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Yola Balanga protagoniza residência artística “Kimpa21”

Yola Balanga protagoniza residência artística “Kimpa21”
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Numa parceria entre o Laboratório de Crítica e Curadoria [LabCC] e o Espaço Luanda Arte (ELA), a artista visual angolana Yola Balanga inicou nesta semana, dia 20, uma residência e intervenção urbana, que terá a duração de um mês, em homenagem à Kimpa Vita.

“Kimpa21” é uma residência artística e intervenção criada na intersecção arte, activismos e a acção em espaços públicos, que, com mote na exemplar resistência de Kimpa Vita, profetiza e líder política do Reino do Congo, alberga uma mulher artista durante um mês, numa prática artística e/ou discursiva que funcione como uma incitação à acção, onde a primeira participação é de Yola Balanga.

O nome vem no sentido de redescobrir neste 21, o legado deixado por esta profetiza e líder do século XVII, refira-se.

Durante a residência, a artista convidada participará numa dinâmica programação que conecte a sua produção com formas e agendas de pesquisa e reflexão numa óptica activista e da micropolitica, de acordo com o comunicado enviado ao ONgoma News.

Serão debates, workshops, colaborações, apresentações e culminará primordialmente numa intervenção urbana como resultado do projecto desenvolvido, sendo que esta poderá ocorrer como uma ocupação de um espaço público, ou, ainda, numa publicação, exibição ou evento discursivo, um projecto financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian através do seu fundo de mobilidade que foi convertido em uma residência para contornar o fechamento das fronteiras..

Entretanto, em entrevista ao ONgoma News, Yola Balanga declarou que “a ideia de se trabalhar esse tema nessa residência é em criar narrativas associadas aos feitos de Kimpa Vita em um tempo mais contemporâneo”.

Para a também performer, assim como Njinga Mbande, Kimpa Vita é uma  figura que deve  influenciar muitos, nos feitos de hoje, pela sua bravura e resistência na luta contra o tráfico de escravos e um elemento que para  si tem um foco muito grande - a sua espiritualidade.

“Achei que essa colaboração funcionaria muito bem. O LabCC é uma plataforma que nos últimos tempos tem ganhado muita visibilidade digital, e em termos de pensar produção e conceitos, meios com que nos identificamos e por ser artista do ELA seria uma junção perfeita”, expressou Yola Balanga, quanto à colaboração entre os mentores do projecto.

Nascida em Luanda, onde reside e trabalha, Yola Balanga é artista visula e performer, licenciada em Artes Visuais e Plásticas, pelo Instituto Superior de Artes. Como uma linguagem mais ligada ao corpo feminino como um sistema de símbolos, voltou-se para Performance Art, linguagem assumida por si como sendo o meio perfeito para reivindicar e acima de tudo transcender, navegando em várias linguagens por intermédio da performance. Define-se como um corpo expandido.

Kimpa Vita nasceu em 1684 e participou de lutas contra a escravidão e, usando seu movimento Antonianismo, lutou em busca de uma unificação do Reino do Congo contra formas cristãs de dominação e divisão do povo.

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

Numa parceria entre o Laboratório de Crítica e Curadoria [LabCC] e o Espaço Luanda Arte (ELA), a artista visual angolana Yola Balanga inicou nesta semana, dia 20, uma residência e intervenção urbana, que terá a duração de um mês, em homenagem à Kimpa Vita.

“Kimpa21” é uma residência artística e intervenção criada na intersecção arte, activismos e a acção em espaços públicos, que, com mote na exemplar resistência de Kimpa Vita, profetiza e líder política do Reino do Congo, alberga uma mulher artista durante um mês, numa prática artística e/ou discursiva que funcione como uma incitação à acção, onde a primeira participação é de Yola Balanga.

O nome vem no sentido de redescobrir neste 21, o legado deixado por esta profetiza e líder do século XVII, refira-se.

Durante a residência, a artista convidada participará numa dinâmica programação que conecte a sua produção com formas e agendas de pesquisa e reflexão numa óptica activista e da micropolitica, de acordo com o comunicado enviado ao ONgoma News.

Serão debates, workshops, colaborações, apresentações e culminará primordialmente numa intervenção urbana como resultado do projecto desenvolvido, sendo que esta poderá ocorrer como uma ocupação de um espaço público, ou, ainda, numa publicação, exibição ou evento discursivo, um projecto financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian através do seu fundo de mobilidade que foi convertido em uma residência para contornar o fechamento das fronteiras..

Entretanto, em entrevista ao ONgoma News, Yola Balanga declarou que “a ideia de se trabalhar esse tema nessa residência é em criar narrativas associadas aos feitos de Kimpa Vita em um tempo mais contemporâneo”.

Para a também performer, assim como Njinga Mbande, Kimpa Vita é uma  figura que deve  influenciar muitos, nos feitos de hoje, pela sua bravura e resistência na luta contra o tráfico de escravos e um elemento que para  si tem um foco muito grande - a sua espiritualidade.

“Achei que essa colaboração funcionaria muito bem. O LabCC é uma plataforma que nos últimos tempos tem ganhado muita visibilidade digital, e em termos de pensar produção e conceitos, meios com que nos identificamos e por ser artista do ELA seria uma junção perfeita”, expressou Yola Balanga, quanto à colaboração entre os mentores do projecto.

Nascida em Luanda, onde reside e trabalha, Yola Balanga é artista visula e performer, licenciada em Artes Visuais e Plásticas, pelo Instituto Superior de Artes. Como uma linguagem mais ligada ao corpo feminino como um sistema de símbolos, voltou-se para Performance Art, linguagem assumida por si como sendo o meio perfeito para reivindicar e acima de tudo transcender, navegando em várias linguagens por intermédio da performance. Define-se como um corpo expandido.

Kimpa Vita nasceu em 1684 e participou de lutas contra a escravidão e, usando seu movimento Antonianismo, lutou em busca de uma unificação do Reino do Congo contra formas cristãs de dominação e divisão do povo.

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