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BDA: Falta de garantias reais entre os constragimentos para a concessão de financiamentos

BDA: Falta de garantias reais entre os constragimentos para a concessão de financiamentos
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A falta de garantias reais para efeitos de hipoteca é um dos constrangimentos verificados no processo de crédito no Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) e que concorrem para a não concessão de financiamentos, bem como a capacidade financeira e de endividamento dos promotores face aos valores que solicitam.

A informação foi passada nesta última sexta-feira pelo Presidente da Comissão Executiva (PCE) do BDA, Henda Inglês, num encontro de esclarecimento sobre o procedimento de análise e aprovação de créditos com empresários de vários segmentos, durante o qual foram partilhadas também algumas dificuldades e desafios que o banco tem enfrentado na avaliação dos projectos submetidos para o processo de crédito.

O responsável esclareceu que os clientes remetem solicitações de financiamento muito acima da sua capacidade financeira e não têm condições de comparticipar nos projectos, o crédito irregular na Central de Risco do BNA e também o desfasamento entre a experiência e o conhecimento dos promotores face à dimensão, natureza e complexidade dos projectos a realizar, porquanto muitos promotores não têm historial ou experiência para implementarem iniciativas empresariais complexas.

No evento, que foi realizado de forma presencial, com a participação de um grupo de 53 promotores que submeteram projectos ao banco e que aguardam resposta, o PCE Henda Inglês, que liderou a equipa do BDA composta pelos administradores executivos Clemente Paulo, Elizabeth Kinanga e Mariana Aragão, bem como os directores e responsáveis das áreas de negócios e de suporte ao processo de concessão do crédito, assegurou que encontros do género terão continuidade, estando previsto um mais alargado, a ser realizado de forma virtual, com promotores radicados nas outras províncias, com consultores, fornecedores de serviços, inputs para agricultura e também outro grupo de clientes que têm já as suas operações aprovadas mas que não conseguem cumprir com as condições precedentes ao desembolso do crédito e que interagindo com eles podemos arranjar formas de ultrapassar estes constrangimentos.

Já os promotores, de forma transversal, pediram maior celeridade na avaliação, aprovação e desembolso dos projectos.

Respondendo às inquietações dos promotores e com vista a acelerar o processo de crédito, o Henda Inglês, citado no comunicado enviado ao ONgoma News, referiu que está a ser implementado um plano de melhoria do crédito que contempla várias medidas, entre as quais uma melhor segmentação dos clientes de forma a melhor responder as suas expectativas e que vai começar com o sector agrícola. Ou seja, ao contrário do que acontece actualmente, as pessoas, independentemente da sua capacidade financeira, concorrem ou solicitam financiamentos de valor muito acima da sua capacidade financeira, sendo que, com a nova medida, as empresas serão classificadas em micro, pequenas e médias, e com limites de financiamento ajustados.

Consta ainda do plano a criação de uma plataforma tecnológica para a melhor gestão do crédito que vai revolucionar o tratamento do crédito, permitindo, inclusive, que a distância os clientes possam submeter os documentos e acompanhar o estágio de evolução das aplicações de crédito.

Outro factor a ter em conta será a melhor gestão e economia de tempo e racionalização dos recursos com a aprovação do regulamento de fiscalização de crédito que vai permitir contratar entidades externas para fiscalizarem os projectos financiados pelo BDA. Ou seja, para além dos quadros internos, profissionais idóneos fora do banco poderão exercer este papel.

Adiciona-se à lista a melhoria da comunicação com a criação de call centers do referido banco e a criação de agências regionais, o que significa que, para além de Luanda, outras províncias ou regiões terão representação física daquela instituição bancária.

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

A falta de garantias reais para efeitos de hipoteca é um dos constrangimentos verificados no processo de crédito no Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) e que concorrem para a não concessão de financiamentos, bem como a capacidade financeira e de endividamento dos promotores face aos valores que solicitam.

A informação foi passada nesta última sexta-feira pelo Presidente da Comissão Executiva (PCE) do BDA, Henda Inglês, num encontro de esclarecimento sobre o procedimento de análise e aprovação de créditos com empresários de vários segmentos, durante o qual foram partilhadas também algumas dificuldades e desafios que o banco tem enfrentado na avaliação dos projectos submetidos para o processo de crédito.

O responsável esclareceu que os clientes remetem solicitações de financiamento muito acima da sua capacidade financeira e não têm condições de comparticipar nos projectos, o crédito irregular na Central de Risco do BNA e também o desfasamento entre a experiência e o conhecimento dos promotores face à dimensão, natureza e complexidade dos projectos a realizar, porquanto muitos promotores não têm historial ou experiência para implementarem iniciativas empresariais complexas.

No evento, que foi realizado de forma presencial, com a participação de um grupo de 53 promotores que submeteram projectos ao banco e que aguardam resposta, o PCE Henda Inglês, que liderou a equipa do BDA composta pelos administradores executivos Clemente Paulo, Elizabeth Kinanga e Mariana Aragão, bem como os directores e responsáveis das áreas de negócios e de suporte ao processo de concessão do crédito, assegurou que encontros do género terão continuidade, estando previsto um mais alargado, a ser realizado de forma virtual, com promotores radicados nas outras províncias, com consultores, fornecedores de serviços, inputs para agricultura e também outro grupo de clientes que têm já as suas operações aprovadas mas que não conseguem cumprir com as condições precedentes ao desembolso do crédito e que interagindo com eles podemos arranjar formas de ultrapassar estes constrangimentos.

Já os promotores, de forma transversal, pediram maior celeridade na avaliação, aprovação e desembolso dos projectos.

Respondendo às inquietações dos promotores e com vista a acelerar o processo de crédito, o Henda Inglês, citado no comunicado enviado ao ONgoma News, referiu que está a ser implementado um plano de melhoria do crédito que contempla várias medidas, entre as quais uma melhor segmentação dos clientes de forma a melhor responder as suas expectativas e que vai começar com o sector agrícola. Ou seja, ao contrário do que acontece actualmente, as pessoas, independentemente da sua capacidade financeira, concorrem ou solicitam financiamentos de valor muito acima da sua capacidade financeira, sendo que, com a nova medida, as empresas serão classificadas em micro, pequenas e médias, e com limites de financiamento ajustados.

Consta ainda do plano a criação de uma plataforma tecnológica para a melhor gestão do crédito que vai revolucionar o tratamento do crédito, permitindo, inclusive, que a distância os clientes possam submeter os documentos e acompanhar o estágio de evolução das aplicações de crédito.

Outro factor a ter em conta será a melhor gestão e economia de tempo e racionalização dos recursos com a aprovação do regulamento de fiscalização de crédito que vai permitir contratar entidades externas para fiscalizarem os projectos financiados pelo BDA. Ou seja, para além dos quadros internos, profissionais idóneos fora do banco poderão exercer este papel.

Adiciona-se à lista a melhoria da comunicação com a criação de call centers do referido banco e a criação de agências regionais, o que significa que, para além de Luanda, outras províncias ou regiões terão representação física daquela instituição bancária.

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