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“Não é normal que a nossa música, que é de raiz, seja chamada de alternativa”, lamentou Gabriel Tchiema

“Não é normal que a nossa música, que é de raiz, seja chamada de alternativa”, lamentou Gabriel Tchiema
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Andrade Lino

O músico e compositor angolano Gabriel Tchiema lamentou a “não valorização da música tradicional no nosso mercado” e afirmou não ser normal que ela, “que é de raiz, seja chamada de alternativa”, considerando por isso que alguma coisa não está correcta.

“Há coisas que não percebo, como quando a música de raiz não é protegida, não é investida como tal para que os músicos que fazem esse tipo de música possam ter força para trabalhar. A música chamada comercial tem pernas para andar, mas nós, chamados de alternativos, por vários motivos, por falta de promoção, não temos pernas para andar”, deplorou o autor de Azwlula.

O também violonista, que falava ao ONgoma News por ocasião do lançamento do segundo álbum de Vladmiro Gonga, decorrido na Fundação Arte e Cultura no dia 9 deste mês, afirmou que se tem muitos problemas actualmente e tem de haver uma maneira forte do ministério de tutela e dos empresários, assim como a lei do mecenato tem que funcionar “para que esta música alternativa possa ter forças para estar em pé de igualdade com as outras no nosso mercado, e quiçá tornar-se na primeira opção dos angolanos”.

Questionado sobre como os meios digitais têm funcionado nos dias de hoje, quando se trata de divulgação, Gabriel Tchiema defendeu já ser possível fazer promoção através das plataformas digitais e das televisões, embora essas últimas tenham as suas políticas a seguir. “Mas através das plataformas digitais já se consegue fazer alguma coisa e se calhar a mensagem começa a chegar de forma mais rápida a um grande público”, reconheceu.

“Kwenda Tcha Phezu”, que significa “o andar da barata”, e “Chick Chick”, são temas do seu próximo álbum, ainda sem data de lançamento. Porém, a obra está já a 90% de conclusão e neste momento está-se a limar as últimas arestas e julga que, se tudo correr de acordo com a sua vontade, o álbum estará no mercado a partir de Novembro, adiantou.

Para este projecto, revelou o músico, “queria muito ter o Rui Veloso e tantos outros músicos angolanos, mas não será possível”, por razões que não consegue perceber. “Estou a pensar no Kanda para estarmos num tema e teremos grandes novidades”, referiu.

Entretanto, “Abraça-me” é o tema do disco, que deve comportar 14 faixas musicais e deve estar já a ser masterizado. É um álbum eclético e tem uma variedade de sonoridades, garantiu Tchiema.

“A música “Abraça-me” tem uma temática muito profunda, para alertar as pessoas e para que possam estar mais atentas às amizades. É o que significa o tema e gostava de partilhar isso como sendo o título do álbum e, se calhar, as pessoas vão referir muito isso, quando comprarem o disco”, concluiu.

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Rodeth Dos Anjos

Repórter

Licenciada em Ciências da Comunicação, Rodeth é mestre de cerimónias e fazedora de música ao vivo, tendo já trabalhado como educadora infantil e, entre outras valências profissionais, desenvolvido habilidades na área de reportagem.

O músico e compositor angolano Gabriel Tchiema lamentou a “não valorização da música tradicional no nosso mercado” e afirmou não ser normal que ela, “que é de raiz, seja chamada de alternativa”, considerando por isso que alguma coisa não está correcta.

“Há coisas que não percebo, como quando a música de raiz não é protegida, não é investida como tal para que os músicos que fazem esse tipo de música possam ter força para trabalhar. A música chamada comercial tem pernas para andar, mas nós, chamados de alternativos, por vários motivos, por falta de promoção, não temos pernas para andar”, deplorou o autor de Azwlula.

O também violonista, que falava ao ONgoma News por ocasião do lançamento do segundo álbum de Vladmiro Gonga, decorrido na Fundação Arte e Cultura no dia 9 deste mês, afirmou que se tem muitos problemas actualmente e tem de haver uma maneira forte do ministério de tutela e dos empresários, assim como a lei do mecenato tem que funcionar “para que esta música alternativa possa ter forças para estar em pé de igualdade com as outras no nosso mercado, e quiçá tornar-se na primeira opção dos angolanos”.

Questionado sobre como os meios digitais têm funcionado nos dias de hoje, quando se trata de divulgação, Gabriel Tchiema defendeu já ser possível fazer promoção através das plataformas digitais e das televisões, embora essas últimas tenham as suas políticas a seguir. “Mas através das plataformas digitais já se consegue fazer alguma coisa e se calhar a mensagem começa a chegar de forma mais rápida a um grande público”, reconheceu.

“Kwenda Tcha Phezu”, que significa “o andar da barata”, e “Chick Chick”, são temas do seu próximo álbum, ainda sem data de lançamento. Porém, a obra está já a 90% de conclusão e neste momento está-se a limar as últimas arestas e julga que, se tudo correr de acordo com a sua vontade, o álbum estará no mercado a partir de Novembro, adiantou.

Para este projecto, revelou o músico, “queria muito ter o Rui Veloso e tantos outros músicos angolanos, mas não será possível”, por razões que não consegue perceber. “Estou a pensar no Kanda para estarmos num tema e teremos grandes novidades”, referiu.

Entretanto, “Abraça-me” é o tema do disco, que deve comportar 14 faixas musicais e deve estar já a ser masterizado. É um álbum eclético e tem uma variedade de sonoridades, garantiu Tchiema.

“A música “Abraça-me” tem uma temática muito profunda, para alertar as pessoas e para que possam estar mais atentas às amizades. É o que significa o tema e gostava de partilhar isso como sendo o título do álbum e, se calhar, as pessoas vão referir muito isso, quando comprarem o disco”, concluiu.

Rodeth Dos Anjos

Repórter

Licenciada em Ciências da Comunicação, Rodeth é mestre de cerimónias e fazedora de música ao vivo, tendo já trabalhado como educadora infantil e, entre outras valências profissionais, desenvolvido habilidades na área de reportagem.

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