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“A única forma de assimilar conhecimentos é pela experiência”, afirmou Tânia Tomé

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Andrade Lino

A oradora internacional moçambicana Tânia Tomé afirmou em Luanda que a única forma de assimilar conhecimentos é pela experiência, pois, sem a experiência, o conhecimento é uma mera informação, “não faz diferença”.

Para a presidente da plataforma de empoderamento juvenil Womenice, “muitos de nós vamos para as conferências, fazemos treinamentos e formações, mas não praticamos aquela informação e ainda assim achamos que foi suficiente”, crendo ela que “as verdadeiras mudanças começam quando nós praticamos”.

Falando sobre “Construir influência”, por ocasião da 4ª edição da Conferência Internacional de Liderança Move Angola, onde foi oradora convidada, Tânia Tomé entende que os países africanos têm graves problemas de liderança porque “as pessoas que têm o poder de liderança, grande parte delas não é líder”, sendo necessário que as pessoas se eduquem e percebam que esse sucesso todo, “necessário para transformar as nações, depende de instituições, mas as instituições dependem de pessoas”. 

“Então, tudo começa pelo indivíduo. Só que, para transformarmos as nossas nações, nós precisamos de colectividade. E essa liderança consiste em influenciar, servir, impactar e dirigir caminhos, não interessando se o meu ciclo é pequeno, familiar ou na comunidade”, observou a interlocutora, que disse ainda que infelizmente nós não controlamos o nosso nível de pensamentos diários, positivos e negativos, sendo que, “muito mais do que imaginamos, se o processo de liderança interna falha, tudo falha, por isso precisamos conversar connosco mesmos”.

No entender da palestrante, que possui 20 anos de experiência profissional, “um dos problemas que nós temos na nossa sociedade, da mentalidade que temos de descolonizar, é não acreditarmos que somos capazes”. “Tudo é uma experiência, ninguém ganha novos resultados se não tiver uma experiência. Então, isto de construir influência, como é que pode acontecer? Naturalmente, nós temos de ter uma visão, e a questão é ser, e não ter. O ser nunca desaparece, só se acrescenta, ao passo que o ter pode desaparecer, hoje eu posso ter, amanhã posso não ter. Então, deve existir um investimento coerente no ser. E esta questão, mais do que imaginamos, é extremamente importante, porque ninguém se pergunta o porquê, ninguém se pergunta qual é o meu propósito ou missão e ficamos numa música célebre sobre “deixa a vida nos levar”, mas a vida não pode nos levar, nós temos de levar a vida”, exortou.

Consagrada uma das 100 Mais Influentes do Mundo pelo Mipad-New, Tânia afirmou que existe um custo de oportunidades pelas escolhas que fazemos. Quando decidimos fazer umas coisas, abrimos mão de outras. Então, temos de fazer uma gestão adequada, sempre uma lista de custos e benefícios. É importante sabermos para onde queremos ir.

“E muita gente vive uma vida sem uma direcção concreta. E sobre construir influência, como é que eu inspiro? Qual é a minha missão? Como é que eu sirvo? Como é que impacto? Como é que transformo? O grande desafio, e eu falo muito disso, porque nós temos de descolonizar as nossas mentes, no nosso quotidiano, há coisas que a gente não sabe que não sabe, e há muitas coisas negativas, que hoje ninguém consegue medir o impacto”, comentou.

Além disso, referiu, a filosofia de que quando estamos a crescer ou subir estão a nos puxar para baixo é mais comum do que a gente imagina, entendendo que existe uma sincronicidade entre a vida e o universo. Quando estamos doentes, quando sentimos dores, são só avisos de que o nosso corpo não está bem, porque tudo depende da nossa percepção e preparação. 

“A vida está sempre a informar-nos, somos nós quem não costumamos ouvir. Eu vivo à base das energias, porque eu acredito que cada um de nós tem o seu sucesso, o seu talento e os seus sonhos, mas precisa descolonizar a sua mente, no quotidiano, retirar tudo o que não interessa e depositar no lixo. No quotidiano, nós vamos falhar e cair, e a única formar de prosseguir na caminhada é estarmos recarregados com energia todo o tempo”, sublinhou.

Por outro lado, a fonte adveriu que networking  não é andar com cartões de visitas e andar a distribuí-los, mas sim, primeiro,  pesquisar sobre a pessoa com quem vai se falar, o que a pessoa gosta, o que não gosta, principalmente em conferências.

“As abordagens utilizadas nestes ambientes para gerar networking baseiam-se exactamente na referência aos gostos da pessoa. E este é um ponto verdadeiro. Um ponto de influenciar alguém não passa pela crítica ao início, e sim pela conversa que serve como fonte para identificar questões a serem trabalhadas”, finalizou.

