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Empreendedorismo

“A dificuldade, para um empreendedor, é mais um aprendizado”, afirma Jair Pereira

“A dificuldade, para um empreendedor, é mais um aprendizado”, afirma Jair Pereira
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O angolano é, por natureza, empreendedor, mas o empreendedorismo ainda é feito de forma muito tímida no país, o que obriga continuar a potencializar as pessoas, com formação e financiamento, para que a essa actividade cresça de forma significativa, defendeu o empreendedor Jair Pereira.

De acordo com a fonte, o empreendedorismo é de capital importância para o desenvolvimento económico do país, visando fomentar mais postos de trabalho e serve de auxílio para as políticas económicas e sociais do Estado, sendo que “é a partir de acções empreendedoras que se começa a ter uma sociedade mais dependente de si mesma, tirando assim o peso do Estado” como o maior empregador.

Face à situação económica que o país atravessa nos últimos tês anos, devido à baixa do preço do petróleo – principal fonte de receitas no PIB nacional - no mercado internacional, ao ONgoma News, Jair Pereira declarou que o empreendedor deve ser persistente e resiliente, investindo sempre na inovação e atitude, para que sobreviva na conjuntura actual.

 “É neste momento de crise que quem quer mostrar que é mesmo empreendedor deve continuar, porque a dificuldade, para um empreendedor, é mais um aprendizado”, defendeu, caracterizando a crise como um “fenómeno bom para os bons”. “Diante desta escassez de oportunidade, nós temos que criar de forma mais organizada. A crise é oportunidade, mas as pessoas têm que perceber como fazerem as oportunidades acontecerem”, continuou.

Nesta perspectiva, assegurou, o segredo é ser mais expedito e exige uma intervenção directa dos motivadores a envolverem as pessoas a buscar pela resolução do problema e não olharem ao Estado como solução. Por outro lado, para se chegar ao diferencial competitivo no mercado de negócios, a fonte aconselha inovação, excelência, trabalho personalizado e ir ao encontro do cliente ao invés de esperar que ele venha ao fornecedor.

“Temos de ser mais expeditos. Os empresários angolanos pensam que isso é mal, mas é boa concorrência. Eu gosto deste desafio, porque aí vou ter que me capacitar mais para poder passar o conhecimento com maior afinco, então eu acho que nós devemos continuar a lutar e aprender todos os dias”, defendeu.

“O momento de Fazer é Agora”

Jair Pereira acrescenta que o livro traz uma proposta de valor, com base na auto-estima, motivação, liderança, empreendedorismo e persistência.

O também autor, cujo primeiro livro “O momento de Fazer é Agora” vai ser lançado amanhã, por volta das 18 horas, no HCTA, em Luanda, informou que esta obra surge com o propósito de dotar os empreendedores, e leitores em geral, de noções sobre a necessidade de estabelecerem o momento exacto, manter uma base para começar a empreender e ter um relacionamento diferente, “uma vez que nos encontramos em mudança de paradigma financeiro e de consciência”.

Jair Pereira acrescenta que o livro traz uma proposta de valor, com base na auto-estima, motivação, liderança, empreendedorismo e persistência. E acrescenta ainda que a ausência da “força para começar” é um dos maiores obstáculos que os aspirantes a empreendedores enfrentam em Angola, especialmente a camada jovem.

Sobre investimentos, um factor fulcral para o desenvolvimento da actividade empreendedora no país, Jair Pereira reconheceu que o investidor precisa, acima de tudo, identificar o negócio para que realmente tenha lucro, não só a curto mas também a longo prazo, evitando assim os negócios que funcionam de forma volátil. Sendo assim, prosseguiu, “não pode de forma nenhuma pôr o dinheiro num negócio que ele sabe que não lhe vai fornecer um resultado financeiro positivo”, daí que é fundamental o empreendedor ou investidor prever e fazer um bom estudo de mercado e outro de viabilidade, a fim de saber como vai ser o futuro do empreendimento.

Entretanto, questionado sobre como é que avalia a realização de conferências e workshops, em termos de oferta e qualidade de serviços, o entrevistado afirmou que em Angola este é um segmento de negócio recente, estando a surgir agora muitas forças que se juntam àqueles que estão no mercado há já 10 anos, mas a nova vaga que actualmente se levanta, não se encontra muitos oradores humildes.

“Ou queremos ajudar as pessoas, ou queremos ajudar a nós mesmos”

"O coach tem que esperar que o resultado advenha do seu coachee e este é o grande objectivo”

“Nós temos que saber o que realmente queremos. Ou queremos ajudar as pessoas, ou queremos ajudar a nós mesmos. Dos oradores que estão a surgir agora não vemos aquele espírito de servidão e também de capacitação, pelo que muitas vezes a informação que é passada não é do seu domínio nem se reveste da sua vivência, porque um verdadeiro empreendedor tem que vivenciar as situações. Ou seja, se nunca empreendeu na sua vida, não pode de forma alguma transmitir um valor positivo para alguém que quer empreender. Para o efeito, precisamos de capacitar-nos mais, ser mais humildes e ir buscar as experiências para transmitirmos as pessoas de forma concreta”, aconselhou.

Por último, Jair Pereira considera haver algum aproveitamento e falta de preparação de alguns coaches e orientadores que se esquecendo que o trabalho não é meramente para exibicionismo, porém, “é para orientar, ajudar as pessoas com paixão e dedicação, para não levar o aprendiz ou um caminho errado. O coach tem que esperar que o resultado advenha do seu coachee e este é o grande objectivo”, concluiu.

