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Covid-19: “O sentimento na classe médica é de frustração”, afirma sindicalista

Covid-19: “O sentimento na classe médica é de frustração”, afirma sindicalista
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O presidente do Sindicato de Médicos de Angola afirmou ontem em Luanda que o sentimento entre a classe “é de frustração”, sendo que, embora, de forma geral, a classe médica angolana esteja preparada para a situação do Covid-19, com o registo dos casos confirmados no país, “o grande problema são as medidas de biossegurança de que o país não dispõe”.

“Temos alguma dificuldade, com relação à questão dos equipamentos de protecção individual, a biossegurança de uma forma geral. O país tem carência de quase tudo, tem carência de luvas, de máscaras, de óculos”, disse o sindicalista, citado pela agência Lusa, tendo frisado que a carência dos equipamentos de biossegurança aumenta a probabilidade de os hospitais serem uma fonte de contágio, e Angola está nesta situação actualmente.

De acordo com o responsável, “encorajar um médico para trabalhar nestas condições fica muito difícil”. “Não temos quase nada, nós temos hospitais que nem água potável têm, temos médicos que estão a trabalhar sem luvas, sem máscaras, e quando isso acontece é coisa para dizer que a situação não está boa”, disse, continuando que é preciso uma aposta forte na sensibilização da população, “para que as pessoas cumpram escrupulosamente aquilo que são as orientações do Ministério da Saúde e, acima de tudo”, com o estado de emergência que começou.

A par da questão da biossegurança, Adriano Manuel manifestou preocupação com os hospitais de uma forma geral, que “não estão preparados”. “Os hospitais angolanos não estão preparados, exceptuando aquele hospital de campanha onde colocaram alguns meios”, frisou.

A título de exemplo, disse, em Angola, não há cuidados intensivos com mais de 20 ventiladores mecânicos. “O país, de uma forma geral, não deve ter mais de 50 ventiladores mecânicos, e nas províncias em que os hospitais têm ventiladores mecânicos, o pessoal não sabe trabalhar com eles, porque não foram preparados para isso”, lamentou, relevando então que os médicos estão preocupados, porque como são eles os elementos da linha da frente, tanto médicos como enfermeiros, a probabilidade de haver contágio é muito grande.

“Ninguém quer morrer. Essa é a grande preocupação da classe médica e dos enfermeiros em geral”, sublinhou.

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Redacção

O presidente do Sindicato de Médicos de Angola afirmou ontem em Luanda que o sentimento entre a classe “é de frustração”, sendo que, embora, de forma geral, a classe médica angolana esteja preparada para a situação do Covid-19, com o registo dos casos confirmados no país, “o grande problema são as medidas de biossegurança de que o país não dispõe”.

“Temos alguma dificuldade, com relação à questão dos equipamentos de protecção individual, a biossegurança de uma forma geral. O país tem carência de quase tudo, tem carência de luvas, de máscaras, de óculos”, disse o sindicalista, citado pela agência Lusa, tendo frisado que a carência dos equipamentos de biossegurança aumenta a probabilidade de os hospitais serem uma fonte de contágio, e Angola está nesta situação actualmente.

De acordo com o responsável, “encorajar um médico para trabalhar nestas condições fica muito difícil”. “Não temos quase nada, nós temos hospitais que nem água potável têm, temos médicos que estão a trabalhar sem luvas, sem máscaras, e quando isso acontece é coisa para dizer que a situação não está boa”, disse, continuando que é preciso uma aposta forte na sensibilização da população, “para que as pessoas cumpram escrupulosamente aquilo que são as orientações do Ministério da Saúde e, acima de tudo”, com o estado de emergência que começou.

A par da questão da biossegurança, Adriano Manuel manifestou preocupação com os hospitais de uma forma geral, que “não estão preparados”. “Os hospitais angolanos não estão preparados, exceptuando aquele hospital de campanha onde colocaram alguns meios”, frisou.

A título de exemplo, disse, em Angola, não há cuidados intensivos com mais de 20 ventiladores mecânicos. “O país, de uma forma geral, não deve ter mais de 50 ventiladores mecânicos, e nas províncias em que os hospitais têm ventiladores mecânicos, o pessoal não sabe trabalhar com eles, porque não foram preparados para isso”, lamentou, relevando então que os médicos estão preocupados, porque como são eles os elementos da linha da frente, tanto médicos como enfermeiros, a probabilidade de haver contágio é muito grande.

“Ninguém quer morrer. Essa é a grande preocupação da classe médica e dos enfermeiros em geral”, sublinhou.

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