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Angola Restaurant Week 2017 acontece de 30 de Outubro a 5 de Novembro

Angola Restaurant Week 2017 acontece de 30 de Outubro a 5 de Novembro
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Andrade Lino

Foi apresentada, na terça-feira, no Executive Hotel da Samba, a 4ª edição do Angola Restaurant Week, uma iniciativa anual, organizada pelo Luanda Nightlife, que decorrerá em de 30 deste mês a 5 de Novembro.

Este projecto internacional, que chegou a Angola em 2014, tem como objectivo promover a cultura e gastronomia angolana e a democratização do acesso à restauração de boa qualidade, “especialmente pertinente numa sociedade com as nossas características”, disse Cláudio Silva, sócio-gerente do Luanda Nightlife.

Na edição deste ano, são 35 os restaurantes aderentes, localizados não só no centro de Luanda, mas também em Talatona, Morro Bento, Nova Vida, Patriota, Viana e Zango, com várias especialidades angolanas e não só, adequadas aos gostos dos clientes mais existentes. 

Nesse diapasão, Cláudio Silva, mentor do projecto e que falou à imprensa, relevou a pretensão de levar, novamente, o ARW para fora  de Luanda. “Já o fizemos em 2015, fomos até Benguela, Catumbela e Lobito, mas não correu muito bem porque praticámos preços de Luanda, e não houve muita divulgação da iniciativa porque éramos ainda muito pequenos. Queremos voltar para Benguela e possivelmente seguir para Namibe e Lubango, que são cidades que têm uma dimensão já aceitável de restaurantes, pois estamos sempre a estudar isso e atentos à evolução do mercado de restauração nacional”.

Entretanto, explicou que quando chega a altura de selecção dos restaurantes que vão participar, procura-se sempre com aqueles que tenham uma cozinha de qualidade, que tenham a capacidade e a logística necessária para um evento dessa envergadura, que tenham vontade de trabalhar com outros parceiros, vontade de receber e marcar reservas e que tenham ainda um ambiente de qualidade.

“No final do Angola Restaurant Week, abrimos a votação ao público em geral, em várias categorias, como Melhor Prato, Melhor Atendimento, Restaurante Com a Melhor Qualidade, Melhor Experiência Global, e no fim dessa votação, que vai durar uma semana, vamos compilar todos os dados e premiar os restaurantes que ganharem com a votação popular”, esclareceu, tendo sublinhado que os interessados deverão informar-se no site www.angolarestaurantweek.com sobre quais os restaurantes aderentes e quando se dirigirem aos mesmos e solicitarem os menus Restaurant Week.

Comer por causa solidária

No encontro, foram dados a conhecer aspectos como o menu, que será composto por entrada, prato principal e sobremesa, ao preço fixo de 5000 kz ao almoço, e 7000kz ao jantar, e ainda o cuidado que os interessados devem tomar ao efectuar reserva, pois a afluência a certos restaurantes será grande.

Por outro lado, essa versão angolana do Restaurant Week possui uma componente solidária, já que 500kz de cada menu será doado a uma instituição de solidariedade, pelo que este ano as instituições que receberão a angariação são o Orfanato Pequena Semente, em Cacuaco, uma instituição que abriga 103 crianças do sexo masculino e feminino, entre os 4 e os 18 anos, e o Centro Dom Bosco, no Sambizanga, uma entidade que recolhe meninos de rua do sexo masculino e que conta nesse momento com 40 rapazes fixos.

“Nós estamos mais virados para crianças e jovens mais desfavorecidos, porque achamos que o nosso contributo é mais útil, com base nas competências, para estes grupos da sociedade, mas não quer dizer que no futuro não possamos apoiar outras instituições.  Por agora, como somos uma empresa jovem, com recursos limitados, fizemos a escolha de apoiar centros de acolhimento de crianças e jovens”, revelou o responsável, tendo relatado ainda que em cada ano é escolhida uma instituição diferente, com base nos contactos de pessoas que trabalham directamente com elas.

“Em anos passados, fizemos um levantamento junto dos nossos leitores sobre qual é a instituição que não é muito bem conhecida mas suficientemente séria para lidar com o valor monetário que entra para os seus cofres. Até agora temos sido muito bem sucedidos nessas escolhas e com essas iniciativas. Esse ano, porém, decidimos fazer uma escolha um pouco mais aprofundada, trabalhando directamente com uma instituição de estrangeiros que tem já uma base de dados séria e credível de instituições de caridade, e foi assim que chegámos ao Orfanato Pequena Semente e ao Centro Dom Bosco. Tínhamos uma lista grande de instituições, mas escolhemos, com ajuda externa, essas duas”, clareou.

Finalmente, manifestou que quando o projecto começou, era completamente diferente do que é hoje, porque não tinha aceitação e divulgação, e não havia por parte da organização a mesma capacidade de mobilização.

“Já se passaram quase 4 anos desde que começámos, e eu noto que principalmente o ano passado foi além dos nossos sonhos. Isso faz-nos perceber que o Angola Restaurant Week está cá mesmo para ficar. Temos só que ir melhorando cada ano a seriedade, a qualidade e a velocidade de expansão”, avaliou.

