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Dois novos rostos integram o regresso da peça "Esquadrão Kamy"

Dois novos rostos integram o regresso da peça "Esquadrão Kamy"
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As actrizes Rosa Kanhama e Eliana Silva são os novos rostos que vão integrar a próxima temporada da peça teatral "Esquadrão Kamy", um dos maiores espectáculos dramáticos angolanos, após terem sido seleccionadas durante os castings realizados nos dia 8 e 15 deste mês, no espaço Casa Viana, em Luanda, pelo projecto Buco Produções.

Essa possibilidade é encarada com grande responsabilidade pelas actrizes, emocionadas por terem sido as escolhidas num universo de 90 candidatas inscritas, sendo que devem então representar os papéis de Engrácia dos Santos e Irene Cohen, nacionalistas que consentiram o sacrifício da própria vida em prol da libertação de Angola, papéis que anteriormente eram representados pelas actrizes Rosa Cavela e Carina Sousa, respectivamente.

Em declaração ao Jornal de Angola, Rosa Kanhama explicou que teve tempo suficiente para fazer uma boa preparação individual, desde que tomou conhecimento da existência do casting. Com a experiência de 14 anos adquirida enquanto actriz do grupo "Bando Justiça e Arte", espera poder representar bem a personagem que lhe for indicada. "Ainda estou a digerir tudo isso, pela responsabilidade em representar papéis de grande relevância histórica da vida política do país", enfatizou.

Por sua vez, Eliana Silva considerou positiva a participação no casting, por ser uma das muitas concorrentes. "O casting foi bom, mas a maior dificuldade foi o facto de não ter tido tempo suficiente para estudar o texto. Ainda assim, dediquei-me de  corpo e alma para fazer parte deste maravilhoso elenco de actrizes".

Quanto às expectativas, disse serem as melhores. "As expectativas são altas, porque vou representar uma mulher que tem muita história, muito respeitada e de bastante garra e a minha a responsabilidade é enorme", frisou.

Com mais de 8 anos nas artes cénicas, Eliana, que foi a única seleccionada num universo de 40 candidatas inscritas na primeira fase, entrou para o entretenimento através de um espectáculo musical da Disney Brasil em Angola. Desde então passou por vários trabalhos em televisão. Participou na novela nacional "Monangambé", em 2019, com a personagem "Zena", com grande destaque nos PALOP.

Em 2020 foi uma das protagonistas na curta-metragem "Preciosa", com a qual ganhou os Prémios de Melhor Actriz em dois festivais de cinema, um nacional (Viana CineFest) e outro de cariz internacional (FescKianda). Actualmente é a protagonista da Telenovela "O Rio”, uma produção da DSTV.

Para a segunda fase, realizada no dia 15, inscreveram-se mais de 30 candidatas, que obedeceram às características físicas reais de Irene Cohen (mestiça) e Engrácia dos Santos (tom de pele escura), com idades compreendidas entre os 19 e 35 anos, e com pelo menos um ano de experiência em teatro ou ficção.

Segundo Sophia Buco, mentora do projecto Buco Produções, as concorrentes seleccionadas conseguiram preencher o perfil das nacionalistas, bem como a capacidade de interpretar e decorar textos extensos. "Felizmente elas mostraram um forte poder de interpretação, boa capacidade de posicionamento em palco, dicção e oratória muito forte".

A peça, que estreou em Janeiro de 2019, na Casa das Artes, em Talatona, em Luanda, foi escolhida, em particular, neste mesmo ano, para participar no Festival de Teatro do Mindelact, em Cabo Verde, pela originalidade da adaptação dramática e o impacto que teve após a estreia, assim como por ser uma representação do papel das mulheres na Luta de Libertação Nacional, numa era de emancipação, e tem tido uma recepção positiva da crítica.

O drama conta a história de nacionalistas angolanas que participaram na Luta de Libertação pela Independência Nacional.

"Esquadrão Kamy” é uma peça sobre o passado e a história da participação das nacionalistas Deolinda Rodrigues de Almeida, Irene Cohen, Lucrécia Paim, Engrácia dos Santos e Teresa Afonso na luta contra o colonialismo e a sua incorporação, como combatentes, no Esquadrão Kamy, uma coluna guerrilheira treinada em 1966 e parte aprisionada pelas forças da UPA/FNLA e barbaramente assassinadas na base do ELNA em Kinkuso, perto de Kinshasa, no então Zaire de Mobutu Sese Seko.

