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Diamantino Azevedo afirma que “o Executivo continua a trabalhar para a consolidação de um ambiente de negócio competitivo”

Diamantino Azevedo afirma que “o Executivo continua a trabalhar para a consolidação de um ambiente de negócio competitivo”
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Andrade Lino

O ministro angolano dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamntino Pedro Azevedo, reforçou recentemente em Luanda que o Executivo angolano, sob do Presidente da República, João Lourenço, “continua empenhado na implementação de medidas  que visam melhorar a governança e a consolidação de um ambiente de negócio competitivo e transparente, para a atracção de investimentos e a diversificação da economia, proporcionado assim o máximo de benefícios para o povo angolano e ao mesmo tempo garantir o retorno justo para os investidores”.

O governante, que discursava na abertura da quarta Conferência Angola Oil & Gas, decorrida no Centro de Convenções de Talatona, nos dias 13 e 14 deste mês, disse estar reiterado o nosso compromisso no sentido de continuar a cooperar com os parceiros da indústria e das organizações internacionais e regionais, designadamente, a OPEP, a APPO e o GECF, para a sustentabilidade da indústria do  petróleo e gás.

Como defendeu ainda o ministro, actualmente, a segurança energética constitui o principal tema da agenda de vários países, mas deverá ser alcançada por via de uma transição energética justa. Entretanto, para uma transição energética justa, será necessária a utilização de todas as fontes de energia existentes, dando a possibilidade aos países produtores de petróleo e gás de continuarem a desenvolver os seus recursos, para promoverem o seu crescimento e desenvolvimento económico.

“África possui abundantes reservas provadas estimadas em cerca de 120 mil milhões de barris de petróleo bruto e centenas de trilhões de pés cúbicos de gás natural. Por outro lado, este continente tem fontes de energia renováveis consideráveis, nomeadamente hidroeléctrica, eólica, solar e biomassa. Com estes recursos, o continente africano poderá contribuir para a redução da pobreza energética extrema que actualmente se observa, tendo em conta que cerca de 600 milhões de pessoas em África vivem sem acesso a qualquer fonte de energia moderna. Entretanto, para que a segurança energética seja um facto, o continente deverá ter a capacidade de mobilizar os investimentos necessários para exploração das  suas diversas fontes de energia e desenvolvimento de infra-estruturas”, argumentou o responsável, para quem, no caso particular de Angola, a segurança energética e a descarbonização estão a ser tratadas no quadro da diversificação da matriz energética.

Para o efeito, disse, o Executivo angolano, para além da intensificação do investimento em projectos hidroeléctricos, tem desenvolvido vários projectos fotovoltaicos e promovido a reconversão de unidades de produção de energia térmica a diesel para gás.

O sector petrolífero, por via da Sonangol e seus parceiros, numa  acção complementar aos esforços do Governo, continuou, tem também realizado um conjunto de acções para a implementação de projectos de energias renováveis, constituindo exemplos os projectos fotovoltáicos de Caraculo, no Namibe, já inaugurado, e Quilemba, na Huila, em fase de execução.

“A Sonangol está igualmente envolvida em estudos para o desenvolvimento de um projecto de hidrogénio verde e está a construir o seu Centro de Pesquisa e Desenvolvimento no Sumbe, província do Cuanza Sul, para a realização de pesquisas ligadas aos hidrocarbonetos, energias renováveis e minerais críticos para a transição energética”, informou, acrescentando que o Executivo continua a trabalhar arduamente para a melhoria dos instrumentos legais, fiscais e contratuais, para a criação de condições cada vez mais competitivas e transparentes para o investimento em projectos no up, mid e downstream.

