“O stress pode promover alto desempenho. Mas stress por excesso pode tornar o desempenho pior”: Daniel Goleman
Uma colega trabalhava intensamente, despejando toda sua inteligência no apoio a países a resolverem problemas sérios nas suas organizações. Até o dia em que recebeu uma orientação/ordem médica definitiva e clara: Parar toda e qualquer actividade laboral, descansar, descansar, relaxar e descansar mais um pouco! Teve um esgotamento laboral (Burnout).
Os pesquisadores da Psychology Today* definem o esgotamento como um estado de exaustão emocional, mental e muitas vezes físico, causado por stress prolongado ou repetido. O cinismo, a depressão e a letargia, características do esgotamento, ocorrem quando uma pessoa não consegue controlar o modo de realização de uma actividade, seja no local de trabalho ou a partir de casa, seja o trabalho mais intelectual ou mais físico.
Outras complicações psicológicas como a fadiga, enxaqueca, sintomas ligados a condições cardíacas e gastrointestinais, podendo ainda levar a comportamentos perigosos como o consumo abusivo de álcool, drogas ilícitas ou mesmo de comida, pensamentos suicidas, podem resultar do esgotamento.
Os mesmos pesquisadores sugerem que o estabelecimento de limites, como dizer a colegas, chefes e a si mesmo “Não”, “Não, hoje não”, ou “Desculpe, Não posso”, embora nunca seja fácil, podem ser sinais de reconhecimento de quando se atingiu o limite normal das suas capacidades, e assim esteja a estabelecer prioridades corretamente e comunica as suas necessidades com calma, passando a ser armas poderosas contra o esgotamento.
O trabalho remoto, (que parece) que vai dominar nos próximos tempos o ambiente laboral internacional, pode estar a tornar-se uma fonte de preocupação tanto para patrões como empregados que nunca trabalharam remotamente, ou que estejam a lidar pela primeira vez com o dilema de separação da vida profissional da vida privada enquanto passa muito tempo no mesmo espaço físico.
As pesquisadoras que inspiraram este pequeno artigo, Laura M. Giurge e Vanessa K. Bohns apresentam 3 sugestões de melhor gestão dessas situações:
1. Manter os limites físicos e sociais - a simples acção de preparar-se de manhã e começar a comunicar-se com os colegas constituem formas de saltar o limite caseiro para o laboral, o que é minimamente saudável, sendo importante fazer o inverso ao final do tempo laboral determinado. Sugerem ainda um pequeno passeio a volta de casa antes de se sentar para trabalhar;
2. Manter os limites de tempo o quanto puder - bloquear o tempo de trabalho ao longo do dia é essencial. O horário das 8h00 às 15h:30m constantemente pode não ser funcional, principalmente para quem tenha filhos e outras responsabilidades domésticas. Este horário deve ser respeitado e combinado com o das outras pessoas com quem se vive, evitando-se ao máximo os conflitos de responsabilidades. Aqui os líderes são chamados igualmente a ajudar na estruturação, coordenação e gestão do trabalho, o que pode significar a marcação regular de reuniões virtuais. É fundamental manter um senso de normalidade;
3. Foco no trabalho mais importante - ao sentir-se compelido a projectar a aparência de produtividade, o funcionário dirige todas as suas energias a tudo que for imediato e menos ao que é prioritário. Esta tendência é contraproducente a longo prazo. A estimativa é de que em média um funcionário é produtivo durante três horas, durante as quais o mesmo não deve ser interrompido nem envolver-se em multitasking;
É fundamental separar o tempo de trabalho e o tempo de vida social e descanso. Enquanto se mantém a incerteza sobre o futuro do modus operandi da comunidade laboral, vale preservar a saúde física e mental para se poder estar capaz de enfrentar o que vier, e assim, viver.
O esgotamento não é frescura, não escolhe idades nem status social. Ele escolhe quem lhe ofereça lugar. No entanto, com verdadeira ajuda profissional (psicólogo/psiquiátra), pode ser vencido e tornado parte das lições de vida profissional.
