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Digitalização em 2021. Lições de um passado recente (I)

Digitalização em 2021. Lições de um passado recente (I)
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O famoso ano atípico de 2020 trouxe-nos desafios mas acima de tudo lições, nos mais variados aspectos e domínio das nossas vidas. Ao nível profissional, um dos mais desafios para as empresas e os colaboradores foi a digitalização. Mas, até que ponto estamos preparados para esse desafio? Se olharmos para 2020 como uma novela, diríamos que, ao nível da transformação digital, teve vários capítulos, sendo uns mais engraçados e outros mais dramáticos,  mas todos eles interessantes, na medida em que nos deram alguma lição. Transferindo essa metáfora para as empresas do sector financeiro e tecnológico, notámos que algumas, senão todas, foram forçadas a revisitar estratégias e conceitos colocados em baús, ou jogados ao fundo do mar. E confirmou-se que ainda temos vários desafios e uma corrida interessante pela frente. Queremos alcançar grandes marcos, como interacções de sistemas, pagamentos móveis, distribuição de internet nas zonas mais remotas, automatização de processos, com robôs a realizar actividades humanas. Entretanto, o “Novo Normal”, derivado não só da pandemia mas também dos desafios financeiros mundiais, mostrou claramente que é possível fazer mais e melhor, e pôr a máquina a funcionar sem necessariamente termos pessoas a trabalhar presencialmente. E levou-nos a questionar se, em várias áreas e empresas, ainda faz sentido termos mais de 1000 funcionários, sem investimento em tecnologia de ponta, obrigando os colaboradores a executarem simples tarefas durante horas a fio.

2020 nos mostrou que, afinal, muitos  projectos de digitalização andavam desfocados da realidade e contexto dos países, daí que deverão ser adormecidos.

Alguns dos episódios de 2020 trouxeram à tona que, mais uma vez, os gestores de recursos humanos devem revisitar os “job discriptions” dos seus funcionários, pois muitos deles estão a fazer serviços mínimos, quando deveriam actuar nas suas áreas de especialidade, de forma a acrescentar valor às instituições. Os colaboradores não contribuem para a empresas na mesma proporção,  ainda que com base no mesmo horário e na mesma posição hierárquica. Assim sendo, é responsabilidade dos gestores de RH gerir melhor esses recursos, de acordo com horários em que apresentam maior produtividade.

Já em 2021, e com base nas lições aprendidas no ano passado, acredito que venhamos a ter uma postura de trabalho mais orientada ao “Novo Normal”. Também é verdade que 2020 nos mostrou que, afinal, muitos  projectos de digitalização andavam desfocados da realidade e contexto dos países, daí que deverão ser adormecidos. Apercebemos-nos que a solução para certos problemas nunca esteve em digitalizar, mas sim – e simplesmente - conhecer/dominar o processo.

Para o caso de Angola, há um longo caminho e muito trabalho pela frente. Precisamos de começar a resolver as dificuldades mais básicas a nível da digitalização ( e não só), o que quer dizer que é necessário solidificar os pilares que sustentarão o enorme e complexto edifício ainda por se construir.

O “Novo Normal”, derivado não só da pandemia mas também dos desafios financeiros mundiais, mostrou claramente que é possível fazer mais e melhor, e pôr a máquina a funcionar sem necessariamente termos pessoas a trabalhar presencialmente.

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Joel Neto

Especialista de Sistemas e Tecnologias de Informação

Engenheiro informático, apaixonado por programação e com vasta experiência de gestão de sistemas no sector financeiro.

O famoso ano atípico de 2020 trouxe-nos desafios mas acima de tudo lições, nos mais variados aspectos e domínio das nossas vidas. Ao nível profissional, um dos mais desafios para as empresas e os colaboradores foi a digitalização. Mas, até que ponto estamos preparados para esse desafio? Se olharmos para 2020 como uma novela, diríamos que, ao nível da transformação digital, teve vários capítulos, sendo uns mais engraçados e outros mais dramáticos,  mas todos eles interessantes, na medida em que nos deram alguma lição. Transferindo essa metáfora para as empresas do sector financeiro e tecnológico, notámos que algumas, senão todas, foram forçadas a revisitar estratégias e conceitos colocados em baús, ou jogados ao fundo do mar. E confirmou-se que ainda temos vários desafios e uma corrida interessante pela frente. Queremos alcançar grandes marcos, como interacções de sistemas, pagamentos móveis, distribuição de internet nas zonas mais remotas, automatização de processos, com robôs a realizar actividades humanas. Entretanto, o “Novo Normal”, derivado não só da pandemia mas também dos desafios financeiros mundiais, mostrou claramente que é possível fazer mais e melhor, e pôr a máquina a funcionar sem necessariamente termos pessoas a trabalhar presencialmente. E levou-nos a questionar se, em várias áreas e empresas, ainda faz sentido termos mais de 1000 funcionários, sem investimento em tecnologia de ponta, obrigando os colaboradores a executarem simples tarefas durante horas a fio.

2020 nos mostrou que, afinal, muitos  projectos de digitalização andavam desfocados da realidade e contexto dos países, daí que deverão ser adormecidos.

Alguns dos episódios de 2020 trouxeram à tona que, mais uma vez, os gestores de recursos humanos devem revisitar os “job discriptions” dos seus funcionários, pois muitos deles estão a fazer serviços mínimos, quando deveriam actuar nas suas áreas de especialidade, de forma a acrescentar valor às instituições. Os colaboradores não contribuem para a empresas na mesma proporção,  ainda que com base no mesmo horário e na mesma posição hierárquica. Assim sendo, é responsabilidade dos gestores de RH gerir melhor esses recursos, de acordo com horários em que apresentam maior produtividade.

Já em 2021, e com base nas lições aprendidas no ano passado, acredito que venhamos a ter uma postura de trabalho mais orientada ao “Novo Normal”. Também é verdade que 2020 nos mostrou que, afinal, muitos  projectos de digitalização andavam desfocados da realidade e contexto dos países, daí que deverão ser adormecidos. Apercebemos-nos que a solução para certos problemas nunca esteve em digitalizar, mas sim – e simplesmente - conhecer/dominar o processo.

Para o caso de Angola, há um longo caminho e muito trabalho pela frente. Precisamos de começar a resolver as dificuldades mais básicas a nível da digitalização ( e não só), o que quer dizer que é necessário solidificar os pilares que sustentarão o enorme e complexto edifício ainda por se construir.

O “Novo Normal”, derivado não só da pandemia mas também dos desafios financeiros mundiais, mostrou claramente que é possível fazer mais e melhor, e pôr a máquina a funcionar sem necessariamente termos pessoas a trabalhar presencialmente.

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