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Kizomba ganha plataforma para valorização do estilo musical

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Foi ontem apresentada a nova plataforma de comunicação musical da Luandina, “A NOSSA KIZOMBA”, que será um festival cultural, tendo como objectivo a valorização do estilo de música e dança Kizomba, promovendo a sua cultura e identidade a nível nacional e internacional.  

A apresentação  da iniciativa, esta que surge depois do sucesso do “Festival de Zouk by Luandina” e do festival de cerveja “Oktoberfest”, contou com a presença e testemunhos de Eduardo Paim, enquanto embaixador oficial do projecto, dos músicos Yola Semedo, Maya Cool e Cristo, do mentor do concurso nacional e internacional de Kizomba, Mukano Charles, além da equipa de produção da Luandina e Nuno Manster.  

Eufrânio Júlio, Gestor de Parcerias Estratégicas da Sodiba, explica que mais do que um leque de eventos, “A NOSSA KIZOMBA” é uma plataforma inovadora para se comunicar a kizomba,

“A Luandina promete dignificar e dar a conhecer a Kizomba com o impacto e projecção que esta sempre mereceu e merece, quer os músicos, quer a sua cultura inerente, como os seus bailarinos profissionais e amadores, que há muito vêm a surpreender os amantes deste género, dentro e fora de Angola”, disse.

Sendo a Kizomba um género musical tão Angolano, a Luandina não poderia deixar de se apropriar deste estilo, bem como não poderia deixar de convidar para seu embaixador oficial o músico e compositor Eduardo Paím, lê-se no comunicado que recebemos.

O projecto vai ainda documentar a vida e a essência do mundo da Kizomba, dentro e fora das escolas, em cima dos palcos, em salões de festa e nos quintais mais badalados de Angola.

Na agenda, estão previstos vários workshops de Kizomba, concursos, entrevistas, captação de imagem em espaços de entretenimento com alma Kizomba.

Porém, o primeiro grande evento, inicialmente agendado para o dia 4 de Abril, no Avennida do Morro Bento, que compreenderia a participação em Workshops e concursos Kizomba, e contaria com a participação de professores da modalidade, DJs conceituados (Danger, João Reis, Malvado e Mila Sopa) e com o indiscutível cartaz de peso: Eduardo Paim, Yola Semedo, Walter Ananaz, Maya Cool, Cristo e Aidini Diogo – foi ontem adiado, publicamente, em conferência de imprensa, visto que, quer a organização, quer os músicos envolvidos, sentem a necessidade emergente de colocar a saúde pública acima da vertente de entretimento e comercial.

Segundo ainda o documento, os testemunhos dos que presidiram o encontro foram unânimes, expressivos e emocionados, não pela componente alarmista que a potencial disseminação deste novo vírus COVID-19 poderá vir a representar para Angola, mas pelo espírito de solidariedade que este movimento e consequente tomada de decisão acarretam.

Yola Semedo citou, sem reservas, que enquanto cidadã, artista e mãe, a responsabilidade que sente na participação e ajuda à divulgação desta mensagem de prevenção sobrepõe-se à sua agenda profissional e à paixão que tem pelo que faz.

Maya Cool, por sua vez, relembrou que, contrariamente ao que se está a verificar noutros países, a prevenção deve acontecer num momento anterior ao contágio, pois "só assim conseguimos evitar que o problema ganhe dimensões indesejadas e essa prevenção obriga a uma postura recatada no que toca a grandes ajuntamentos de pessoas".

Nuno Manster, enquanto experiente organizador de eventos em Angola, explicou que o investimento que está a ser feito neste projecto não se limita à realização de um evento. “A NOSSA KIZOMBA vai muito além disso. É uma plataforma que vai reunir conteúdos diversos, ao longo do tempo, que falará sobre a história da Kizomba, sobre a sua evolução, sobre o que se faz aqui dentro e lá fora – um legado que nunca foi devidamente explorado, compilado e apresentado”, referiu.

Por fim, o responsável  relativamente ao adiamento da actividade,  disse que “não há dinheiro que pague uma vida", pelo que a organização não vai colocar vidas em risco sem ter a certeza de que é seguro prosseguir com o evento.

