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“Angola enfrenta a resistência das estruturas centrais”, considera Belarmino Jelembi

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O director-geral da Associação para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA) considerou que Angola enfrenta a “resistência das estruturas centrais” em transferir competências para os municípios, defendendo a descentralização e desconcentração de poderes no sector agrícola.

“Hoje, há responsabilidades do Ministério da Agricultura que têm de ser transferidas para os municípios, tal como em outros ministérios. Parte do poder tem de passar para os municípios, porque, se não discutirmos isso, depois não há coerência no discurso”, disse Belarmino Jelembi, que falava no âmbito da conferência sobre a “Agricultura: do Passado à Actualidade, Principais Constrangimentos e Caminhos a Seguir”, que decorreu na semana passada em Luanda.

No encontro, o responsável referiu que o desenvolvimento da agricultura deve estar ligado à transferência de poderes, pois a transferência de competências contribui para o fortalecimento da economia local, como a questão das estradas, circulação dos produtos, e “isto tem que envolver os municípios, embora não seja um discurso fácil, por ser o ponto do poder”.

Um dos aspectos que o país hoje enfrenta é a resistência das estruturas centrais em transferir competências para os municípios, criticou, citado pela fonte do Diário de Notícias.

Belarmino Jelembi afirmou também que, actualmente, “parece que existem sinais de vontade” de se fazerem reformas, apontando, contudo, a capacidade institucional e de recursos humanos do país como “grandes desafios” das acções em curso.

“O país tem uma série de novos documentos como o Programa de Apoio ao Crédito, o subsídio aos combustíveis, a introdução das caixas comunitárias, mas várias dessas iniciativas estão diante de um desafio que é a capacidade institucional e de recursos humanos”, salientou, referindo ainda que as iniciativas do Governo angolano devem ser adequadas a um ritmo que seja suportado pela realidade angolana.

“Deve ser invertida a lógica de investimento assente em factores externos. Durante muito tempo, adoptou-se um modelo de substituição, grande parte dos modelos assentes em factores externos, como consultores, tecnologias. Quando se baseia um investimento essencialmente em factores externos, não é sustentável e inverter essa lógica é fundamental”, rematou.

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Redacção

O director-geral da Associação para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA) considerou que Angola enfrenta a “resistência das estruturas centrais” em transferir competências para os municípios, defendendo a descentralização e desconcentração de poderes no sector agrícola.

“Hoje, há responsabilidades do Ministério da Agricultura que têm de ser transferidas para os municípios, tal como em outros ministérios. Parte do poder tem de passar para os municípios, porque, se não discutirmos isso, depois não há coerência no discurso”, disse Belarmino Jelembi, que falava no âmbito da conferência sobre a “Agricultura: do Passado à Actualidade, Principais Constrangimentos e Caminhos a Seguir”, que decorreu na semana passada em Luanda.

No encontro, o responsável referiu que o desenvolvimento da agricultura deve estar ligado à transferência de poderes, pois a transferência de competências contribui para o fortalecimento da economia local, como a questão das estradas, circulação dos produtos, e “isto tem que envolver os municípios, embora não seja um discurso fácil, por ser o ponto do poder”.

Um dos aspectos que o país hoje enfrenta é a resistência das estruturas centrais em transferir competências para os municípios, criticou, citado pela fonte do Diário de Notícias.

Belarmino Jelembi afirmou também que, actualmente, “parece que existem sinais de vontade” de se fazerem reformas, apontando, contudo, a capacidade institucional e de recursos humanos do país como “grandes desafios” das acções em curso.

“O país tem uma série de novos documentos como o Programa de Apoio ao Crédito, o subsídio aos combustíveis, a introdução das caixas comunitárias, mas várias dessas iniciativas estão diante de um desafio que é a capacidade institucional e de recursos humanos”, salientou, referindo ainda que as iniciativas do Governo angolano devem ser adequadas a um ritmo que seja suportado pela realidade angolana.

“Deve ser invertida a lógica de investimento assente em factores externos. Durante muito tempo, adoptou-se um modelo de substituição, grande parte dos modelos assentes em factores externos, como consultores, tecnologias. Quando se baseia um investimento essencialmente em factores externos, não é sustentável e inverter essa lógica é fundamental”, rematou.

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