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Jeannette Seppen admite que “o que aconteceu na Lunda Norte é uma grande preocupação da União Europeia”

Jeannette Seppen admite que “o que aconteceu na Lunda Norte é uma grande preocupação da União Europeia”
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A embaixadora da União Europeia (UE) em Angola admitiu hoje que o que aconteceu na vila mineira da Lunda Norte é “uma grande preocupação da União Europeia”, o facto de Cafunfo ter sido palco de incidentes entre a Polícia e populares em 30 de Janeiro último, de que resultou um número indeterminado de mortos e feridos, estando sob um forte dispositivo das forças de segurança desde essa altura.

Jeannette Seppen, que defendeu que a parceria com Angola, que inclui o diálogo sobre direitos humanos, continua sólida, assumindo, no entanto, “preocupação” com os acontecimentos em Cafunfo, citada pela agência Lusa, assinalou que os direitos humanos assumem um papel de destaque dentro da UE e na política externa do bloco.

“Por essa razão, já temos um diálogo anual com Angola sobre esta temática e vai ser neste âmbito que vamos continuar a falar com o Governo angolano, para saber exatamente o que se passou e reforçar a importância que atribuímos à protecção dos direitos humanos”.

“Vamos ver o que o ministro nos vai dizer”, acrescentou Jeannette Seppen, sublinhando que o diálogo “é o instrumento fundamental numa parceria e fundamental nas relações diplomáticas”.

A diplomata europeia considerou que, tal como noutros países, a pandemia da Covid-19 está também a ter um “impacto enorme” em Angola e o fenómeno deve ser também enquadrado na perspetiva dos direitos humanos.

Jeannette Seppen, que chegou a Angola em Setembro do ano passado, substituindo no cargo Tomas Ulicny, pediu, na semana passada, um encontro com o ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, a propósito dos incidentes na província da Lunda Norte.

A reunião “ainda não aconteceu”, mas obteve resposta positiva por parte das autoridades angolanas, faltando apenas tratar dos detalhes práticos para o agendamento, assegurou a responsável europeia.

Na quinta-feira, um porta-voz comunitário adiantou que a delegação da União Europeia em Angola endereçou, em nome da UE e dos chefes de missão, uma carta a Francisco Queiroz a deplorar os acontecimentos e a solicitar uma reunião para abordar a questão directamente com o ministro, recordando a importância das normas internacionais em matéria de direitos humanos.

O caso não deverá afectar, no entanto, a parceria “muito forte” entre Angola e a União Europeia, considerou a embaixadora, ainda de acordo com a Lusa.

“É uma parceria de diálogo entre parceiros, entre amigos”, afirmou a representante da UE, em, lembrando que a delegação da União Europeia está presente no país africano desde 1986 e a parceria foi reconfirmada através do acordo “Caminho Conjunto”, assinado em 2012, e que visa reforçar o diálogo num quadro de cooperação interativo e participativo.

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Redacção

A embaixadora da União Europeia (UE) em Angola admitiu hoje que o que aconteceu na vila mineira da Lunda Norte é “uma grande preocupação da União Europeia”, o facto de Cafunfo ter sido palco de incidentes entre a Polícia e populares em 30 de Janeiro último, de que resultou um número indeterminado de mortos e feridos, estando sob um forte dispositivo das forças de segurança desde essa altura.

Jeannette Seppen, que defendeu que a parceria com Angola, que inclui o diálogo sobre direitos humanos, continua sólida, assumindo, no entanto, “preocupação” com os acontecimentos em Cafunfo, citada pela agência Lusa, assinalou que os direitos humanos assumem um papel de destaque dentro da UE e na política externa do bloco.

“Por essa razão, já temos um diálogo anual com Angola sobre esta temática e vai ser neste âmbito que vamos continuar a falar com o Governo angolano, para saber exatamente o que se passou e reforçar a importância que atribuímos à protecção dos direitos humanos”.

“Vamos ver o que o ministro nos vai dizer”, acrescentou Jeannette Seppen, sublinhando que o diálogo “é o instrumento fundamental numa parceria e fundamental nas relações diplomáticas”.

A diplomata europeia considerou que, tal como noutros países, a pandemia da Covid-19 está também a ter um “impacto enorme” em Angola e o fenómeno deve ser também enquadrado na perspetiva dos direitos humanos.

Jeannette Seppen, que chegou a Angola em Setembro do ano passado, substituindo no cargo Tomas Ulicny, pediu, na semana passada, um encontro com o ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, a propósito dos incidentes na província da Lunda Norte.

A reunião “ainda não aconteceu”, mas obteve resposta positiva por parte das autoridades angolanas, faltando apenas tratar dos detalhes práticos para o agendamento, assegurou a responsável europeia.

Na quinta-feira, um porta-voz comunitário adiantou que a delegação da União Europeia em Angola endereçou, em nome da UE e dos chefes de missão, uma carta a Francisco Queiroz a deplorar os acontecimentos e a solicitar uma reunião para abordar a questão directamente com o ministro, recordando a importância das normas internacionais em matéria de direitos humanos.

O caso não deverá afectar, no entanto, a parceria “muito forte” entre Angola e a União Europeia, considerou a embaixadora, ainda de acordo com a Lusa.

“É uma parceria de diálogo entre parceiros, entre amigos”, afirmou a representante da UE, em, lembrando que a delegação da União Europeia está presente no país africano desde 1986 e a parceria foi reconfirmada através do acordo “Caminho Conjunto”, assinado em 2012, e que visa reforçar o diálogo num quadro de cooperação interativo e participativo.

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