Angola deve reinvestir as receitas dos combustíveis fósseis no processo de transição para as energias renováveis, revela o estudo Africa Energy Outlook 2023, da Deloitte, que aponta ainda um enorme desafio energético do país, sendo o facto de apenas metade da sua população ter “acesso a fontes de energia limpa para cozinhar e várias províncias não cumprem a taxa mínima de electrificação definida pelo Governo, que é de 20%”.
Este incumprimento, segundo o documento apresentado na Africa Oil Week, conferência internacional que decorreu em Cape Town na semana passada, coloca em risco a obtenção da taxa de 60% até 2025.
O relatório, citado na nota que recebemos, acresce a estes desafios o aumento significativo da procura de electricidade em virtude do crescimento populacional, da urbanização e do desenvolvimento económico. Numa altura em que o consumo per capita mais do que duplicou entre 2010 e 2020, com base nas previsões de crescimento populacional, a procura de energia em Angola poderá aumentar 25% até 2030. O consumo energético, assim, é ainda relativamente baixo, em comparação com outros países da região.
Angola pretende investir substancialmente na produção de energia renovável, incluindo a energia solar, a eólica e a hidroeléctrica, para fazer face à procura crescente e diminuir os actuais custos elevados da electricidade, lê-se no documento, com um capítulo dedicado a Angola, que refere ainda que a quota de energias renováveis no mix energético de Angola até 2030 deverá atingir os 70%, de acordo com as intenções do Governo.
Sendo um dos maiores produtores de petróleo de África, o país depende deste combustível fóssil como fonte primária de energia, de divisas e de financiamento. Contudo, o declínio da produção petrolífera a que se assiste nos últimos anos aumentou o interesse das autoridades nacionais pela prossecução de um processo de transição energético benéfico para o país, sustentado num mix diversificado e composto também pelo gás natural e pelas energias renováveis.
Atingir este objectivo depende, segundo o estudo apresentado pela Deloitte, de um investimento considerável nas infra-estruturas de produção, transmissão e distribuição de energia. Ao mesmo tempo, e para aumentar a electrificação, o país deverá melhorar o seu quadro regulamentar para atrair investidores privados e investir em conhecimento especializado e no conteúdo local, investimento que pode ser feito com parte dos recursos provenientes da exploração do petróleo, por se tratar da maior fonte de receitas do país.
O parceiro da Deloitte e responsável pelo Sector de Energia, Recursos & Indústria em Angola, sublinhou que “a criação deste mix pode vir a favorecer significativamente Angola, porque o país tem enormes potencialidades na sua capacidade produtiva e pode aumentá-la com a co-habitabilidade de diferentes fontes alternativas”.
“A capacidade de geração de energia limpa, através dos nossos recursos hídricos e dos investimentos em curso em projectos solares, pode posicionar Angola na linha da frente no sector energético ao nível do continente”, afirmou Frederico Martins Correia.
O mesmo responsável, que esteve presente na conferência como moderador de um painel sobre desenvolvimento de infraestruturas em África, na apresentação do relatório do Africa Energy Outlook, e foi ainda moderador do painel sobre investimento no sector de energia em Angola, lembra também que “estamos actualmente a atravessar uma era de grandes oportunidades de transformação e para conseguirmos responder aos desafios de sustentabilidade precisamos de adoptar uma visão integrada das vantagens e dos desafios que o mercado africano, e mais especificamente o angolano, enfrenta.
Para ele, os modelos de co-habitabilidade são parte deste processo de transição energética e “reflectem a procura de soluções globais por parte dos líderes e dos próprios consumidores”.
O estudo que a Deloitte apresentou em Cape Town conta com uma análise detalhada sobre o estado e as perspectivas futuras de desenvolvimento do sector em África e uma análise detalhada de 6 países, nomeadamente Angola, Moçambique, Nigéria, Costa do Marfim, África do Sul e Marrocos.