“O nosso maior desafio no upstream é a mitigação do declínio acentuado da produção de petróleo e o foco das acções governativas do momento visa manter a produção de petróleo acima de 1 milhão de barris por dia nos próximos anos. Entre as acções em curso, gostaríamos de mencionar a exploração em áreas de desenvolvimento, o redesenvolvimento de campos maduros, a extensão dos períodos das concessões e a aplicação de novos termos fiscais e contratuais em campos marginais”, citou Diamantino Azevedo, tendo garantido por outro lado que, para a sustentabilidade da produção a mais longo termo, “o Executivo delineou várias estratégias para o sector com um grande potencial para a captação de investimento privado nacional e estrangeiro”.

Ainda no upstream, para a sustentabilidade do sector, estão a ser desenvolvidas acções para a exploração e produção do gás natural, um recurso importante para a transição energética, com ganhos económicos, sociais e ambientais para o país, fez saber o interlocutor, citando como exemplo a constituição do Novo Consórcio de Gás (NCG) que irá numa primeira fase desenvolver os campos de gás não associado Quiluma e Maboqueiro, para fornecer gás à fábrica Angola LNG e à fábrica de produção de amónia e ureia no Soyo.

Posteriormente, frisou, o NCG dedicar-se-á à exploração, desenvolvimento e produção de outros campos de gás natural não associado, e continuou que o Plano Director do Gás Natural, em fase de consulta com os parceiros do sector, constituirá a estratégia para o desenvolvimento deste recurso, “que irá contribuir para a diversificação da nossa economia, com a criação de indústrias petroquímicas, siderúrgicas, etc., constituindo oportunidades de investimento, principalmente para o sector privado”.

Quanto ao mid e downstream, “importa referir que o país oferece oportunidades de investimentos nas áreas de refinação, armazenagem, transporte, distribuição e comercialização de produtos derivados do petróleo, mas também na construção de Postos de Abastecimento, para melhoria do sistema de distribuição”, sublinhou.

Dentre outras iniciativas, mais propriamente no contexto da descarbonização do sector petrolífero, a fonte partilhou que se pretende promover a utilização de tecnologias e métodos de extracção que permitam reduzir a intensidade de emissões no processo de produção de petróleo e gás no país, pelo que apela as empresas operadoras e de prestação de serviços do sector a “colaborarem com a ANPG, trazendo para o mercado  angolano as mais recentes inovações tecnológicas”.

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

O ministro angolano dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamntino Pedro Azevedo, reforçou recentemente em Luanda que o Executivo angolano, sob do Presidente da República, João Lourenço, “continua empenhado na implementação de medidas  que visam melhorar a governança e a consolidação de um ambiente de negócio competitivo e transparente, para a atracção de investimentos e a diversificação da economia, proporcionado assim o máximo de benefícios para o povo angolano e ao mesmo tempo garantir o retorno justo para os investidores”.

O governante, que discursava na abertura da quarta Conferência Angola Oil & Gas, decorrida no Centro de Convenções de Talatona, nos dias 13 e 14 deste mês, disse estar reiterado o nosso compromisso no sentido de continuar a cooperar com os parceiros da indústria e das organizações internacionais e regionais, designadamente, a OPEP, a APPO e o GECF, para a sustentabilidade da indústria do  petróleo e gás.

Como defendeu ainda o ministro, actualmente, a segurança energética constitui o principal tema da agenda de vários países, mas deverá ser alcançada por via de uma transição energética justa. Entretanto, para uma transição energética justa, será necessária a utilização de todas as fontes de energia existentes, dando a possibilidade aos países produtores de petróleo e gás de continuarem a desenvolver os seus recursos, para promoverem o seu crescimento e desenvolvimento económico.

“África possui abundantes reservas provadas estimadas em cerca de 120 mil milhões de barris de petróleo bruto e centenas de trilhões de pés cúbicos de gás natural. Por outro lado, este continente tem fontes de energia renováveis consideráveis, nomeadamente hidroeléctrica, eólica, solar e biomassa. Com estes recursos, o continente africano poderá contribuir para a redução da pobreza energética extrema que actualmente se observa, tendo em conta que cerca de 600 milhões de pessoas em África vivem sem acesso a qualquer fonte de energia moderna. Entretanto, para que a segurança energética seja um facto, o continente deverá ter a capacidade de mobilizar os investimentos necessários para exploração das  suas diversas fontes de energia e desenvolvimento de infra-estruturas”, argumentou o responsável, para quem, no caso particular de Angola, a segurança energética e a descarbonização estão a ser tratadas no quadro da diversificação da matriz energética.