Destaque

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Pedro Kididi

Jornalista

O angolano é, por natureza, empreendedor, mas o empreendedorismo ainda é feito de forma muito tímida no país, o que obriga continuar a potencializar as pessoas, com formação e financiamento, para que a essa actividade cresça de forma significativa, defendeu o empreendedor Jair Pereira.

De acordo com a fonte, o empreendedorismo é de capital importância para o desenvolvimento económico do país, visando fomentar mais postos de trabalho e serve de auxílio para as políticas económicas e sociais do Estado, sendo que “é a partir de acções empreendedoras que se começa a ter uma sociedade mais dependente de si mesma, tirando assim o peso do Estado” como o maior empregador.

Face à situação económica que o país atravessa nos últimos tês anos, devido à baixa do preço do petróleo – principal fonte de receitas no PIB nacional - no mercado internacional, ao ONgoma News, Jair Pereira declarou que o empreendedor deve ser persistente e resiliente, investindo sempre na inovação e atitude, para que sobreviva na conjuntura actual.

 “É neste momento de crise que quem quer mostrar que é mesmo empreendedor deve continuar, porque a dificuldade, para um empreendedor, é mais um aprendizado”, defendeu, caracterizando a crise como um “fenómeno bom para os bons”. “Diante desta escassez de oportunidade, nós temos que criar de forma mais organizada. A crise é oportunidade, mas as pessoas têm que perceber como fazerem as oportunidades acontecerem”, continuou.

Nesta perspectiva, assegurou, o segredo é ser mais expedito e exige uma intervenção directa dos motivadores a envolverem as pessoas a buscar pela resolução do problema e não olharem ao Estado como solução. Por outro lado, para se chegar ao diferencial competitivo no mercado de negócios, a fonte aconselha inovação, excelência, trabalho personalizado e ir ao encontro do cliente ao invés de esperar que ele venha ao fornecedor.

“Temos de ser mais expeditos. Os empresários angolanos pensam que isso é mal, mas é boa concorrência. Eu gosto deste desafio, porque aí vou ter que me capacitar mais para poder passar o conhecimento com maior afinco, então eu acho que nós devemos continuar a lutar e aprender todos os dias”, defendeu.

“O momento de Fazer é Agora”

Jair Pereira acrescenta que o livro traz uma proposta de valor, com base na auto-estima, motivação, liderança, empreendedorismo e persistência.

O também autor, cujo primeiro livro “O momento de Fazer é Agora” vai ser lançado amanhã, por volta das 18 horas, no HCTA, em Luanda, informou que esta obra surge com o propósito de dotar os empreendedores, e leitores em geral, de noções sobre a necessidade de estabelecerem o momento exacto, manter uma base para começar a empreender e ter um relacionamento diferente, “uma vez que nos encontramos em mudança de paradigma financeiro e de consciência”.

Jair Pereira acrescenta que o livro traz uma proposta de valor, com base na auto-estima, motivação, liderança, empreendedorismo e persistência. E acrescenta ainda que a ausência da “força para começar” é um dos maiores obstáculos que os aspirantes a empreendedores enfrentam em Angola, especialmente a camada jovem.

Sobre investimentos, um factor fulcral para o desenvolvimento da actividade empreendedora no país, Jair Pereira reconheceu que o investidor precisa, acima de tudo, identificar o negócio para que realmente tenha lucro, não só a curto mas também a longo prazo, evitando assim os negócios que funcionam de forma volátil. Sendo assim, prosseguiu, “não pode de forma nenhuma pôr o dinheiro num negócio que ele sabe que não lhe vai fornecer um resultado financeiro positivo”, daí que é fundamental o empreendedor ou investidor prever e fazer um bom estudo de mercado e outro de viabilidade, a fim de saber como vai ser o futuro do empreendimento.

Entretanto, questionado sobre como é que avalia a realização de conferências e workshops, em termos de oferta e qualidade de serviços, o entrevistado afirmou que em Angola este é um segmento de negócio recente, estando a surgir agora muitas forças que se juntam àqueles que estão no mercado há já 10 anos, mas a nova vaga que actualmente se levanta, não se encontra muitos oradores humildes.

“Ou queremos ajudar as pessoas, ou queremos ajudar a nós mesmos”

"O coach tem que esperar que o resultado advenha do seu coachee e este é o grande objectivo”

“Nós temos que saber o que realmente queremos. Ou queremos ajudar as pessoas, ou queremos ajudar a nós mesmos. Dos oradores que estão a surgir agora não vemos aquele espírito de servidão e também de capacitação, pelo que muitas vezes a informação que é passada não é do seu domínio nem se reveste da sua vivência, porque um verdadeiro empreendedor tem que vivenciar as situações. Ou seja, se nunca empreendeu na sua vida, não pode de forma alguma transmitir um valor positivo para alguém que quer empreender. Para o efeito, precisamos de capacitar-nos mais, ser mais humildes e ir buscar as experiências para transmitirmos as pessoas de forma concreta”, aconselhou.

Por último, Jair Pereira considera haver algum aproveitamento e falta de preparação de alguns coaches e orientadores que se esquecendo que o trabalho não é meramente para exibicionismo, porém, “é para orientar, ajudar as pessoas com paixão e dedicação, para não levar o aprendiz ou um caminho errado. O coach tem que esperar que o resultado advenha do seu coachee e este é o grande objectivo”, concluiu.

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