Angola deve reinvestir as receitas dos combustíveis fósseis no processo de transição para as energias renováveis, revela o estudo Africa Energy Outlook 2023, da Deloitte, que aponta ainda um enorme desafio energético do país, sendo o facto de apenas metade da sua população ter “acesso a fontes de energia limpa para cozinhar e várias províncias não cumprem a taxa mínima de electrificação definida pelo Governo, que é de 20%”.
Este incumprimento, segundo o documento apresentado na Africa Oil Week, conferência internacional que decorreu em Cape Town na semana passada, coloca em risco a obtenção da taxa de 60% até 2025.
O relatório, citado na nota que recebemos, acresce a estes desafios o aumento significativo da procura de electricidade em virtude do crescimento populacional, da urbanização e do desenvolvimento económico. Numa altura em que o consumo per capita mais do que duplicou entre 2010 e 2020, com base nas previsões de crescimento populacional, a procura de energia em Angola poderá aumentar 25% até 2030. O consumo energético, assim, é ainda relativamente baixo, em comparação com outros países da região.
Angola pretende investir substancialmente na produção de energia renovável, incluindo a energia solar, a eólica e a hidroeléctrica, para fazer face à procura crescente e diminuir os actuais custos elevados da electricidade, lê-se no documento, com um capítulo dedicado a Angola, que refere ainda que a quota de energias renováveis no mix energético de Angola até 2030 deverá atingir os 70%, de acordo com as intenções do Governo.
Sendo um dos maiores produtores de petróleo de África, o país depende deste combustível fóssil como fonte primária de energia, de divisas e de financiamento. Contudo, o declínio da produção petrolífera a que se assiste nos últimos anos aumentou o interesse das autoridades nacionais pela prossecução de um processo de transição energético benéfico para o país, sustentado num mix diversificado e composto também pelo gás natural e pelas energias renováveis.
Atingir este objectivo depende, segundo o estudo apresentado pela Deloitte, de um investimento considerável nas infra-estruturas de produção, transmissão e distribuição de energia. Ao mesmo tempo, e para aumentar a electrificação, o país deverá melhorar o seu quadro regulamentar para atrair investidores privados e investir em conhecimento especializado e no conteúdo local, investimento que pode ser feito com parte dos recursos provenientes da exploração do petróleo, por se tratar da maior fonte de receitas do país.
O parceiro da Deloitte e responsável pelo Sector de Energia, Recursos & Indústria em Angola, sublinhou que “a criação deste mix pode vir a favorecer significativamente Angola, porque o país tem enormes potencialidades na sua capacidade produtiva e pode aumentá-la com a co-habitabilidade de diferentes fontes alternativas”.
“A capacidade de geração de energia limpa, através dos nossos recursos hídricos e dos investimentos em curso em projectos solares, pode posicionar Angola na linha da frente no sector energético ao nível do continente”, afirmou Frederico Martins Correia.
O mesmo responsável, que esteve presente na conferência como moderador de um painel sobre desenvolvimento de infraestruturas em África, na apresentação do relatório do Africa Energy Outlook, e foi ainda moderador do painel sobre investimento no sector de energia em Angola, lembra também que “estamos actualmente a atravessar uma era de grandes oportunidades de transformação e para conseguirmos responder aos desafios de sustentabilidade precisamos de adoptar uma visão integrada das vantagens e dos desafios que o mercado africano, e mais especificamente o angolano, enfrenta.
Para ele, os modelos de co-habitabilidade são parte deste processo de transição energética e “reflectem a procura de soluções globais por parte dos líderes e dos próprios consumidores”.
O estudo que a Deloitte apresentou em Cape Town conta com uma análise detalhada sobre o estado e as perspectivas futuras de desenvolvimento do sector em África e uma análise detalhada de 6 países, nomeadamente Angola, Moçambique, Nigéria, Costa do Marfim, África do Sul e Marrocos.