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Equipa do DHIS2 em Angola reconhece importância da plataforma para criar soluções a nível da Saúde

Equipa do DHIS2 em Angola reconhece importância da plataforma para criar soluções a nível da Saúde
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Andrade Lino

A coordenadora da Equipa Técnica do Sistema de Informação sobre Saúde Distrital em Angola (DHIS2, sigla em inglês), Sílvia Clementina, garantiu que se trata de um serviço, na área das tecnologias de informação, que fornece uma gama de soluções e benefícios para a saúde, pois é uma plataforma robusta que permite saber sobre os vários sistemas de cada organização, hospitais, parceiros e os seus aplicativos.

A responsável, que falou ao ONgoma News a quando do Workshop sobre Tecnologia e Saúde em Angola, reconhece ainda que “com a descoberta desta grande plataforma, que é usada em mais 40 país do mundo e sobretudo em todos países da SADC, hoje é possível, em tempo real, ter acesso a muita informação”.

“Por exemplo, se tivermos um técnico numa localidade muito distante de Luanda, através do sistema, nós podemos fazemos uma verificação em termos de dados e podemos ter a percepção sobre como vai a situação epidemiológica naquela zona, em termos de patologia, gestão de medicamentos, e é neste âmbito que o Ministério de Saúde está a apostar na implementação desse projecto”, explicou a especialista, tendo relevado que não se diga que é um projecto embrião em Angola, mas “podemos considerar que somos um criança já a marcar passos”, e adiantou que “o DHIS2 já funciona em 10 províncias, em que os técnicos conseguem inserir dados, fazer uma leitura, a análise e quiçá tomar decisões relativamente ao que se passa na zona”.

“Como disse, estamos na fase de implementação, mas passo a passo, quando conseguirmos recolocar para as todas unidades sanitárias, a ministra terá a capacidade de, à distância, através da plataforma, obter dados. Temos exemplos concretos do surto que houve da cólera no Uíge, fomos surpreendidos três meses depois com o facto de que esse serviço ainda não era funcional na província, mas agora já podemos criar evitar estas surpresas, e se em Outubro já tivéssemos isso implementado naquela região do país, no momento em que se verificou o surto, teríamos o conhecimento e o Ministério iria tomar uma decisão para contornar a situação, evitando mortes”, esclareceu Sílvia Clementina.

Segundo a fonte, este sistema facilita bastante as tomadas de decisões em tempo real e a gestão das unidades sanitárias. “Temos uma plataforma que está a funcionar em 6 unidades clínicas nacionais, está no Américo Boa Vida, em Luanda, Huambo, Benguela, Huíla, agora vamos implementar em Cabinda, temos também em Malange, através da qual o paciente entra pelo banco de urgência e faz a triagem de manchester. Este sistema está interligado com a farmácia, com o laboratório, com os consultórios, o médico, e tendo o paciente no seu consultório, não precisa questionar nada, porque já fez a triagem na entrada e é suficiente para ter o histórico, a identificação ou os primeiros dados, que é a informação que o paciente presta lá na entrada, através do sistema de manchester”, relatou.

Para a responsável,  a perspectiva é, depois de se implementar esses serviços em todos os hospitais nacionais, haver a possibilidade de integração com esse sistema, deixando de ser necessário, querendo uma informação hospitalar, ter que fazer telefonemas ou escrever cartas, bastando apenas entrar no sistema e buscar a informação pretendida, até mesmo do analista, do gestor ou do líder que quer tomar uma decisão.

O futuro é interligar os serviços todos de saúde, em áreas da gestão, da direcção do Ministério, com a possibilidade de ter respostas em tempo real, pois tendo todos os serviços interligados há maior capacidade de dar respostas aos problemas, segundo a coordenadora, que disse que as prioridades principais são a comunicação, a educação sanitária, mas, “para haver prevenção, não deve ser apenas o Ministério da saúde a agir, há que se unir forças com o Ministério do Ambiente, governos provinciais, todos remando para a mesma direcção, de modo que se evitem esses surtos”.

Na visão da especialista, a função das tecnologias é acabar com o papel. “Podemos ter um contentor de arquivos, mas não nos dão respostas, não há arquivo mais inteligente que o da tecnologia, pois tem uma gama de caras críticas que facilitam a gestão de qualquer tipo de serviço, da saúde, como é o caso. Há também o caso de se perderem alguns dados, mas ali são mais fiáveis, mais seguros, e é de referir que estamos a apostar nas tecnologias, o Ministério da Saúde está apostar na sustentabilidade desses serviços e para tal temos uma equipe seleccionada de jovens, porque muitas vezes nós começamos um determinado projecto e nunca conseguimos chegar ao fim”, informou, e acrescentou que há em carteira “a aquisição da compra de alguns materiais com fundo global, ir até as outras unidades provinciais para que possa haver integração na informação.

