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Universidades apresentam baixa produção de livros

Universidades apresentam baixa produção de livros
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As universidades do país produzem poucos livros científicos, afirmou ontem, em Luanda, o secretário de Estado do Ensino Superior, Eugénio Silva, durante a abertura da VI edição da Feira do Livro da Universidade Agostinho Neto (UAN), inaugurada por Maria Eugénia Neto, viúva do fundador da Nação, António Agostinho Neto.

Na ocasião, Eugénio Silva considerou que a universidade é um factor importante para o desenvolvimento da sociedade. Por isso, no que diz respeito à produção de livros científicos, realçou que o desejável é fazer com que os projectos de investigação dos angolanos sejam conhecidos internacionalmente.

“É através da produção científica, das publicações em revistas e livros que uma instituição demonstra a sua capacidade e o seu potencial em produzir conhecimentos e se tornar reconhecida no meio académico internacional”, disse, tendo justificado que a fraca produção e divulgação de livros científicos no país deve-se à falta de financiamentos.

Todavia, deu a conhecer que  o Ministério do Ensino Superior Ciência e Tecnologia e Inovação está a criar o fundo para o desenvolvimento das tecnologias, que terá como prioridade captar recursos para os tornar fontes de financiamento para investigação e divulgação científica.

O dirigente considera que a realização da feira representa, por um lado, a demonstração daquilo que tem sido a produção científica das unidades orgânicas da Universidade Agostinho Neto e também o potencial do ponto de vista da bibliografia disponível para que os estudantes possam aprender e tornar-se futuros profissionais.

“Na feira, há editoras que têm à disposição livros e manuais que podem ser úteis para as pessoas se informarem em diferentes cursos. Consideramos ser uma actividade importante, o que demonstra que a universidade está viva e se preocupa com as questões da instrução, formação e produção de conhecimentos.”

O governante considera também que a feira serve de incentivo para leitura, o que não acontece de forma periódica, porque os docentes devem passar a recomendar trabalhos que obrigam os estudantes a ler todo o tipo de livros.

Por sua vez, Maria Eugénia Neto disse que, para incentivar mais os jovens à leitura, o Executivo deve fechar as discotecas, criar políticas que desincentivem o consumo exagerado do álcool, promovendo mais sítios onde haja livros disponíveis para leitura.

“A leitura faz muita falta, pois, normalmente, quando um escritor escreve, dá o melhor de si para nós bebermos estes conhecimentos. A juventude precisa de ler e começar a pensar que a vida não é só dançar, a ciência tem de ser introduzida na mente deles”, considerou a também escritora, citada pelo Jornal de Angola.

Com o lema “A cada leitura, uma nova visão de futuro”, a sexta edição da Feira do Livro alberga 17 editoras e nove representações orgânicas da UAN, que expõem livros diversos e diferentes serviços.

O evento visa incentivar os estudantes à leitura, pela aproximação ao material didáctico, integrar a comunidade académica, facilitar o contacto com a literatura, divulgar os trabalhos de autores, editoras, ilustradores e outras pessoas da comunidade envolvidas com o livro e a leitura.  

A feira decorre no parque do Centro Nacional de Investigação Científica (CNIC), cuja cerimónia de abertura contou com a presença de reitores, docentes e estudantes.

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Redacção

As universidades do país produzem poucos livros científicos, afirmou ontem, em Luanda, o secretário de Estado do Ensino Superior, Eugénio Silva, durante a abertura da VI edição da Feira do Livro da Universidade Agostinho Neto (UAN), inaugurada por Maria Eugénia Neto, viúva do fundador da Nação, António Agostinho Neto.

Na ocasião, Eugénio Silva considerou que a universidade é um factor importante para o desenvolvimento da sociedade. Por isso, no que diz respeito à produção de livros científicos, realçou que o desejável é fazer com que os projectos de investigação dos angolanos sejam conhecidos internacionalmente.

“É através da produção científica, das publicações em revistas e livros que uma instituição demonstra a sua capacidade e o seu potencial em produzir conhecimentos e se tornar reconhecida no meio académico internacional”, disse, tendo justificado que a fraca produção e divulgação de livros científicos no país deve-se à falta de financiamentos.

Todavia, deu a conhecer que  o Ministério do Ensino Superior Ciência e Tecnologia e Inovação está a criar o fundo para o desenvolvimento das tecnologias, que terá como prioridade captar recursos para os tornar fontes de financiamento para investigação e divulgação científica.

O dirigente considera que a realização da feira representa, por um lado, a demonstração daquilo que tem sido a produção científica das unidades orgânicas da Universidade Agostinho Neto e também o potencial do ponto de vista da bibliografia disponível para que os estudantes possam aprender e tornar-se futuros profissionais.

“Na feira, há editoras que têm à disposição livros e manuais que podem ser úteis para as pessoas se informarem em diferentes cursos. Consideramos ser uma actividade importante, o que demonstra que a universidade está viva e se preocupa com as questões da instrução, formação e produção de conhecimentos.”

O governante considera também que a feira serve de incentivo para leitura, o que não acontece de forma periódica, porque os docentes devem passar a recomendar trabalhos que obrigam os estudantes a ler todo o tipo de livros.

Por sua vez, Maria Eugénia Neto disse que, para incentivar mais os jovens à leitura, o Executivo deve fechar as discotecas, criar políticas que desincentivem o consumo exagerado do álcool, promovendo mais sítios onde haja livros disponíveis para leitura.

“A leitura faz muita falta, pois, normalmente, quando um escritor escreve, dá o melhor de si para nós bebermos estes conhecimentos. A juventude precisa de ler e começar a pensar que a vida não é só dançar, a ciência tem de ser introduzida na mente deles”, considerou a também escritora, citada pelo Jornal de Angola.

Com o lema “A cada leitura, uma nova visão de futuro”, a sexta edição da Feira do Livro alberga 17 editoras e nove representações orgânicas da UAN, que expõem livros diversos e diferentes serviços.

O evento visa incentivar os estudantes à leitura, pela aproximação ao material didáctico, integrar a comunidade académica, facilitar o contacto com a literatura, divulgar os trabalhos de autores, editoras, ilustradores e outras pessoas da comunidade envolvidas com o livro e a leitura.  

A feira decorre no parque do Centro Nacional de Investigação Científica (CNIC), cuja cerimónia de abertura contou com a presença de reitores, docentes e estudantes.

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