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Conheça os resultados finais da segunda edição do Unitel Apps Angola

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Andrade Lino

Já são conhecidos os vencedores da segunda edição do Concurso Unitel Apps Angola, decorrido esta quinta-feira última, no Centro de Convenções Talatona (CCTA),  um comprometimento daquela operadora angolana em apoiar o empreendedorismo nacional e promover o que de melhor se faz no país, no sector da tecnologia, inovação e desenvolvimento.

Para a categoria de Jogos, Vilma Kajame e Edvaldo Martins, estudante do terceiro ano do curso de Ciências da Computação da Universidade Agostinho Neto, levam o troféu com apresentação do jogo “Stop”, criado, segundo os autores, com base na brincadeira de infância em que se pegava um papel, escolhiam-se várias categorias e uma letra que inicia o nome de cada uma delas.

"Decidimos transformar o ‘Stop’ num aplicativo para não deixar a brincadeira morrer"

“É uma sensação muito boa, saber que o nosso aplicativo teve a capacidade de superar os outros, e podemos esperar muito mais do ‘Stop’, porque vamos fazer diferente dos outros aplicativos, estaremos sempre a actualizar e ter novos dados para que a aplicação não morra”, declarou Edvaldo Martins, que disse ainda, em entrevista ao Acelera Angola, que a ideia foi relembrar a brincadeira de infância, já que hoje em dia as pessoas andam mais com smartphones do que papéis.

“Decidimos transformar o ‘Stop’ num aplicativo para não deixar a brincadeira morrer, porque estava a ser posta de lado, mas com uma versão para smarthphones, assim, qualquer pessoa pode jogar e relembrar. E uma vez feito isso, entendemos que hoje a tecnologia já consegue salvar uma brincadeira de infância, porque até as crianças já nem brincam mais com papéis”.

Com os resultados, disse o vencedor, daqui a nada o jogo estará disponível. E entretanto, além da diversão, há o conhecimento, pois aprende-se. Por exemplo, se eu não conhecer um país que comece com a letra f, a aplicação me vai ensinar. É sempre bom recordar a infância, e quando é uma infância boa, melhor ainda”, considerou.

"A ideia foi mostrar aquilo que eu posso fazer, o que eu consigo e valho realmente", disse Osvaldo Dulo, à direita

Já Osvaldo Dulo, que se apresentou na categoria de Temas Livres, venceu com o aplicativo “One Click”, que permite ao consumidor usufruir do serviço disponível na grelha de menu da Unitel, de forma rápida, fácil e simples, tudo à base de um clique. 

“O objectivo principal deste aplicativo é fazer com que as pessoas não tenham que memorizar nada, nenhum código, bem como permite também reduzir o tempo. Imaginemos, normalmente, o telefone já encontra o sistema para o usuário efectuar o carregamento, mas tem que digitar primeiro o asterisco, 100, asterisco, depois o código de recarga e no final a tecla cardinal para depois pôr a chamar. Então, ao contrário disso, com o aplicativo ‘One Click’, você só tem que colocar o código da recarga”, explicou.

“A ideia foi mostrar aquilo que eu posso fazer, o que eu consigo e valho realmente. Eu queria vencer e consegui, porque já não conseguia mais dormir, principalmente para hoje, o pensamento era só aqui. Portanto, vou continuar a trabalhar, ainda há várias coisas aí por vir, muitos projectos, e acredito que o próximo ano terei mais um aplicativo para o mercado”, manifestou Osvaldo, tendo agradecido o apoio dos pais, namorada e todos aqueles de quem, directa ou indirectamente, recebeu forças.

"A princípio deu um frio na barriga, mas no final deu tudo certo", confessou Manuel Ernesto

Por seu turno, Manuel Ernesto, também programador e representante do software gestão “MEScola 4Mais”, que venceu a categoria de Responsabilidade Social, apresenta o MEScola como sendo um sistema que visa facilitar todo o processo da gestão das escolas, nesse caso, como o lançamento de notas, emissão de declaração, verificação de notas, verificação do horário do professor, enfim, sem haver a necessidade de o estudante deslocar-se até a instituição, bastando apenas ter acesso à internet (ao aplicativo).

