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Laysa Marques almeja reconhecimento, pois sente que “os artistas são muito desvalorizados”

Laysa Marques almeja reconhecimento, pois sente que “os artistas são muito desvalorizados”
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Andrade Lino

A artista plástica angolana Laysa Marques revelou que almeja ser reconhecida, porque “normalmente os artistas não são muito reconhecidos” e, em Angola, particularmente, “são muito desvalorizados”.

Laysa, que participa na exposição colectiva “Ler Saramago pela Arte”, que marca a terceira edição do projecto Literarte, patente desde o dia 19 deste mês no Camões - Centro Cultural Português, em entrevista ao ONgoma News, lamentou o facto de, normalmente, os artistas precisarem ser valorizados fora para serem valorizados cá.

Ainda, relatou que ser artista em Angola, pelo menos do que tem ouvido dos artistas mais velhos, é muito é difícil. A velha geração vive ou sobrevive da arte por causa do caminho que já percorreu, afirmou.

Quanto à exposição, Laysa considera ser, para si, uma realização enorme, sendo que se trata da primeira, com uma dimensão tão grande, de que faz parte, olhando para o “enorme” público visitante que acolheu. “Apareceu muita gente e eu estou muito feliz por isso”, expressou.

Na amostra, a artista recriou um retrato do escritor português José Saramago, utilizando café e açafrão como materiais principais para a execução da obra. Falando ao nosso portal, explicou que teve contacto com um dos textos de Saramago, a crónica “As palavras”. Teve que ler o texto e interpretá-lo num dos seus quadros, mas reconhece que foi muito fácil pintar Saramago. “Eu utilizei a técnica de café, açafrão e acrílico, foi apenas fazer o retrato e jogar o café em cima da tela, esperar secar e voltar a jogar o café e o açafrão e depois passar a tinta acrílica no rosto de Saramago”, explicou.

Professora de artes auxiliar na Fundação Arte e Cultura, a artista já tem ensinado o pouco que sabe para as crianças daquela organização e deseja ter uma escola de artes plásticas para ensinar quem quiser viver da arte e não só. Disse ainda, sobre a particularidade e sentimentos que a levam a criar, que pinta o que sente. “Acho que essa é uma das particularidades que tenho e é muito semelhante a do Vicent Van Gogh. Quando estava a pintar a obra do Saramago, o café me serviu de inspiração. O meu pai estava a tomar o café e eu senti o cheiro, me veio uma ideia, peguei o café e joguei no quadro”, revelou.

Questionada sobre como quer que os seus quadros sejam divulgados, a jovem Laysa Marques manifestou que gostaria que as obras passassem pelas televisões e revistas, esperando ser reconhecida nacional e internacionalmente, “que nem os pintores famosos como Guizef Guilherme, Vicent Van Gogh, que é um pintor super famoso”, que tanto a inspira, disse, entre outros. Sonha ainda em ver os seus quadros no Louvre “e noutros museus mais importantes do mundo”, para representar também a sua cultura.

Laysa Marques, nascida em Junho de 2003, realizou a sua primeira exposição colectiva em Setembro do ano passado, na Galeria Tamar Golan, da Fundação Arte e Cultura.

“Ler Saramago pela Arte”, no entanto, ficará patente até 2 de Agosto próximo, com 20 obras e com estreia de trabalhos de escultura, reunindo outros artistas como Abias Ilustrador, Isabel Landama, Jelson Matias, Marques, Pelenda, Tatiana Ana e Valeriano Kapoko.

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Ylson Menezes

Repórter

Ylson Menezes é poeta. Amante de leitura e de escrita, é também aspirante a jornalista.

A artista plástica angolana Laysa Marques revelou que almeja ser reconhecida, porque “normalmente os artistas não são muito reconhecidos” e, em Angola, particularmente, “são muito desvalorizados”.

Laysa, que participa na exposição colectiva “Ler Saramago pela Arte”, que marca a terceira edição do projecto Literarte, patente desde o dia 19 deste mês no Camões - Centro Cultural Português, em entrevista ao ONgoma News, lamentou o facto de, normalmente, os artistas precisarem ser valorizados fora para serem valorizados cá.

Ainda, relatou que ser artista em Angola, pelo menos do que tem ouvido dos artistas mais velhos, é muito é difícil. A velha geração vive ou sobrevive da arte por causa do caminho que já percorreu, afirmou.

Quanto à exposição, Laysa considera ser, para si, uma realização enorme, sendo que se trata da primeira, com uma dimensão tão grande, de que faz parte, olhando para o “enorme” público visitante que acolheu. “Apareceu muita gente e eu estou muito feliz por isso”, expressou.

Na amostra, a artista recriou um retrato do escritor português José Saramago, utilizando café e açafrão como materiais principais para a execução da obra. Falando ao nosso portal, explicou que teve contacto com um dos textos de Saramago, a crónica “As palavras”. Teve que ler o texto e interpretá-lo num dos seus quadros, mas reconhece que foi muito fácil pintar Saramago. “Eu utilizei a técnica de café, açafrão e acrílico, foi apenas fazer o retrato e jogar o café em cima da tela, esperar secar e voltar a jogar o café e o açafrão e depois passar a tinta acrílica no rosto de Saramago”, explicou.

Professora de artes auxiliar na Fundação Arte e Cultura, a artista já tem ensinado o pouco que sabe para as crianças daquela organização e deseja ter uma escola de artes plásticas para ensinar quem quiser viver da arte e não só. Disse ainda, sobre a particularidade e sentimentos que a levam a criar, que pinta o que sente. “Acho que essa é uma das particularidades que tenho e é muito semelhante a do Vicent Van Gogh. Quando estava a pintar a obra do Saramago, o café me serviu de inspiração. O meu pai estava a tomar o café e eu senti o cheiro, me veio uma ideia, peguei o café e joguei no quadro”, revelou.

Questionada sobre como quer que os seus quadros sejam divulgados, a jovem Laysa Marques manifestou que gostaria que as obras passassem pelas televisões e revistas, esperando ser reconhecida nacional e internacionalmente, “que nem os pintores famosos como Guizef Guilherme, Vicent Van Gogh, que é um pintor super famoso”, que tanto a inspira, disse, entre outros. Sonha ainda em ver os seus quadros no Louvre “e noutros museus mais importantes do mundo”, para representar também a sua cultura.

Laysa Marques, nascida em Junho de 2003, realizou a sua primeira exposição colectiva em Setembro do ano passado, na Galeria Tamar Golan, da Fundação Arte e Cultura.

“Ler Saramago pela Arte”, no entanto, ficará patente até 2 de Agosto próximo, com 20 obras e com estreia de trabalhos de escultura, reunindo outros artistas como Abias Ilustrador, Isabel Landama, Jelson Matias, Marques, Pelenda, Tatiana Ana e Valeriano Kapoko.

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