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

Foi apresentada, na terça-feira, no Executive Hotel da Samba, a 4ª edição do Angola Restaurant Week, uma iniciativa anual, organizada pelo Luanda Nightlife, que decorrerá em de 30 deste mês a 5 de Novembro.

Este projecto internacional, que chegou a Angola em 2014, tem como objectivo promover a cultura e gastronomia angolana e a democratização do acesso à restauração de boa qualidade, “especialmente pertinente numa sociedade com as nossas características”, disse Cláudio Silva, sócio-gerente do Luanda Nightlife.

Na edição deste ano, são 35 os restaurantes aderentes, localizados não só no centro de Luanda, mas também em Talatona, Morro Bento, Nova Vida, Patriota, Viana e Zango, com várias especialidades angolanas e não só, adequadas aos gostos dos clientes mais existentes. 

Nesse diapasão, Cláudio Silva, mentor do projecto e que falou à imprensa, relevou a pretensão de levar, novamente, o ARW para fora  de Luanda. “Já o fizemos em 2015, fomos até Benguela, Catumbela e Lobito, mas não correu muito bem porque praticámos preços de Luanda, e não houve muita divulgação da iniciativa porque éramos ainda muito pequenos. Queremos voltar para Benguela e possivelmente seguir para Namibe e Lubango, que são cidades que têm uma dimensão já aceitável de restaurantes, pois estamos sempre a estudar isso e atentos à evolução do mercado de restauração nacional”.

Entretanto, explicou que quando chega a altura de selecção dos restaurantes que vão participar, procura-se sempre com aqueles que tenham uma cozinha de qualidade, que tenham a capacidade e a logística necessária para um evento dessa envergadura, que tenham vontade de trabalhar com outros parceiros, vontade de receber e marcar reservas e que tenham ainda um ambiente de qualidade.

“No final do Angola Restaurant Week, abrimos a votação ao público em geral, em várias categorias, como Melhor Prato, Melhor Atendimento, Restaurante Com a Melhor Qualidade, Melhor Experiência Global, e no fim dessa votação, que vai durar uma semana, vamos compilar todos os dados e premiar os restaurantes que ganharem com a votação popular”, esclareceu, tendo sublinhado que os interessados deverão informar-se no site www.angolarestaurantweek.com sobre quais os restaurantes aderentes e quando se dirigirem aos mesmos e solicitarem os menus Restaurant Week.

Comer por causa solidária

No encontro, foram dados a conhecer aspectos como o menu, que será composto por entrada, prato principal e sobremesa, ao preço fixo de 5000 kz ao almoço, e 7000kz ao jantar, e ainda o cuidado que os interessados devem tomar ao efectuar reserva, pois a afluência a certos restaurantes será grande.

Por outro lado, essa versão angolana do Restaurant Week possui uma componente solidária, já que 500kz de cada menu será doado a uma instituição de solidariedade, pelo que este ano as instituições que receberão a angariação são o Orfanato Pequena Semente, em Cacuaco, uma instituição que abriga 103 crianças do sexo masculino e feminino, entre os 4 e os 18 anos, e o Centro Dom Bosco, no Sambizanga, uma entidade que recolhe meninos de rua do sexo masculino e que conta nesse momento com 40 rapazes fixos.

“Nós estamos mais virados para crianças e jovens mais desfavorecidos, porque achamos que o nosso contributo é mais útil, com base nas competências, para estes grupos da sociedade, mas não quer dizer que no futuro não possamos apoiar outras instituições.  Por agora, como somos uma empresa jovem, com recursos limitados, fizemos a escolha de apoiar centros de acolhimento de crianças e jovens”, revelou o responsável, tendo relatado ainda que em cada ano é escolhida uma instituição diferente, com base nos contactos de pessoas que trabalham directamente com elas.

“Em anos passados, fizemos um levantamento junto dos nossos leitores sobre qual é a instituição que não é muito bem conhecida mas suficientemente séria para lidar com o valor monetário que entra para os seus cofres. Até agora temos sido muito bem sucedidos nessas escolhas e com essas iniciativas. Esse ano, porém, decidimos fazer uma escolha um pouco mais aprofundada, trabalhando directamente com uma instituição de estrangeiros que tem já uma base de dados séria e credível de instituições de caridade, e foi assim que chegámos ao Orfanato Pequena Semente e ao Centro Dom Bosco. Tínhamos uma lista grande de instituições, mas escolhemos, com ajuda externa, essas duas”, clareou.

Finalmente, manifestou que quando o projecto começou, era completamente diferente do que é hoje, porque não tinha aceitação e divulgação, e não havia por parte da organização a mesma capacidade de mobilização.

“Já se passaram quase 4 anos desde que começámos, e eu noto que principalmente o ano passado foi além dos nossos sonhos. Isso faz-nos perceber que o Angola Restaurant Week está cá mesmo para ficar. Temos só que ir melhorando cada ano a seriedade, a qualidade e a velocidade de expansão”, avaliou.

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