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

Foi ontem apresentada a nova plataforma de comunicação musical da Luandina, “A NOSSA KIZOMBA”, que será um festival cultural, tendo como objectivo a valorização do estilo de música e dança Kizomba, promovendo a sua cultura e identidade a nível nacional e internacional.  

A apresentação  da iniciativa, esta que surge depois do sucesso do “Festival de Zouk by Luandina” e do festival de cerveja “Oktoberfest”, contou com a presença e testemunhos de Eduardo Paim, enquanto embaixador oficial do projecto, dos músicos Yola Semedo, Maya Cool e Cristo, do mentor do concurso nacional e internacional de Kizomba, Mukano Charles, além da equipa de produção da Luandina e Nuno Manster.  

Eufrânio Júlio, Gestor de Parcerias Estratégicas da Sodiba, explica que mais do que um leque de eventos, “A NOSSA KIZOMBA” é uma plataforma inovadora para se comunicar a kizomba,

“A Luandina promete dignificar e dar a conhecer a Kizomba com o impacto e projecção que esta sempre mereceu e merece, quer os músicos, quer a sua cultura inerente, como os seus bailarinos profissionais e amadores, que há muito vêm a surpreender os amantes deste género, dentro e fora de Angola”, disse.

Sendo a Kizomba um género musical tão Angolano, a Luandina não poderia deixar de se apropriar deste estilo, bem como não poderia deixar de convidar para seu embaixador oficial o músico e compositor Eduardo Paím, lê-se no comunicado que recebemos.

O projecto vai ainda documentar a vida e a essência do mundo da Kizomba, dentro e fora das escolas, em cima dos palcos, em salões de festa e nos quintais mais badalados de Angola.

Na agenda, estão previstos vários workshops de Kizomba, concursos, entrevistas, captação de imagem em espaços de entretenimento com alma Kizomba.

Porém, o primeiro grande evento, inicialmente agendado para o dia 4 de Abril, no Avennida do Morro Bento, que compreenderia a participação em Workshops e concursos Kizomba, e contaria com a participação de professores da modalidade, DJs conceituados (Danger, João Reis, Malvado e Mila Sopa) e com o indiscutível cartaz de peso: Eduardo Paim, Yola Semedo, Walter Ananaz, Maya Cool, Cristo e Aidini Diogo – foi ontem adiado, publicamente, em conferência de imprensa, visto que, quer a organização, quer os músicos envolvidos, sentem a necessidade emergente de colocar a saúde pública acima da vertente de entretimento e comercial.

Segundo ainda o documento, os testemunhos dos que presidiram o encontro foram unânimes, expressivos e emocionados, não pela componente alarmista que a potencial disseminação deste novo vírus COVID-19 poderá vir a representar para Angola, mas pelo espírito de solidariedade que este movimento e consequente tomada de decisão acarretam.

Yola Semedo citou, sem reservas, que enquanto cidadã, artista e mãe, a responsabilidade que sente na participação e ajuda à divulgação desta mensagem de prevenção sobrepõe-se à sua agenda profissional e à paixão que tem pelo que faz.

Maya Cool, por sua vez, relembrou que, contrariamente ao que se está a verificar noutros países, a prevenção deve acontecer num momento anterior ao contágio, pois "só assim conseguimos evitar que o problema ganhe dimensões indesejadas e essa prevenção obriga a uma postura recatada no que toca a grandes ajuntamentos de pessoas".

Nuno Manster, enquanto experiente organizador de eventos em Angola, explicou que o investimento que está a ser feito neste projecto não se limita à realização de um evento. “A NOSSA KIZOMBA vai muito além disso. É uma plataforma que vai reunir conteúdos diversos, ao longo do tempo, que falará sobre a história da Kizomba, sobre a sua evolução, sobre o que se faz aqui dentro e lá fora – um legado que nunca foi devidamente explorado, compilado e apresentado”, referiu.

Por fim, o responsável  relativamente ao adiamento da actividade,  disse que “não há dinheiro que pague uma vida", pelo que a organização não vai colocar vidas em risco sem ter a certeza de que é seguro prosseguir com o evento.

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