Fontes: Harvard Business Review,
3 Tips to Avoid WFH Burnout;
Laura M. Giurge & Vanessa K. Bohns, 2020
https://hbr.org/2020/04/3-tips-to-avoid-wfh-burnout
* https://www.psychologytoday.com/intl/basics/burnout
“O stress pode promover alto desempenho. Mas stress por excesso pode tornar o desempenho pior”: Daniel Goleman
Uma colega trabalhava intensamente, despejando toda sua inteligência no apoio a países a resolverem problemas sérios nas suas organizações. Até o dia em que recebeu uma orientação/ordem médica definitiva e clara: Parar toda e qualquer actividade laboral, descansar, descansar, relaxar e descansar mais um pouco! Teve um esgotamento laboral (Burnout).
Os pesquisadores da Psychology Today* definem o esgotamento como um estado de exaustão emocional, mental e muitas vezes físico, causado por stress prolongado ou repetido. O cinismo, a depressão e a letargia, características do esgotamento, ocorrem quando uma pessoa não consegue controlar o modo de realização de uma actividade, seja no local de trabalho ou a partir de casa, seja o trabalho mais intelectual ou mais físico.
Outras complicações psicológicas como a fadiga, enxaqueca, sintomas ligados a condições cardíacas e gastrointestinais, podendo ainda levar a comportamentos perigosos como o consumo abusivo de álcool, drogas ilícitas ou mesmo de comida, pensamentos suicidas, podem resultar do esgotamento.
Os mesmos pesquisadores sugerem que o estabelecimento de limites, como dizer a colegas, chefes e a si mesmo “Não”, “Não, hoje não”, ou “Desculpe, Não posso”, embora nunca seja fácil, podem ser sinais de reconhecimento de quando se atingiu o limite normal das suas capacidades, e assim esteja a estabelecer prioridades corretamente e comunica as suas necessidades com calma, passando a ser armas poderosas contra o esgotamento.
O trabalho remoto, (que parece) que vai dominar nos próximos tempos o ambiente laboral internacional, pode estar a tornar-se uma fonte de preocupação tanto para patrões como empregados que nunca trabalharam remotamente, ou que estejam a lidar pela primeira vez com o dilema de separação da vida profissional da vida privada enquanto passa muito tempo no mesmo espaço físico.
As pesquisadoras que inspiraram este pequeno artigo, Laura M. Giurge e Vanessa K. Bohns apresentam 3 sugestões de melhor gestão dessas situações:
1. Manter os limites físicos e sociais - a simples acção de preparar-se de manhã e começar a comunicar-se com os colegas constituem formas de saltar o limite caseiro para o laboral, o que é minimamente saudável, sendo importante fazer o inverso ao final do tempo laboral determinado. Sugerem ainda um pequeno passeio a volta de casa antes de se sentar para trabalhar;
2. Manter os limites de tempo o quanto puder - bloquear o tempo de trabalho ao longo do dia é essencial. O horário das 8h00 às 15h:30m constantemente pode não ser funcional, principalmente para quem tenha filhos e outras responsabilidades domésticas. Este horário deve ser respeitado e combinado com o das outras pessoas com quem se vive, evitando-se ao máximo os conflitos de responsabilidades. Aqui os líderes são chamados igualmente a ajudar na estruturação, coordenação e gestão do trabalho, o que pode significar a marcação regular de reuniões virtuais. É fundamental manter um senso de normalidade;
3. Foco no trabalho mais importante - ao sentir-se compelido a projectar a aparência de produtividade, o funcionário dirige todas as suas energias a tudo que for imediato e menos ao que é prioritário. Esta tendência é contraproducente a longo prazo. A estimativa é de que em média um funcionário é produtivo durante três horas, durante as quais o mesmo não deve ser interrompido nem envolver-se em multitasking;
É fundamental separar o tempo de trabalho e o tempo de vida social e descanso. Enquanto se mantém a incerteza sobre o futuro do modus operandi da comunidade laboral, vale preservar a saúde física e mental para se poder estar capaz de enfrentar o que vier, e assim, viver.
O esgotamento não é frescura, não escolhe idades nem status social. Ele escolhe quem lhe ofereça lugar. No entanto, com verdadeira ajuda profissional (psicólogo/psiquiátra), pode ser vencido e tornado parte das lições de vida profissional.
Fontes: Harvard Business Review,
3 Tips to Avoid WFH Burnout;
Laura M. Giurge & Vanessa K. Bohns, 2020
https://hbr.org/2020/04/3-tips-to-avoid-wfh-burnout
* https://www.psychologytoday.com/intl/basics/burnout