O concorrente manifestou-se inteiramente alegre, não apenas por si, mas pela equipa toda (de 4 elementos) que desenvolveu o sistema.

“A princípio deu um frio na barriga, mas no final deu tudo certo. Agora, cabe a nós tentar o mais rapidamente possível implementar o sistema nas escolas da nossa cidade, começando pelo Lubango e depois estender para outras partes do país”, avançou.

Quanto ao concurso, avaliou que “o projecto vai despertar o capital humano da nossa praça e é muito importante porque existem pessoas sem oportunidade de mostrar o seu trabalho. Então, com essa actividade que a Unitel oferece, mais jovens terão ideias a apresentar à sociedade”.

Por outro lado, para a categoria de Responsabilidade Social estavam a concorrer os aplicativos “Stop Malária” e “Sangue Vida”, de um grupo de estudantes de Engenharia Informática da Universidade Mandume Ya Ndemufayo, que tem como objectivo o cadastro de doadres de sangue, e desta feita, quem acede ao aplicativo tem uma lista de todos os doares cadastrados, bem como o seu contacto telefónico, para o necessitado, de maneira que, de acordo com o grupo sanguíneo compatível, possa entrar em contacto com o doador, mas se prevê ainda ter uma estatística exacta de quantos doares existem no país inteiro, quantas doações são feitas e planos estratégicos para regiões com menos doares.

Para a categoria de Temas Livres estavam ainda a competir os aplicativos “Bicot”, uma plataforma de venda de e-book e “Ticketing”, que permite obter ingressos, dentre as mais diversas funcionalidades, para shows, e nos Jogos concorreu o “KnockOut” e ainda o programador Keven Chantre, com o “Vistas de Angola”, jogo do tipo puzzle, onde o objectivo é ir movendo pequenas peças de uma imagem até formar a imagem completa, sendo que o grande diferencial é focar Angola, ou seja, “as imagens que se encontram no jogo são basicamente da nossa cultura, das nossas paisagens e do nosso quotidiano”, referiu  um dos programadores.

“O maior prémio que se pode dar não é dinheiro"

Finalmente, Joelson Bartolomeu, chefe de Departamento de Inovaçãoda Unitel e membro do corpo de jurados, revelou que houve, para o concurso, um período de submissão, durante 1 mês, no site da Unitel, foi depois realizada a selecção na sede, com as direcções de Planeamento Estratégico, Departamento de Inovação e a direcção de Marketing pelo departamento de conteúdo e parcerias.

“Conseguimos diversificar a nossa oferta comercial, conseguimos alavancar o nosso ecossistema de inovação e tecnologia no país"

“Fizemos antecâmaras em várias províncias, nomeadamente Luanda, Huíla, Huambo e Benguela, tivemos 80 participantes, e agora, na cerimónia final, tivemos 9 projectos, da última selecção, onde tivemos que deliberar os três vencedores”, contou, quando falou à Imprensa.

Após a nomeação, percebeu quem são realmente os jovens talentosos do país. “Conseguimos diversificar a nossa oferta comercial, conseguimos alavancar o nosso ecossistema de inovação e tecnologia no país, o que quer dizer que, com isso, olhando agora para uma Startup, conseguimos, numa altura muito embrionária da sua existência, começar a trabalhar e fazê-la amadurecer para daqui a anos ter fornecedores robustos”, referiu, tendo apreciado que, “na verdade, as expectativas sempre foram desde o início bastante elevadas e é Angola que está de parabéns”.

Cada grupo vencedor teve direito a um computador, com todas as funcionalidades para poder programar e continuar com o seu negócio de forma independente, uma Certificação de Programação, porque acredita o responsável que “o maior prémio que se pode dar não é dinheiro, mas a capacitação, amadurecimento e logicamente a exposição da marca”.

Para além destes, os vencedores terão direito a passar dois meses com as equipas da Unitel, na sede, a aprimorar os seus projectos.

