O músico angolano Vladmiro Gonga afirmou nesse sábado estar em constante crescimento e deselvolvimento, “porque a música é uma ciência dinâmica e todos os dias ela traz coisas novas”, numa altura em que acaba de trazer ao público o seu segundo e mais recente álbum, “Uazekele”, que é um “bom dia” servido para o povo angolano.
Segundo o cantor e violonista, há pessoas que se dedicam só a criar coisas novas e ele é uma dessas pessoas, reforçando que não ensaia, mas sim estuda, e nunca o verão a tocar uma música sua sempre da mesma forma.
“Cada show eu faço diferente, então eu sou diferente quando se trata de música, porque quando estou com a música sou completamente diferente, nunca sou a mesma pessoa”, acrescentou, por ocasião da apresentação da obra discográfica e show correspondente, na Fundação Arte e Cultura, quando declarou que “podem esperar um Gonga diferente do álbum passado, mas com a mesma continuidade”, por ambos terem ligação.
Oito anos depois de “Massemba Jazz”, seu primeiro trabalho discográfico, é hora para um recomeço, uma oportunidade de aproveitar o dia que passa e “fazer hoje o que não conseguimos ontem”. É esse o significado profundo de “Uazekele”, projecto de 12 faixas musicais, que vem de uma preparação de 5 anos, antes mesmo da produção.
“Eu comecei a estruturar as composições em função das pesquisas tradicionais que eu fui fazendo em relação à História e algumas histórias que ouvia em programas de televisão, histórias da cidade de Luanda e outras que ouvi nas outras províncias. Fiz pesquisas de ritmos tradicionais angolanos, fui preparando todo esse acerto para depois começar a compor algumas canções, também em função das danças de Carnaval”, contou, tendo referido que só depois dessa estruturação é que começou a gravar o disco.
Sobre que estilos traz nessa obra que concentra vários ritmos, embora sem perder o acento africano e com um toque seu, Vladmiro Gonga fez saber que há muitos anos vem tentando estabelecer uma forma de Jazz angolano, à semelhança de quem vai para a África do Sul encontra uma forma diferente do Jazz dos norte-americanos, ou quem vai para o Brazil encontra a Bossa Nova, uma forma de Jazz. “Hoje tu vais a Portugal e consegues entender o António Zambujo, Salvador Sobral, Luísa Sobral, Ana Moura, músicos que estruturaram uma nova forma do Jazz português, e é assim que eu tenho estado a fazer. Comecei com a Massemba, combinando com o Jazz, Massemba-Semba e hoje em dia muita gente já faz Massemba”, argumentou, tendo sublinhado que o novo disco é a continuidade dessa ideia.
Entretanto, o também arranjista espera que esse álbum seja muito bem recebido, pois o trabalho foi árduo e feito com muito carinho. “Fui muito criterioso na selecção dos instrumentistas e todos os técnicos que trabalharam comigo, foi um disco muito caro, e é importante que as pessoas olhem para esse disco como uma forma de renovação estética dos rítmos tradicionais angolanos e modernos”, expressou o artista, considerando ser um disco escola, onde músicos e não só podem usá-lo para aprenderem, para ouvirem e entenderem um pouco mais da cultura angolana e perceberem que ela é muito mais profunda.
“Não é só o nosso Kuduro, o Rap, Kizomba e Semba. Há outras coisas bonitas para se explorar dos ritmos tradicionais angolanos”, defendeu.
Gonga adiantou por fim que os CDs estão também à venda nas plataformas digitais, além de todas as lojas físicas, “desde o bazar da LAC e tantas outras”, mas estão igualmente estruturadas turnês para todas as províncias.
*Com Rodeth Dos Anjos
O músico angolano Vladmiro Gonga afirmou nesse sábado estar em constante crescimento e deselvolvimento, “porque a música é uma ciência dinâmica e todos os dias ela traz coisas novas”, numa altura em que acaba de trazer ao público o seu segundo e mais recente álbum, “Uazekele”, que é um “bom dia” servido para o povo angolano.
Segundo o cantor e violonista, há pessoas que se dedicam só a criar coisas novas e ele é uma dessas pessoas, reforçando que não ensaia, mas sim estuda, e nunca o verão a tocar uma música sua sempre da mesma forma.
“Cada show eu faço diferente, então eu sou diferente quando se trata de música, porque quando estou com a música sou completamente diferente, nunca sou a mesma pessoa”, acrescentou, por ocasião da apresentação da obra discográfica e show correspondente, na Fundação Arte e Cultura, quando declarou que “podem esperar um Gonga diferente do álbum passado, mas com a mesma continuidade”, por ambos terem ligação.
Oito anos depois de “Massemba Jazz”, seu primeiro trabalho discográfico, é hora para um recomeço, uma oportunidade de aproveitar o dia que passa e “fazer hoje o que não conseguimos ontem”. É esse o significado profundo de “Uazekele”, projecto de 12 faixas musicais, que vem de uma preparação de 5 anos, antes mesmo da produção.
“Eu comecei a estruturar as composições em função das pesquisas tradicionais que eu fui fazendo em relação à História e algumas histórias que ouvia em programas de televisão, histórias da cidade de Luanda e outras que ouvi nas outras províncias. Fiz pesquisas de ritmos tradicionais angolanos, fui preparando todo esse acerto para depois começar a compor algumas canções, também em função das danças de Carnaval”, contou, tendo referido que só depois dessa estruturação é que começou a gravar o disco.
Sobre que estilos traz nessa obra que concentra vários ritmos, embora sem perder o acento africano e com um toque seu, Vladmiro Gonga fez saber que há muitos anos vem tentando estabelecer uma forma de Jazz angolano, à semelhança de quem vai para a África do Sul encontra uma forma diferente do Jazz dos norte-americanos, ou quem vai para o Brazil encontra a Bossa Nova, uma forma de Jazz. “Hoje tu vais a Portugal e consegues entender o António Zambujo, Salvador Sobral, Luísa Sobral, Ana Moura, músicos que estruturaram uma nova forma do Jazz português, e é assim que eu tenho estado a fazer. Comecei com a Massemba, combinando com o Jazz, Massemba-Semba e hoje em dia muita gente já faz Massemba”, argumentou, tendo sublinhado que o novo disco é a continuidade dessa ideia.
Entretanto, o também arranjista espera que esse álbum seja muito bem recebido, pois o trabalho foi árduo e feito com muito carinho. “Fui muito criterioso na selecção dos instrumentistas e todos os técnicos que trabalharam comigo, foi um disco muito caro, e é importante que as pessoas olhem para esse disco como uma forma de renovação estética dos rítmos tradicionais angolanos e modernos”, expressou o artista, considerando ser um disco escola, onde músicos e não só podem usá-lo para aprenderem, para ouvirem e entenderem um pouco mais da cultura angolana e perceberem que ela é muito mais profunda.
“Não é só o nosso Kuduro, o Rap, Kizomba e Semba. Há outras coisas bonitas para se explorar dos ritmos tradicionais angolanos”, defendeu.
Gonga adiantou por fim que os CDs estão também à venda nas plataformas digitais, além de todas as lojas físicas, “desde o bazar da LAC e tantas outras”, mas estão igualmente estruturadas turnês para todas as províncias.
*Com Rodeth Dos Anjos