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

A coordenadora da Equipa Técnica do Sistema de Informação sobre Saúde Distrital em Angola (DHIS2, sigla em inglês), Sílvia Clementina, garantiu que se trata de um serviço, na área das tecnologias de informação, que fornece uma gama de soluções e benefícios para a saúde, pois é uma plataforma robusta que permite saber sobre os vários sistemas de cada organização, hospitais, parceiros e os seus aplicativos.

A responsável, que falou ao ONgoma News a quando do Workshop sobre Tecnologia e Saúde em Angola, reconhece ainda que “com a descoberta desta grande plataforma, que é usada em mais 40 país do mundo e sobretudo em todos países da SADC, hoje é possível, em tempo real, ter acesso a muita informação”.

“Por exemplo, se tivermos um técnico numa localidade muito distante de Luanda, através do sistema, nós podemos fazemos uma verificação em termos de dados e podemos ter a percepção sobre como vai a situação epidemiológica naquela zona, em termos de patologia, gestão de medicamentos, e é neste âmbito que o Ministério de Saúde está a apostar na implementação desse projecto”, explicou a especialista, tendo relevado que não se diga que é um projecto embrião em Angola, mas “podemos considerar que somos um criança já a marcar passos”, e adiantou que “o DHIS2 já funciona em 10 províncias, em que os técnicos conseguem inserir dados, fazer uma leitura, a análise e quiçá tomar decisões relativamente ao que se passa na zona”.

“Como disse, estamos na fase de implementação, mas passo a passo, quando conseguirmos recolocar para as todas unidades sanitárias, a ministra terá a capacidade de, à distância, através da plataforma, obter dados. Temos exemplos concretos do surto que houve da cólera no Uíge, fomos surpreendidos três meses depois com o facto de que esse serviço ainda não era funcional na província, mas agora já podemos criar evitar estas surpresas, e se em Outubro já tivéssemos isso implementado naquela região do país, no momento em que se verificou o surto, teríamos o conhecimento e o Ministério iria tomar uma decisão para contornar a situação, evitando mortes”, esclareceu Sílvia Clementina.

Segundo a fonte, este sistema facilita bastante as tomadas de decisões em tempo real e a gestão das unidades sanitárias. “Temos uma plataforma que está a funcionar em 6 unidades clínicas nacionais, está no Américo Boa Vida, em Luanda, Huambo, Benguela, Huíla, agora vamos implementar em Cabinda, temos também em Malange, através da qual o paciente entra pelo banco de urgência e faz a triagem de manchester. Este sistema está interligado com a farmácia, com o laboratório, com os consultórios, o médico, e tendo o paciente no seu consultório, não precisa questionar nada, porque já fez a triagem na entrada e é suficiente para ter o histórico, a identificação ou os primeiros dados, que é a informação que o paciente presta lá na entrada, através do sistema de manchester”, relatou.

Para a responsável,  a perspectiva é, depois de se implementar esses serviços em todos os hospitais nacionais, haver a possibilidade de integração com esse sistema, deixando de ser necessário, querendo uma informação hospitalar, ter que fazer telefonemas ou escrever cartas, bastando apenas entrar no sistema e buscar a informação pretendida, até mesmo do analista, do gestor ou do líder que quer tomar uma decisão.

O futuro é interligar os serviços todos de saúde, em áreas da gestão, da direcção do Ministério, com a possibilidade de ter respostas em tempo real, pois tendo todos os serviços interligados há maior capacidade de dar respostas aos problemas, segundo a coordenadora, que disse que as prioridades principais são a comunicação, a educação sanitária, mas, “para haver prevenção, não deve ser apenas o Ministério da saúde a agir, há que se unir forças com o Ministério do Ambiente, governos provinciais, todos remando para a mesma direcção, de modo que se evitem esses surtos”.

Na visão da especialista, a função das tecnologias é acabar com o papel. “Podemos ter um contentor de arquivos, mas não nos dão respostas, não há arquivo mais inteligente que o da tecnologia, pois tem uma gama de caras críticas que facilitam a gestão de qualquer tipo de serviço, da saúde, como é o caso. Há também o caso de se perderem alguns dados, mas ali são mais fiáveis, mais seguros, e é de referir que estamos a apostar nas tecnologias, o Ministério da Saúde está apostar na sustentabilidade desses serviços e para tal temos uma equipe seleccionada de jovens, porque muitas vezes nós começamos um determinado projecto e nunca conseguimos chegar ao fim”, informou, e acrescentou que há em carteira “a aquisição da compra de alguns materiais com fundo global, ir até as outras unidades provinciais para que possa haver integração na informação.

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