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Angola decide construção de novas refinarias até início de Março

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O Presidente da República, João Lourenço, criou um grupo de trabalho que terá até ao início de Março para analisar as propostas para a construção de novas refinarias no país.

A decisão consta de um despacho presidencial de final de Dezembro, que cria o grupo de trabalho "para analisar e dar o devido tratamento às propostas para a construção de refinarias em Angola", coordenado pelo ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino Pedro Azevedo.

Este grupo de trabalho conta com 60 dias para concluir o trabalho, integrando ainda o secretário de Estado dos Petróleos, Paulino Jerónimo, o Presidente do Conselho de administração da Sonangol, Carlos Saturnino, e a vogal da Administração da petrolífera, Ana Maria Fonseca, bem como o Director Nacional de Petróleos, Amadeu Paquete de Azevedo., segundo um documento citado pela imprensa portuguesa Notícias ao Minuto, a que a Lusa teve acesso, “considerando a necessidade de se proceder a estudos e análises das propostas técnicas, económicas e financeiras para a construção de refinarias na República de Angola", como justifica o mesmo despacho.

De acordo com a fonte, a nova administração da petrolífera estatal, Sonangol, já tinha recebido, até 13 de Dezembro, mais de 15 propostas para a construção de refinarias no país, sendo que em Novembro, por altura da tomada de posse da nova administração da petrolífera estatal angolana, após a exoneração de Isabel dos Santos na liderança da concessionária, João Lourenço avisou sobre a necessidade de se construir uma refinaria em Angola, para reduzir as importações de combustíveis, depois da suspensão do projecto para o Lobito pela anterior direcção.

Embora sem se referir directamente à construção da refinaria no Lobito, projecto estatal que a Sonangol suspendeu depois da entrada de Isabel dos Santos para a petrolífera, em Junho de 2016, o chefe de Estado afirmou que "tão logo quanto possível", o país deve "poder contar com uma ou mais refinarias".

"Não faz sentido que um país produtor de petróleo, com os níveis de produção que tem hoje e que teve no passado continue a viver quase que exclusivamente da importação dos produtos refinados", apontou, porquanto Angola é actualmente o segundo maior produtor de petróleo em África e garante mais de 1,6 milhões de barris de crude por dia, e para João Lourenço, as possibilidades de construção de refinarias pelo Estado ou em parceria com privados "devem ficar em aberto".

"O que pretendemos é que o país tenha refinaria ou refinarias, para que a actual fase que vivemos, de importação de derivados de petróleo, seja atirada para o passado. Eu sei que é possível e que podemos este ano, se trabalharem bem e rápido, dar pelo menos início à construção de uma refinaria para Angola", exortou.

Actualmente, a Sonangol mantém em operação a refinaria de Luanda, com 62 anos de actividade e uma capacidade nominal instalada de 65.000 barris por dia e Angola importa mensalmente cerca de 150 milhões de euros em combustíveis refinados, fornecimento que está a ser dificultado por falta de divisas, atrasando pagamentos por parte da petrolífera angolana, que reconheceu igualmente produzir apenas 20% do consumo total de produtos refinados.

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Pedro Kididi

Jornalista

O Presidente da República, João Lourenço, criou um grupo de trabalho que terá até ao início de Março para analisar as propostas para a construção de novas refinarias no país.

A decisão consta de um despacho presidencial de final de Dezembro, que cria o grupo de trabalho "para analisar e dar o devido tratamento às propostas para a construção de refinarias em Angola", coordenado pelo ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino Pedro Azevedo.

Este grupo de trabalho conta com 60 dias para concluir o trabalho, integrando ainda o secretário de Estado dos Petróleos, Paulino Jerónimo, o Presidente do Conselho de administração da Sonangol, Carlos Saturnino, e a vogal da Administração da petrolífera, Ana Maria Fonseca, bem como o Director Nacional de Petróleos, Amadeu Paquete de Azevedo., segundo um documento citado pela imprensa portuguesa Notícias ao Minuto, a que a Lusa teve acesso, “considerando a necessidade de se proceder a estudos e análises das propostas técnicas, económicas e financeiras para a construção de refinarias na República de Angola", como justifica o mesmo despacho.

De acordo com a fonte, a nova administração da petrolífera estatal, Sonangol, já tinha recebido, até 13 de Dezembro, mais de 15 propostas para a construção de refinarias no país, sendo que em Novembro, por altura da tomada de posse da nova administração da petrolífera estatal angolana, após a exoneração de Isabel dos Santos na liderança da concessionária, João Lourenço avisou sobre a necessidade de se construir uma refinaria em Angola, para reduzir as importações de combustíveis, depois da suspensão do projecto para o Lobito pela anterior direcção.

Embora sem se referir directamente à construção da refinaria no Lobito, projecto estatal que a Sonangol suspendeu depois da entrada de Isabel dos Santos para a petrolífera, em Junho de 2016, o chefe de Estado afirmou que "tão logo quanto possível", o país deve "poder contar com uma ou mais refinarias".

"Não faz sentido que um país produtor de petróleo, com os níveis de produção que tem hoje e que teve no passado continue a viver quase que exclusivamente da importação dos produtos refinados", apontou, porquanto Angola é actualmente o segundo maior produtor de petróleo em África e garante mais de 1,6 milhões de barris de crude por dia, e para João Lourenço, as possibilidades de construção de refinarias pelo Estado ou em parceria com privados "devem ficar em aberto".

"O que pretendemos é que o país tenha refinaria ou refinarias, para que a actual fase que vivemos, de importação de derivados de petróleo, seja atirada para o passado. Eu sei que é possível e que podemos este ano, se trabalharem bem e rápido, dar pelo menos início à construção de uma refinaria para Angola", exortou.

Actualmente, a Sonangol mantém em operação a refinaria de Luanda, com 62 anos de actividade e uma capacidade nominal instalada de 65.000 barris por dia e Angola importa mensalmente cerca de 150 milhões de euros em combustíveis refinados, fornecimento que está a ser dificultado por falta de divisas, atrasando pagamentos por parte da petrolífera angolana, que reconheceu igualmente produzir apenas 20% do consumo total de produtos refinados.

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