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"Democracia ao estilo ocidental não funciona em África", afirmou Mamady Doumbouya

"Democracia ao estilo ocidental não funciona em África", afirmou Mamady Doumbouya
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O coronel e actual Presidente da Guiné-Conacri, Mamady Doumbouya, declarou ontem que a democracia ao estilo ocidental não funciona em África, quando discursava, em Nova York, na 78.ª Assembleia Geral das Nações Unidas.

"Todos sabemos que este modelo de democracia que vocês tão insidiosamente e habilmente nos impuseram depois da cimeira de La Baule em França, quase de uma forma religiosa, não funciona", declarou, sob aplausos, o chefe da Junta Guineense, que se envolveu numa ardente defesa da intervenção militar na política, após uma sucessão de golpes de Estado em África.

Para Doumbouya, como noticiou o site Africa News, os Estados africanos devem ser livres para manter a sua neutralidade e romper com a velha ordem mundial, defendendo o não-alinhamento, especificamente, em nome das nações africanas.

"Não somos nem pró nem anti-americanos, nem pró nem anti-chineses, nem pró nem anti-franceses, nem pró nem anti-russos, nem pró nem anti-turcos. Somos simplesmente pró-africanos", defendeu o coronel guineense, que, por outro lado, foi chamado de assassino pelos opositores do seu regime militar, frente à sede da ONU.

De recordar que o golpe de Estado liderado por Mamady Doumbouya derrubou o presidente civil Alpha Condé em 5 de Setembro de 2021. A Guiné viveu então meses de protestos contra a modificação da Constituição pelo Presidente Condé e a sua reeleição para um terceiro mandato.

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Ylson Menezes

Repórter

Ylson Menezes é poeta. Amante de leitura e de escrita, é também aspirante a jornalista.

O coronel e actual Presidente da Guiné-Conacri, Mamady Doumbouya, declarou ontem que a democracia ao estilo ocidental não funciona em África, quando discursava, em Nova York, na 78.ª Assembleia Geral das Nações Unidas.

"Todos sabemos que este modelo de democracia que vocês tão insidiosamente e habilmente nos impuseram depois da cimeira de La Baule em França, quase de uma forma religiosa, não funciona", declarou, sob aplausos, o chefe da Junta Guineense, que se envolveu numa ardente defesa da intervenção militar na política, após uma sucessão de golpes de Estado em África.

Para Doumbouya, como noticiou o site Africa News, os Estados africanos devem ser livres para manter a sua neutralidade e romper com a velha ordem mundial, defendendo o não-alinhamento, especificamente, em nome das nações africanas.

"Não somos nem pró nem anti-americanos, nem pró nem anti-chineses, nem pró nem anti-franceses, nem pró nem anti-russos, nem pró nem anti-turcos. Somos simplesmente pró-africanos", defendeu o coronel guineense, que, por outro lado, foi chamado de assassino pelos opositores do seu regime militar, frente à sede da ONU.

De recordar que o golpe de Estado liderado por Mamady Doumbouya derrubou o presidente civil Alpha Condé em 5 de Setembro de 2021. A Guiné viveu então meses de protestos contra a modificação da Constituição pelo Presidente Condé e a sua reeleição para um terceiro mandato.

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