Caneta e Papel
Crónica

A bênção de regressar a casa

A bênção de regressar a casa
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Depois da queda trágica de um helicóptero, dois reis, três rainhas, três princesas e o seu piloto perderam a vida.

O grande destaque desta informação é que um dos reis chamava-se Kobe Bryant. Nos campos de basquetebol, nos negócios, no seu lar e na sua comunidade foi um Rei. Um grande Rei. E por este reinado tão curto, encontra destaque nos campos Elísios  da história da humanidade.

É sempre perante a morte que nos questionamos vezes sem conta sobre a validade da vida, sobre o sentido da vida, sobre o quão afortunados somos, enquanto ainda por aqui andamos.

Naquele dia fatídico, nove famílias ficaram intensamente feridas e o mundo inteiro solidarizou-se, desejando que fosse um pesadelo comum para que todos pudéssemos despertar e não ter de pensar novamente no sentido da vida, no porquê de uns partirem tão cedo e outros não…enfim.

Entretanto, o mundo chorava, pouco, a morte de milhares de pessoas afectadas por doenças como a Covid, ou de pessoas que em viagem sofreram um grave acidente e ali ficaram, ou ainda de indivíduos que no meio de conflitos políticos e ideológicos viram-se privados de regressar alegres e saudáveis a casa.

Sim, perdemo-nos com tanta informação, tanta distracção que tomamos como certo e garantido que voltaremos a casa para dar aquele beijo e aquele abraço às pessoas que amamos. Tomamos como certo voltar a deitar naquela cama sem medo de bombardeamentos ou assaltos. Tomamos como certo e garantido que teremos alimento para o corpo e para a alma na manhã seguinte. Tomamos como garantida a água necessária para beber ou o corpo lavar. Tomamos como garantida a própria garantia.

Perante estas verdades certas, resta o aceitar e aproveitar do Agora. Seja a agradecer, seja a procrastinar, seja a escrever, seja a amar. Realmente, tomamos como garantido o regresso a casa. Agora que nos lembramos que não é sempre assim, vale aproveitar o segundo presente e o segundo seguinte.

Viver é a maior homenagem que podemos fazer aos que já não são!

... Perdemo-nos com tanta informação, tanta distracção que tomamos como certo e garantido que voltaremos a casa para dar aquele beijo e aquele abraço às pessoas que amamos. Tomamos como certo voltar a deitar naquela cama sem medo de bombardeamentos ou assaltos.

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Edilson Buchartts

Cronista

Depois da queda trágica de um helicóptero, dois reis, três rainhas, três princesas e o seu piloto perderam a vida.

O grande destaque desta informação é que um dos reis chamava-se Kobe Bryant. Nos campos de basquetebol, nos negócios, no seu lar e na sua comunidade foi um Rei. Um grande Rei. E por este reinado tão curto, encontra destaque nos campos Elísios  da história da humanidade.

É sempre perante a morte que nos questionamos vezes sem conta sobre a validade da vida, sobre o sentido da vida, sobre o quão afortunados somos, enquanto ainda por aqui andamos.

Naquele dia fatídico, nove famílias ficaram intensamente feridas e o mundo inteiro solidarizou-se, desejando que fosse um pesadelo comum para que todos pudéssemos despertar e não ter de pensar novamente no sentido da vida, no porquê de uns partirem tão cedo e outros não…enfim.

Entretanto, o mundo chorava, pouco, a morte de milhares de pessoas afectadas por doenças como a Covid, ou de pessoas que em viagem sofreram um grave acidente e ali ficaram, ou ainda de indivíduos que no meio de conflitos políticos e ideológicos viram-se privados de regressar alegres e saudáveis a casa.

Sim, perdemo-nos com tanta informação, tanta distracção que tomamos como certo e garantido que voltaremos a casa para dar aquele beijo e aquele abraço às pessoas que amamos. Tomamos como certo voltar a deitar naquela cama sem medo de bombardeamentos ou assaltos. Tomamos como certo e garantido que teremos alimento para o corpo e para a alma na manhã seguinte. Tomamos como garantida a água necessária para beber ou o corpo lavar. Tomamos como garantida a própria garantia.

Perante estas verdades certas, resta o aceitar e aproveitar do Agora. Seja a agradecer, seja a procrastinar, seja a escrever, seja a amar. Realmente, tomamos como garantido o regresso a casa. Agora que nos lembramos que não é sempre assim, vale aproveitar o segundo presente e o segundo seguinte.

Viver é a maior homenagem que podemos fazer aos que já não são!

... Perdemo-nos com tanta informação, tanta distracção que tomamos como certo e garantido que voltaremos a casa para dar aquele beijo e aquele abraço às pessoas que amamos. Tomamos como certo voltar a deitar naquela cama sem medo de bombardeamentos ou assaltos.

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