arcebispo de Saurimo, que apresentou o evento, disse ter sido uma honra apresentar a obra, por ser um grande produto de leitura e de investigação com informações sobre a cultura nacional, acima de tudo a cultura dos povos Bantu, defendendo que a cultura é o elemento chave da identidade de um povo, sendo um factor “que nos torna mais homens”.

Segundo o arcebispo, ouvido pelo Jornal de Angola, o homem é um diálogo artístico, com uma capacidade imaginária de transformar as coisas em arte, na visão de Mafrano, que sempre defendeu que o interior do homem é a sua beleza.

Na sua óptica, “Mafrano”, como também era conhecido Maurício Francisco Caetano nas lides literárias, tinha o Jornal Apostolado, da Igreja Católica, como grande veículo para informar a sociedade sobre a cultura Bantu, adiantando que sempre partilhou todo o seu conhecimento e saber, que adquiriu ao longo dos anos, “para enriquecer a nossa cultura”.

Maurício Caetano iniciou-se como colaborador do Jornal Independente “Angola Norte”, em Malanje, onde publicou um artigo sobre “O perfil metnográfico do negro Jinga”, em 1947, dedicado a Lázaro Manuel Dias, seu grande amigo e que chegou a ministro da Justiça da Angola independente.

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Redacção

O segundo volume da colectânea “Os Bantu na visão de Mafrano”, do escritor Maurício Francisco Caetano, tem como foco os usos e costume dos Bantu, livro que já se encontra disponível em Luanda desde terça-feira, para os investigadores, estudantes e amantes da literatura angolana.

A obra aborda pontos de contacto das lendas da civilização bantu com a mitologia clássica, construindo diálogos que fazem o leitor viajar por vários países, como a Alemanha, China, Estados Unidos da América, França, Itália, Portugal e Reino Unido.

Possui temas de grande importância histórica, como o uso do telégrafo, o “ngolokele”, entre os povos bantu, desde tempos remotos, os topónimos bantu e a sua lenda, a ética nos gémeos Kimbundu, uma filosofia bantu sobre a morte, assim como a origem de vocábulos nos idiomas bantu, relatos de Cabinda, hábitos e crendices alimentares, entre outros temas sobre antropologia, arqueologia, etnografia e direito costumeiro.

O livro foi publicado no edifício Michael Lemony, da Universidade Católica de Angola (UCAN), no Largo das Escolas, a título póstumo, coincidindo com o 41º aniversário do falecimento do autor, ocorrido a 25 de Julho de 1982. apresentada pelo  Dom José Manuel Imbamba.

Na ocasião, Dom José Manuel Imbamba, presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) e arcebispo de Saurimo, que apresentou o evento, disse ter sido uma honra apresentar a obra, por ser um grande produto de leitura e de investigação com informações sobre a cultura nacional, acima de tudo a cultura dos povos Bantu, defendendo que a cultura é o elemento chave da identidade de um povo, sendo um factor “que nos torna mais homens”.

Segundo o arcebispo, ouvido pelo Jornal de Angola, o homem é um diálogo artístico, com uma capacidade imaginária de transformar as coisas em arte, na visão de Mafrano, que sempre defendeu que o interior do homem é a sua beleza.

Na sua óptica, “Mafrano”, como também era conhecido Maurício Francisco Caetano nas lides literárias, tinha o Jornal Apostolado, da Igreja Católica, como grande veículo para informar a sociedade sobre a cultura Bantu, adiantando que sempre partilhou todo o seu conhecimento e saber, que adquiriu ao longo dos anos, “para enriquecer a nossa cultura”.

Maurício Caetano iniciou-se como colaborador do Jornal Independente “Angola Norte”, em Malanje, onde publicou um artigo sobre “O perfil metnográfico do negro Jinga”, em 1947, dedicado a Lázaro Manuel Dias, seu grande amigo e que chegou a ministro da Justiça da Angola independente.

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