*Com Natália Delessi

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

A oradora internacional moçambicana Tânia Tomé afirmou em Luanda que a única forma de assimilar conhecimentos é pela experiência, pois, sem a experiência, o conhecimento é uma mera informação, “não faz diferença”.

Para a presidente da plataforma de empoderamento juvenil Womenice, “muitos de nós vamos para as conferências, fazemos treinamentos e formações, mas não praticamos aquela informação e ainda assim achamos que foi suficiente”, crendo ela que “as verdadeiras mudanças começam quando nós praticamos”.

Falando sobre “Construir influência”, por ocasião da 4ª edição da Conferência Internacional de Liderança Move Angola, onde foi oradora convidada, Tânia Tomé entende que os países africanos têm graves problemas de liderança porque “as pessoas que têm o poder de liderança, grande parte delas não é líder”, sendo necessário que as pessoas se eduquem e percebam que esse sucesso todo, “necessário para transformar as nações, depende de instituições, mas as instituições dependem de pessoas”. 

“Então, tudo começa pelo indivíduo. Só que, para transformarmos as nossas nações, nós precisamos de colectividade. E essa liderança consiste em influenciar, servir, impactar e dirigir caminhos, não interessando se o meu ciclo é pequeno, familiar ou na comunidade”, observou a interlocutora, que disse ainda que infelizmente nós não controlamos o nosso nível de pensamentos diários, positivos e negativos, sendo que, “muito mais do que imaginamos, se o processo de liderança interna falha, tudo falha, por isso precisamos conversar connosco mesmos”.

No entender da palestrante, que possui 20 anos de experiência profissional, “um dos problemas que nós temos na nossa sociedade, da mentalidade que temos de descolonizar, é não acreditarmos que somos capazes”. “Tudo é uma experiência, ninguém ganha novos resultados se não tiver uma experiência. Então, isto de construir influência, como é que pode acontecer? Naturalmente, nós temos de ter uma visão, e a questão é ser, e não ter. O ser nunca desaparece, só se acrescenta, ao passo que o ter pode desaparecer, hoje eu posso ter, amanhã posso não ter. Então, deve existir um investimento coerente no ser. E esta questão, mais do que imaginamos, é extremamente importante, porque ninguém se pergunta o porquê, ninguém se pergunta qual é o meu propósito ou missão e ficamos numa música célebre sobre “deixa a vida nos levar”, mas a vida não pode nos levar, nós temos de levar a vida”, exortou.

Consagrada uma das 100 Mais Influentes do Mundo pelo Mipad-New, Tânia afirmou que existe um custo de oportunidades pelas escolhas que fazemos. Quando decidimos fazer umas coisas, abrimos mão de outras. Então, temos de fazer uma gestão adequada, sempre uma lista de custos e benefícios. É importante sabermos para onde queremos ir.

“E muita gente vive uma vida sem uma direcção concreta. E sobre construir influência, como é que eu inspiro? Qual é a minha missão? Como é que eu sirvo? Como é que impacto? Como é que transformo? O grande desafio, e eu falo muito disso, porque nós temos de descolonizar as nossas mentes, no nosso quotidiano, há coisas que a gente não sabe que não sabe, e há muitas coisas negativas, que hoje ninguém consegue medir o impacto”, comentou.

Além disso, referiu, a filosofia de que quando estamos a crescer ou subir estão a nos puxar para baixo é mais comum do que a gente imagina, entendendo que existe uma sincronicidade entre a vida e o universo. Quando estamos doentes, quando sentimos dores, são só avisos de que o nosso corpo não está bem, porque tudo depende da nossa percepção e preparação. 

“A vida está sempre a informar-nos, somos nós quem não costumamos ouvir. Eu vivo à base das energias, porque eu acredito que cada um de nós tem o seu sucesso, o seu talento e os seus sonhos, mas precisa descolonizar a sua mente, no quotidiano, retirar tudo o que não interessa e depositar no lixo. No quotidiano, nós vamos falhar e cair, e a única formar de prosseguir na caminhada é estarmos recarregados com energia todo o tempo”, sublinhou.

Por outro lado, a fonte adveriu que networking  não é andar com cartões de visitas e andar a distribuí-los, mas sim, primeiro,  pesquisar sobre a pessoa com quem vai se falar, o que a pessoa gosta, o que não gosta, principalmente em conferências.

“As abordagens utilizadas nestes ambientes para gerar networking baseiam-se exactamente na referência aos gostos da pessoa. E este é um ponto verdadeiro. Um ponto de influenciar alguém não passa pela crítica ao início, e sim pela conversa que serve como fonte para identificar questões a serem trabalhadas”, finalizou.

*Com Natália Delessi

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