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Depois da proibição de circulação, moto-taxistas falam em manifestação

Depois da proibição de circulação, moto-taxistas falam em manifestação
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Os moto-taxistas dizem-se preocupados com o ganha-pão e falam em manifestação para exigir que a medida de restrição da circulação nas grandes vias da capital seja retirada.

O presidente da AMOTRANG, Bento Rafael, que falava na ocasião de uma entrevista à imprensa, disse que não foram ouvidos pelo Governo Provincial de Luanda sobre essa medida que “contém erros graves”, lamentou a situação e alertou que possivelmente irá acontecer uma manifestação por parte dos moto-taxistas.

“Lamentavelmente, já há muitas correntes que falam em manifestação para os próximos dias e nós, nesta altura, apelamos à calma para evitar que haja alvoroço dos moto-taxistas”, contou o presidente da associação destes profissionais.

Conforme a organização, não são só os motoqueiros que estão incomodados com a postura do GPL, também muitos cidadãos que beneficiam deste serviço estão preocupados.

Bento Rafael reconheceu que há avenidas, na postura do GPL, cujas medidas foram bem aplicadas em função dos números de acidentes registados. Mas, ainda assim, prosseguiu que o colectivo gostaria de ter sido chamado para dar contribuições, afirmando haver erros nestas medidas.

“A Funda é uma comuna agrícola que serve vários mercados com produtos hortícolas, na província de Luanda, e quem fornece esses produtos são as motorizadas de três rodas. Onde é que estes motoqueiros vão cruzar, por exemplo, para levarem as mercadorias aos mercados do Kicolo?”, questionou o líder da AMOTRANG, que explica ainda que esta é uma situação que poderia ter sido evitada se fossem ouvidos pelo GPL.

“Onde é que estão contempladas as vias alternativas? Acho que devíamos pensar melhor”, assegurou, acrescentando que “o modo de vida das comunidades vai determinar se realmente está tudo bem para se cumprir ou não”, disse.

Um líder de um “staff” de moto-taxistas da cidade de Luanda, que solicitou anonimato, contou que estas organizações de profissionais vão reunir na próxima sexta-feira, dia 08, em Cacuaco, para marcar posição, facto confirmado ao Novo Jornal pelo presidente da AMOTRANG, Bento Rafael.

Entretanto, o GPL explicou durante a conferência de imprensa, nesta terça-feira, que visou esclarecer melhor essa postura, que a medida não abrange aqueles motoqueiros que não estiverem a exercer a actividade.

Por outro, segundo ainda o Governo Provincial de Luanda, nos próximos dias, as administrações municipais irão entregar colectes para uso obrigatório dos moto-taxistas, o que determinará para as autoridades estes estarem em serviço ou não.

Conforme as autoridades, a medida visa estancar os inúmeros problemas de trânsito, como o congestionamento nas principais vias da cidade de Luanda, extensivo também aos veículos pesados, com a excepção feita aos de passageiros, assim como o seu estacionamento nas principais ruas e avenidas.

Por sua vez, a Polícia Nacional assegura que irá interpelar todos, numa primeira fase, mas que saberá distinguir quem são os moto-taxistas em exercício e aqueles que não são.

De recordar que, entre as avenidas de circulação proibidas estão a Avenida Fidel de Castro, Via Expressa, em toda a sua extensão, Dr. António Agostinho Neto, 5.ª Avenida, 4 de Fevereiro, 21 de Janeiro, Revolução de Outubro, Deolinda Rodrigues, Hoji Ya Henda, Sérgio Luther Rescova e Pedro de Castro Vann-Dunnem Loy.

Em Cacuaco, estão proibidos a circular os “kupapatas” em toda a extensão da Estrada Nacional n.º 100. No Talatona, o GPL proibiu a circulação dos mesmos no interior da Centralidade do Kilamba e KK 5000.

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Ylson Menezes

Repórter

Ylson Menezes é poeta. Amante de leitura e de escrita, é também aspirante a jornalista.

Os moto-taxistas dizem-se preocupados com o ganha-pão e falam em manifestação para exigir que a medida de restrição da circulação nas grandes vias da capital seja retirada.

O presidente da AMOTRANG, Bento Rafael, que falava na ocasião de uma entrevista à imprensa, disse que não foram ouvidos pelo Governo Provincial de Luanda sobre essa medida que “contém erros graves”, lamentou a situação e alertou que possivelmente irá acontecer uma manifestação por parte dos moto-taxistas.

“Lamentavelmente, já há muitas correntes que falam em manifestação para os próximos dias e nós, nesta altura, apelamos à calma para evitar que haja alvoroço dos moto-taxistas”, contou o presidente da associação destes profissionais.

Conforme a organização, não são só os motoqueiros que estão incomodados com a postura do GPL, também muitos cidadãos que beneficiam deste serviço estão preocupados.

Bento Rafael reconheceu que há avenidas, na postura do GPL, cujas medidas foram bem aplicadas em função dos números de acidentes registados. Mas, ainda assim, prosseguiu que o colectivo gostaria de ter sido chamado para dar contribuições, afirmando haver erros nestas medidas.

“A Funda é uma comuna agrícola que serve vários mercados com produtos hortícolas, na província de Luanda, e quem fornece esses produtos são as motorizadas de três rodas. Onde é que estes motoqueiros vão cruzar, por exemplo, para levarem as mercadorias aos mercados do Kicolo?”, questionou o líder da AMOTRANG, que explica ainda que esta é uma situação que poderia ter sido evitada se fossem ouvidos pelo GPL.

“Onde é que estão contempladas as vias alternativas? Acho que devíamos pensar melhor”, assegurou, acrescentando que “o modo de vida das comunidades vai determinar se realmente está tudo bem para se cumprir ou não”, disse.

Um líder de um “staff” de moto-taxistas da cidade de Luanda, que solicitou anonimato, contou que estas organizações de profissionais vão reunir na próxima sexta-feira, dia 08, em Cacuaco, para marcar posição, facto confirmado ao Novo Jornal pelo presidente da AMOTRANG, Bento Rafael.

Entretanto, o GPL explicou durante a conferência de imprensa, nesta terça-feira, que visou esclarecer melhor essa postura, que a medida não abrange aqueles motoqueiros que não estiverem a exercer a actividade.

Por outro, segundo ainda o Governo Provincial de Luanda, nos próximos dias, as administrações municipais irão entregar colectes para uso obrigatório dos moto-taxistas, o que determinará para as autoridades estes estarem em serviço ou não.

Conforme as autoridades, a medida visa estancar os inúmeros problemas de trânsito, como o congestionamento nas principais vias da cidade de Luanda, extensivo também aos veículos pesados, com a excepção feita aos de passageiros, assim como o seu estacionamento nas principais ruas e avenidas.

Por sua vez, a Polícia Nacional assegura que irá interpelar todos, numa primeira fase, mas que saberá distinguir quem são os moto-taxistas em exercício e aqueles que não são.

De recordar que, entre as avenidas de circulação proibidas estão a Avenida Fidel de Castro, Via Expressa, em toda a sua extensão, Dr. António Agostinho Neto, 5.ª Avenida, 4 de Fevereiro, 21 de Janeiro, Revolução de Outubro, Deolinda Rodrigues, Hoji Ya Henda, Sérgio Luther Rescova e Pedro de Castro Vann-Dunnem Loy.

Em Cacuaco, estão proibidos a circular os “kupapatas” em toda a extensão da Estrada Nacional n.º 100. No Talatona, o GPL proibiu a circulação dos mesmos no interior da Centralidade do Kilamba e KK 5000.

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