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Redacção

As actrizes Rosa Kanhama e Eliana Silva são os novos rostos que vão integrar a próxima temporada da peça teatral "Esquadrão Kamy", um dos maiores espectáculos dramáticos angolanos, após terem sido seleccionadas durante os castings realizados nos dia 8 e 15 deste mês, no espaço Casa Viana, em Luanda, pelo projecto Buco Produções.

Essa possibilidade é encarada com grande responsabilidade pelas actrizes, emocionadas por terem sido as escolhidas num universo de 90 candidatas inscritas, sendo que devem então representar os papéis de Engrácia dos Santos e Irene Cohen, nacionalistas que consentiram o sacrifício da própria vida em prol da libertação de Angola, papéis que anteriormente eram representados pelas actrizes Rosa Cavela e Carina Sousa, respectivamente.

Em declaração ao Jornal de Angola, Rosa Kanhama explicou que teve tempo suficiente para fazer uma boa preparação individual, desde que tomou conhecimento da existência do casting. Com a experiência de 14 anos adquirida enquanto actriz do grupo "Bando Justiça e Arte", espera poder representar bem a personagem que lhe for indicada. "Ainda estou a digerir tudo isso, pela responsabilidade em representar papéis de grande relevância histórica da vida política do país", enfatizou.

Por sua vez, Eliana Silva considerou positiva a participação no casting, por ser uma das muitas concorrentes. "O casting foi bom, mas a maior dificuldade foi o facto de não ter tido tempo suficiente para estudar o texto. Ainda assim, dediquei-me de  corpo e alma para fazer parte deste maravilhoso elenco de actrizes".

Quanto às expectativas, disse serem as melhores. "As expectativas são altas, porque vou representar uma mulher que tem muita história, muito respeitada e de bastante garra e a minha a responsabilidade é enorme", frisou.

Com mais de 8 anos nas artes cénicas, Eliana, que foi a única seleccionada num universo de 40 candidatas inscritas na primeira fase, entrou para o entretenimento através de um espectáculo musical da Disney Brasil em Angola. Desde então passou por vários trabalhos em televisão. Participou na novela nacional "Monangambé", em 2019, com a personagem "Zena", com grande destaque nos PALOP.

Em 2020 foi uma das protagonistas na curta-metragem "Preciosa", com a qual ganhou os Prémios de Melhor Actriz em dois festivais de cinema, um nacional (Viana CineFest) e outro de cariz internacional (FescKianda). Actualmente é a protagonista da Telenovela "O Rio”, uma produção da DSTV.

Para a segunda fase, realizada no dia 15, inscreveram-se mais de 30 candidatas, que obedeceram às características físicas reais de Irene Cohen (mestiça) e Engrácia dos Santos (tom de pele escura), com idades compreendidas entre os 19 e 35 anos, e com pelo menos um ano de experiência em teatro ou ficção.

Segundo Sophia Buco, mentora do projecto Buco Produções, as concorrentes seleccionadas conseguiram preencher o perfil das nacionalistas, bem como a capacidade de interpretar e decorar textos extensos. "Felizmente elas mostraram um forte poder de interpretação, boa capacidade de posicionamento em palco, dicção e oratória muito forte".

A peça, que estreou em Janeiro de 2019, na Casa das Artes, em Talatona, em Luanda, foi escolhida, em particular, neste mesmo ano, para participar no Festival de Teatro do Mindelact, em Cabo Verde, pela originalidade da adaptação dramática e o impacto que teve após a estreia, assim como por ser uma representação do papel das mulheres na Luta de Libertação Nacional, numa era de emancipação, e tem tido uma recepção positiva da crítica.

O drama conta a história de nacionalistas angolanas que participaram na Luta de Libertação pela Independência Nacional.

"Esquadrão Kamy” é uma peça sobre o passado e a história da participação das nacionalistas Deolinda Rodrigues de Almeida, Irene Cohen, Lucrécia Paim, Engrácia dos Santos e Teresa Afonso na luta contra o colonialismo e a sua incorporação, como combatentes, no Esquadrão Kamy, uma coluna guerrilheira treinada em 1966 e parte aprisionada pelas forças da UPA/FNLA e barbaramente assassinadas na base do ELNA em Kinkuso, perto de Kinshasa, no então Zaire de Mobutu Sese Seko.

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