O rapper e apresentador angolano Kool Klever afirmou que deve haver mais salas de ensaio, “onde o pessoal pode trocar ideias”, e não tanta competição, embora ela não seja má, “mas a competição acaba por comercializar muito a coisa”.
Poeta e compositor, o artista fez estas declarações olhando para o movimento de spoken word em Angola, confessando ter medo que a coisa se torne comercial demais, “porque as competições criam tendências e as salas de ensaio são para ouvir todas as vozes e perceber a qualidade de cada um”.
Falando por ocasião do espectáculo de apresentação e lançamento oficial do segundo álbum do músico Vladmiro Gonga, denominado “Uazekele”, do qual participa, Kool Klever lembrou que a sua relação com o spoken word não é nova, sendo que se apaixonou por esse derivado da cultura do Hip-Hop na mesma altura em que começou a compreender o Rap e traz isso no seu primeiro álbum, o “Kooltivar”. “Muitas das pessoas que começaram a fazer spoken passaram pelo Hip-Hop. A execução é diferente, mas a narrativa é a mesma, então é dali que surge a minha relação”, reforçou, reconhecendo ser Lukeny Bamba o primeiro artista dessa façanha de poesia falada em Angola, com o primeiro evento, o Artes ao Vivo, que mais tarde passou a ser realizado no Espaço Bahia e daí o movimento cresceu muito.
Defendeu entretanto que “há coisas muito boas a serem feitas, há competições extraordinárias” e acredita por essa razão que deve haver mais salas de ensaio”. “É mais como o Rap e o Hip-Hop quando começou, é a celebração do indivíduo no colectivo, onde cada um traz a sua cor e todas as cores são celebradas. Mas quando há competição, a cor do melhor acaba por ser a que dita todas as regras, e a competição tem este erro - se um ganha, os outros pensam que a forma correcta para ganhar é a que o vencedor usou”, ressaltou.
O letrista, em declarações ao ONgoma News, referiu por isso que temos de olhar para a competição como não mais importante do que a exposição e as coisas que chama de salas de ensaio. No evento, as pessoas vão desfilar, ninguém é melhor, não se está a julgar, apenas se quer ouvir as vozes das pessoas e ouvir vozes diferentes, clareou Kool Klever.
Questionado sobre que olhar tem do Rap nacional actualmente, o cantor observou que “as coisas são o que são, não há julgamentos de valores, hoje há naturalmente outras preocupações”. “As tradições são óptimas e são para conservar poder e autonomia, mas não sou muito a favor disso. Nós temos que conseguir viver na mudança, apreciar outras coisas. Eu tenho as minhas preferências, mas a minhas preferências não ditam o mundo”, reconheceu.
De referir então que, actualmente, o artista, cujo programa de rádio, Eclético FM, completa 16 anos este mês, está a preparar o seu segundo álbum, de nome “Adeus, Talvez”, revelou, embora sem avançar detalhes.
O rapper e apresentador angolano Kool Klever afirmou que deve haver mais salas de ensaio, “onde o pessoal pode trocar ideias”, e não tanta competição, embora ela não seja má, “mas a competição acaba por comercializar muito a coisa”.
Poeta e compositor, o artista fez estas declarações olhando para o movimento de spoken word em Angola, confessando ter medo que a coisa se torne comercial demais, “porque as competições criam tendências e as salas de ensaio são para ouvir todas as vozes e perceber a qualidade de cada um”.
Falando por ocasião do espectáculo de apresentação e lançamento oficial do segundo álbum do músico Vladmiro Gonga, denominado “Uazekele”, do qual participa, Kool Klever lembrou que a sua relação com o spoken word não é nova, sendo que se apaixonou por esse derivado da cultura do Hip-Hop na mesma altura em que começou a compreender o Rap e traz isso no seu primeiro álbum, o “Kooltivar”. “Muitas das pessoas que começaram a fazer spoken passaram pelo Hip-Hop. A execução é diferente, mas a narrativa é a mesma, então é dali que surge a minha relação”, reforçou, reconhecendo ser Lukeny Bamba o primeiro artista dessa façanha de poesia falada em Angola, com o primeiro evento, o Artes ao Vivo, que mais tarde passou a ser realizado no Espaço Bahia e daí o movimento cresceu muito.
Defendeu entretanto que “há coisas muito boas a serem feitas, há competições extraordinárias” e acredita por essa razão que deve haver mais salas de ensaio”. “É mais como o Rap e o Hip-Hop quando começou, é a celebração do indivíduo no colectivo, onde cada um traz a sua cor e todas as cores são celebradas. Mas quando há competição, a cor do melhor acaba por ser a que dita todas as regras, e a competição tem este erro - se um ganha, os outros pensam que a forma correcta para ganhar é a que o vencedor usou”, ressaltou.
O letrista, em declarações ao ONgoma News, referiu por isso que temos de olhar para a competição como não mais importante do que a exposição e as coisas que chama de salas de ensaio. No evento, as pessoas vão desfilar, ninguém é melhor, não se está a julgar, apenas se quer ouvir as vozes das pessoas e ouvir vozes diferentes, clareou Kool Klever.
Questionado sobre que olhar tem do Rap nacional actualmente, o cantor observou que “as coisas são o que são, não há julgamentos de valores, hoje há naturalmente outras preocupações”. “As tradições são óptimas e são para conservar poder e autonomia, mas não sou muito a favor disso. Nós temos que conseguir viver na mudança, apreciar outras coisas. Eu tenho as minhas preferências, mas a minhas preferências não ditam o mundo”, reconheceu.
De referir então que, actualmente, o artista, cujo programa de rádio, Eclético FM, completa 16 anos este mês, está a preparar o seu segundo álbum, de nome “Adeus, Talvez”, revelou, embora sem avançar detalhes.