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Apesar das sanções, Rússia promete continuar a fornecer cereais a África

Apesar das sanções, Rússia promete continuar a fornecer cereais a África
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, prometeu hoje aos países africanos que vai continuar a fornecer cereais, apesar das sanções sobre Moscovo, num artigo publicado pelo Kremlin, nas vésperas da cimeira Rússia-África, quinta e sexta-feira.

Segundo soube a Angop pela agência espanhola de notícias a EFE, o chefe de Estado russo escreveu que sempre prestou grande atenção às questões referentes aos insumos de trigo, cevada, milho e outros cultivos dos países africanos.

"Compreendemos perfeitamente a importância da interrupção do fornecimento de insumos alimentares para o desenvolvimento socioeconómico e a estabilidade política dos Estados africanos", lê-se no artigo.

Ainda de acordo com a fonte, Putin salienta: "E fizemo-lo não só sozinhos, numa base contratual, mas também gratuitamente, em forma de ajuda humanitária, inclusivamente através do Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas".

Para além disso, o presidente russo sublinhou que nenhuma das exigências do país que dirige relativamente ao levantamento das sanções impostas sobre as exportações russas de cereais e fertilizantes para os mercados mundiais foi cumprida, mas ainda assim assegura que, "apesar das sanções, a Rússia vai continuar a esforçar-se energicamente para enviar para África cereais, alimentos, fertilizantes e outras matérias-primas".

No ano passado, recordou, a Rússia exportou quase 11,5 milhões de toneladas de cereais para África e só nos primeiros seis meses de 2023 já enviou quase 10 milhões de toneladas.

Sobre a suspensão da Iniciativa dos Cereais do Mar Negro, que permitia a exportação de cereais usando portos ucranianos através do Mar Negro, Putin argumenta que isso aconteceu porque "servia apenas para enriquecer as grandes empresas norte-americanas e europeias que exportavam e revendiam cereais a partir da Ucrânia".

Sustentou que "em quase um ano, do total de 32,8 milhões de toneladas de carga, mais de 70% destinaram-se a países de alto e médio rendimento, incluindo a União Europeia, ao passo que países como a Etiópia, o Sudão e a Somália, para além do Iémen e do Afeganistão, receberam menos de 3%.

Disse ainda que em São Petersburgo deverá ser aprovado um plano de acção sobre o Fórum da associação Rússia-África até 2026, e que será assinada uma série de documentos bilaterais.

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Redacção

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, prometeu hoje aos países africanos que vai continuar a fornecer cereais, apesar das sanções sobre Moscovo, num artigo publicado pelo Kremlin, nas vésperas da cimeira Rússia-África, quinta e sexta-feira.

Segundo soube a Angop pela agência espanhola de notícias a EFE, o chefe de Estado russo escreveu que sempre prestou grande atenção às questões referentes aos insumos de trigo, cevada, milho e outros cultivos dos países africanos.

"Compreendemos perfeitamente a importância da interrupção do fornecimento de insumos alimentares para o desenvolvimento socioeconómico e a estabilidade política dos Estados africanos", lê-se no artigo.

Ainda de acordo com a fonte, Putin salienta: "E fizemo-lo não só sozinhos, numa base contratual, mas também gratuitamente, em forma de ajuda humanitária, inclusivamente através do Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas".

Para além disso, o presidente russo sublinhou que nenhuma das exigências do país que dirige relativamente ao levantamento das sanções impostas sobre as exportações russas de cereais e fertilizantes para os mercados mundiais foi cumprida, mas ainda assim assegura que, "apesar das sanções, a Rússia vai continuar a esforçar-se energicamente para enviar para África cereais, alimentos, fertilizantes e outras matérias-primas".

No ano passado, recordou, a Rússia exportou quase 11,5 milhões de toneladas de cereais para África e só nos primeiros seis meses de 2023 já enviou quase 10 milhões de toneladas.

Sobre a suspensão da Iniciativa dos Cereais do Mar Negro, que permitia a exportação de cereais usando portos ucranianos através do Mar Negro, Putin argumenta que isso aconteceu porque "servia apenas para enriquecer as grandes empresas norte-americanas e europeias que exportavam e revendiam cereais a partir da Ucrânia".

Sustentou que "em quase um ano, do total de 32,8 milhões de toneladas de carga, mais de 70% destinaram-se a países de alto e médio rendimento, incluindo a União Europeia, ao passo que países como a Etiópia, o Sudão e a Somália, para além do Iémen e do Afeganistão, receberam menos de 3%.

Disse ainda que em São Petersburgo deverá ser aprovado um plano de acção sobre o Fórum da associação Rússia-África até 2026, e que será assinada uma série de documentos bilaterais.

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