O músico angolano Cirius Vibez afirmou recentemente que a música alternativa em Angola ainda é vaga, tendo reforçado que ainda lhe “falta bagagem para incluir na mochila”.

Em entrevista exclusiva ao ONgoma News, durante uma das edições do Modus Bushido, evento protagonizado pelo também músico Bona Ska, no Resgarte – Teatro e Bar, o artista disse viver “numa época abençoada com mentes super interessantes”, afirmando ainda que acredita que “no momento certo será uma honra fazer parte da melhor safra da arte nacional do novo século”.

Cirius, que ali apresentava temas do seu mais recente projecto colaborativo, com o cantor e produtor Weezy Beats, intitulado “Café D´Madrugada”, defendeu que os maiores desafios para um músico alternativo estão por um lado “nos palcos limitados e os budgets de cada actividade”, sendo que “ter um serviço ora barato, ora dominável, por vezes fecha portas desafiadoras”.

Por outro lado, continuou, “vem a privatização das actividades e a própria desunião que subliminarmente rege o jogo do mercado sistematizado para todos”. Por isso acredita que é tudo uma questão de atitude, considerando então que “os desafios nos moldam”.

O também guitarrista conta que é um artista multifacetado e que se apresenta maioritariamente como intérprete-trovador, no formato “voz e violão”, entre vários estilos e palcos. Actua em eventos temáticos originais, noites de trova, cerimónias e actividades corporativas.

Para ele, os grandes músicos que têm trabalhado para elevar a música nacional, actualmente, não só a nível nacional, como também internacional, são Toty Sa´Med, Totó, Mars Louise e Selda, mas “ainda se precisa de mais ouvintes, mais exposições e mais palcos”, observou.

Por fim, Cirius Vibez adiantou estar a preparar um concerto intimista, que considera mesmo “bastante íntimo”, para o mês de Outubro, onde promete apresentar temas que aprecia e suas composições, num formato com banda, e durante esta preparação tem focado toda a energia para “ver tudo sendo um sucesso”.

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