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Analista considera golpe de Estado no Gabão “o fim de uma dinastia de 55 anos”

Analista considera golpe de Estado no Gabão “o fim de uma dinastia de 55 anos”
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Após um grupo de oficiais do exército ter tomado poder no Gabão na madrugada de ontem, quarta-feira, o analista político guineense João Bernardo Vieira afirmou tratar-se “do fim de uma dinastia de 55 anos”, sendo o oitavo golpe de Estado numa ex-colónia francesa em três anos.

Na televisão, os oficiais justificaram a decisão dizendo que decidiram defender, a paz pondo fim ao actual regime e alegando que as eleições do último fim-semana foram fraudulentas.

Para João Bernardo Vieira, “estamos a assistir ao fim de uma dinastia que durava há já 55 anos”, considerando que estavam reunidos todos os ingredientes para que as últimas eleições, que ditaram a reeleição de Bongo, acabassem mal, e salientou que a crescente instabilidade no continente permite que países como a Rússia ganhem mais espaço.

O analista frisou ainda que, no pleito eleitoral, no último fim-de-semana, “vimos umas eleições que aconteceram em condições muito, mas muito estranhas, sem quaisquer observadores internacionais”, referindo o facto de a internet ser cortada, ou seja, o regime estava a pôr-se a jeito para que isto acontecesse. “Há analistas que entendem que isto pode ser uma farsa. Como Ali Bongo ouviu que perdeu as eleições, então permitiu que os militares tomassem o poder”.

A fonte da DW África realçou que em 2019 já tinha havido uma tentativa de golpe de Estado, mas neste caso concreto pensa que estavam reunidos todos os ingredientes para que as eleições acabassem mal.

“Surpreendentemente, no início deste ano, começou-se um tal de “diálogo nacional”, que determinou duas coisas essencialmente: em primeiro lugar, que as eleições teriam uma só volta e, além disso, que o mandato do Presidente seria reduzido. Obviamente, isto despoletou uma onda de insatisfação por parte da oposição”, finalizou.

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Ylson Menezes

Repórter

Ylson Menezes é poeta. Amante de leitura e de escrita, é também aspirante a jornalista.

Após um grupo de oficiais do exército ter tomado poder no Gabão na madrugada de ontem, quarta-feira, o analista político guineense João Bernardo Vieira afirmou tratar-se “do fim de uma dinastia de 55 anos”, sendo o oitavo golpe de Estado numa ex-colónia francesa em três anos.

Na televisão, os oficiais justificaram a decisão dizendo que decidiram defender, a paz pondo fim ao actual regime e alegando que as eleições do último fim-semana foram fraudulentas.

Para João Bernardo Vieira, “estamos a assistir ao fim de uma dinastia que durava há já 55 anos”, considerando que estavam reunidos todos os ingredientes para que as últimas eleições, que ditaram a reeleição de Bongo, acabassem mal, e salientou que a crescente instabilidade no continente permite que países como a Rússia ganhem mais espaço.

O analista frisou ainda que, no pleito eleitoral, no último fim-de-semana, “vimos umas eleições que aconteceram em condições muito, mas muito estranhas, sem quaisquer observadores internacionais”, referindo o facto de a internet ser cortada, ou seja, o regime estava a pôr-se a jeito para que isto acontecesse. “Há analistas que entendem que isto pode ser uma farsa. Como Ali Bongo ouviu que perdeu as eleições, então permitiu que os militares tomassem o poder”.

A fonte da DW África realçou que em 2019 já tinha havido uma tentativa de golpe de Estado, mas neste caso concreto pensa que estavam reunidos todos os ingredientes para que as eleições acabassem mal.

“Surpreendentemente, no início deste ano, começou-se um tal de “diálogo nacional”, que determinou duas coisas essencialmente: em primeiro lugar, que as eleições teriam uma só volta e, além disso, que o mandato do Presidente seria reduzido. Obviamente, isto despoletou uma onda de insatisfação por parte da oposição”, finalizou.

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