 

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

Já são conhecidos os vencedores da segunda edição do Concurso Unitel Apps Angola, decorrido esta quinta-feira última, no Centro de Convenções Talatona (CCTA),  um comprometimento daquela operadora angolana em apoiar o empreendedorismo nacional e promover o que de melhor se faz no país, no sector da tecnologia, inovação e desenvolvimento.

Para a categoria de Jogos, Vilma Kajame e Edvaldo Martins, estudante do terceiro ano do curso de Ciências da Computação da Universidade Agostinho Neto, levam o troféu com apresentação do jogo “Stop”, criado, segundo os autores, com base na brincadeira de infância em que se pegava um papel, escolhiam-se várias categorias e uma letra que inicia o nome de cada uma delas.

"Decidimos transformar o ‘Stop’ num aplicativo para não deixar a brincadeira morrer"

“É uma sensação muito boa, saber que o nosso aplicativo teve a capacidade de superar os outros, e podemos esperar muito mais do ‘Stop’, porque vamos fazer diferente dos outros aplicativos, estaremos sempre a actualizar e ter novos dados para que a aplicação não morra”, declarou Edvaldo Martins, que disse ainda, em entrevista ao Acelera Angola, que a ideia foi relembrar a brincadeira de infância, já que hoje em dia as pessoas andam mais com smartphones do que papéis.

“Decidimos transformar o ‘Stop’ num aplicativo para não deixar a brincadeira morrer, porque estava a ser posta de lado, mas com uma versão para smarthphones, assim, qualquer pessoa pode jogar e relembrar. E uma vez feito isso, entendemos que hoje a tecnologia já consegue salvar uma brincadeira de infância, porque até as crianças já nem brincam mais com papéis”.

Com os resultados, disse o vencedor, daqui a nada o jogo estará disponível. E entretanto, além da diversão, há o conhecimento, pois aprende-se. Por exemplo, se eu não conhecer um país que comece com a letra f, a aplicação me vai ensinar. É sempre bom recordar a infância, e quando é uma infância boa, melhor ainda”, considerou.

"A ideia foi mostrar aquilo que eu posso fazer, o que eu consigo e valho realmente", disse Osvaldo Dulo, à direita

Já Osvaldo Dulo, que se apresentou na categoria de Temas Livres, venceu com o aplicativo “One Click”, que permite ao consumidor usufruir do serviço disponível na grelha de menu da Unitel, de forma rápida, fácil e simples, tudo à base de um clique. 

“O objectivo principal deste aplicativo é fazer com que as pessoas não tenham que memorizar nada, nenhum código, bem como permite também reduzir o tempo. Imaginemos, normalmente, o telefone já encontra o sistema para o usuário efectuar o carregamento, mas tem que digitar primeiro o asterisco, 100, asterisco, depois o código de recarga e no final a tecla cardinal para depois pôr a chamar. Então, ao contrário disso, com o aplicativo ‘One Click’, você só tem que colocar o código da recarga”, explicou.

“A ideia foi mostrar aquilo que eu posso fazer, o que eu consigo e valho realmente. Eu queria vencer e consegui, porque já não conseguia mais dormir, principalmente para hoje, o pensamento era só aqui. Portanto, vou continuar a trabalhar, ainda há várias coisas aí por vir, muitos projectos, e acredito que o próximo ano terei mais um aplicativo para o mercado”, manifestou Osvaldo, tendo agradecido o apoio dos pais, namorada e todos aqueles de quem, directa ou indirectamente, recebeu forças.

"A princípio deu um frio na barriga, mas no final deu tudo certo", confessou Manuel Ernesto

Por seu turno, Manuel Ernesto, também programador e representante do software gestão “MEScola 4Mais”, que venceu a categoria de Responsabilidade Social, apresenta o MEScola como sendo um sistema que visa facilitar todo o processo da gestão das escolas, nesse caso, como o lançamento de notas, emissão de declaração, verificação de notas, verificação do horário do professor, enfim, sem haver a necessidade de o estudante deslocar-se até a instituição, bastando apenas ter acesso à internet (ao aplicativo).