Para o efeito, disse, o Executivo angolano, para além da intensificação do investimento em projectos hidroeléctricos, tem desenvolvido vários projectos fotovoltaicos e promovido a reconversão de unidades de produção de energia térmica a diesel para gás.

O sector petrolífero, por via da Sonangol e seus parceiros, numa  acção complementar aos esforços do Governo, continuou, tem também realizado um conjunto de acções para a implementação de projectos de energias renováveis, constituindo exemplos os projectos fotovoltáicos de Caraculo, no Namibe, já inaugurado, e Quilemba, na Huila, em fase de execução.

“A Sonangol está igualmente envolvida em estudos para o desenvolvimento de um projecto de hidrogénio verde e está a construir o seu Centro de Pesquisa e Desenvolvimento no Sumbe, província do Cuanza Sul, para a realização de pesquisas ligadas aos hidrocarbonetos, energias renováveis e minerais críticos para a transição energética”, informou, acrescentando que o Executivo continua a trabalhar arduamente para a melhoria dos instrumentos legais, fiscais e contratuais, para a criação de condições cada vez mais competitivas e transparentes para o investimento em projectos no up, mid e downstream.

“O nosso maior desafio no upstream é a mitigação do declínio acentuado da produção de petróleo e o foco das acções governativas do momento visa manter a produção de petróleo acima de 1 milhão de barris por dia nos próximos anos. Entre as acções em curso, gostaríamos de mencionar a exploração em áreas de desenvolvimento, o redesenvolvimento de campos maduros, a extensão dos períodos das concessões e a aplicação de novos termos fiscais e contratuais em campos marginais”, citou Diamantino Azevedo, tendo garantido por outro lado que, para a sustentabilidade da produção a mais longo termo, “o Executivo delineou várias estratégias para o sector com um grande potencial para a captação de investimento privado nacional e estrangeiro”.

Ainda no upstream, para a sustentabilidade do sector, estão a ser desenvolvidas acções para a exploração e produção do gás natural, um recurso importante para a transição energética, com ganhos económicos, sociais e ambientais para o país, fez saber o interlocutor, citando como exemplo a constituição do Novo Consórcio de Gás (NCG) que irá numa primeira fase desenvolver os campos de gás não associado Quiluma e Maboqueiro, para fornecer gás à fábrica Angola LNG e à fábrica de produção de amónia e ureia no Soyo.

Posteriormente, frisou, o NCG dedicar-se-á à exploração, desenvolvimento e produção de outros campos de gás natural não associado, e continuou que o Plano Director do Gás Natural, em fase de consulta com os parceiros do sector, constituirá a estratégia para o desenvolvimento deste recurso, “que irá contribuir para a diversificação da nossa economia, com a criação de indústrias petroquímicas, siderúrgicas, etc., constituindo oportunidades de investimento, principalmente para o sector privado”.

Quanto ao mid e downstream, “importa referir que o país oferece oportunidades de investimentos nas áreas de refinação, armazenagem, transporte, distribuição e comercialização de produtos derivados do petróleo, mas também na construção de Postos de Abastecimento, para melhoria do sistema de distribuição”, sublinhou.

Dentre outras iniciativas, mais propriamente no contexto da descarbonização do sector petrolífero, a fonte partilhou que se pretende promover a utilização de tecnologias e métodos de extracção que permitam reduzir a intensidade de emissões no processo de produção de petróleo e gás no país, pelo que apela as empresas operadoras e de prestação de serviços do sector a “colaborarem com a ANPG, trazendo para o mercado  angolano as mais recentes inovações tecnológicas”.

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