O concorrente manifestou-se inteiramente alegre, não apenas por si, mas pela equipa toda (de 4 elementos) que desenvolveu o sistema.

“A princípio deu um frio na barriga, mas no final deu tudo certo. Agora, cabe a nós tentar o mais rapidamente possível implementar o sistema nas escolas da nossa cidade, começando pelo Lubango e depois estender para outras partes do país”, avançou.

Quanto ao concurso, avaliou que “o projecto vai despertar o capital humano da nossa praça e é muito importante porque existem pessoas sem oportunidade de mostrar o seu trabalho. Então, com essa actividade que a Unitel oferece, mais jovens terão ideias a apresentar à sociedade”.

Por outro lado, para a categoria de Responsabilidade Social estavam a concorrer os aplicativos “Stop Malária” e “Sangue Vida”, de um grupo de estudantes de Engenharia Informática da Universidade Mandume Ya Ndemufayo, que tem como objectivo o cadastro de doadres de sangue, e desta feita, quem acede ao aplicativo tem uma lista de todos os doares cadastrados, bem como o seu contacto telefónico, para o necessitado, de maneira que, de acordo com o grupo sanguíneo compatível, possa entrar em contacto com o doador, mas se prevê ainda ter uma estatística exacta de quantos doares existem no país inteiro, quantas doações são feitas e planos estratégicos para regiões com menos doares.

Para a categoria de Temas Livres estavam ainda a competir os aplicativos “Bicot”, uma plataforma de venda de e-book e “Ticketing”, que permite obter ingressos, dentre as mais diversas funcionalidades, para shows, e nos Jogos concorreu o “KnockOut” e ainda o programador Keven Chantre, com o “Vistas de Angola”, jogo do tipo puzzle, onde o objectivo é ir movendo pequenas peças de uma imagem até formar a imagem completa, sendo que o grande diferencial é focar Angola, ou seja, “as imagens que se encontram no jogo são basicamente da nossa cultura, das nossas paisagens e do nosso quotidiano”, referiu  um dos programadores.

“O maior prémio que se pode dar não é dinheiro"

Finalmente, Joelson Bartolomeu, chefe de Departamento de Inovaçãoda Unitel e membro do corpo de jurados, revelou que houve, para o concurso, um período de submissão, durante 1 mês, no site da Unitel, foi depois realizada a selecção na sede, com as direcções de Planeamento Estratégico, Departamento de Inovação e a direcção de Marketing pelo departamento de conteúdo e parcerias.

“Conseguimos diversificar a nossa oferta comercial, conseguimos alavancar o nosso ecossistema de inovação e tecnologia no país"

“Fizemos antecâmaras em várias províncias, nomeadamente Luanda, Huíla, Huambo e Benguela, tivemos 80 participantes, e agora, na cerimónia final, tivemos 9 projectos, da última selecção, onde tivemos que deliberar os três vencedores”, contou, quando falou à Imprensa.

Após a nomeação, percebeu quem são realmente os jovens talentosos do país. “Conseguimos diversificar a nossa oferta comercial, conseguimos alavancar o nosso ecossistema de inovação e tecnologia no país, o que quer dizer que, com isso, olhando agora para uma Startup, conseguimos, numa altura muito embrionária da sua existência, começar a trabalhar e fazê-la amadurecer para daqui a anos ter fornecedores robustos”, referiu, tendo apreciado que, “na verdade, as expectativas sempre foram desde o início bastante elevadas e é Angola que está de parabéns”.

Cada grupo vencedor teve direito a um computador, com todas as funcionalidades para poder programar e continuar com o seu negócio de forma independente, uma Certificação de Programação, porque acredita o responsável que “o maior prémio que se pode dar não é dinheiro, mas a capacitação, amadurecimento e logicamente a exposição da marca”.

Para além destes, os vencedores terão direito a passar dois meses com as equipas da Unitel, na sede, a aprimorar os seus projectos.

 

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