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Suspenso processo de legalização de igrejas

Suspenso processo de legalização de igrejas
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O director-geral do Instituto Nacional dos Assuntos Religiosos, Castro Maria, revelou recentemente que o Executivo decidiu suspender o processo de legalização de cerca de duas mil igrejas, distribuídas por quatro plataformas ecuménicas.

O responsável, que falou à Voz da América, anunciou que todas as igrejas que estão em situação ilegal vão ser encerradas, alegadamente por muitas delas se aproveitarem da palavra de Deus para promoverem a promiscuidade e extorquir dinheiro à população.

Castro Maria afirmou que muitos dos líderes dessas igrejas não têm formação teológica e que surgem igrejas quase todos os dias em Angola, tendo defendido ser necessário colocar um ponto final no que qualificou de “desordem e confusão”.

Adiante, o funcionário insistiu que “muitos líderes dessas igrejas têm estado a aproveitar-se da ignorância, da falta de conhecimento e da vulnerabilidade das pessoas, levando-as a acusar crianças de feitiçaria e a realizar práticas que desvirtuam o verdadeiro papel da igreja na sociedade.

Fez saber, entretanto, que o Ministério da Cultura controla 81 igrejas cristãs e 72 associações eclesiásticas legalizadas e autorizadas a desenvolverem a sua actividade em todo o país.

Desta feita, a comunidade islâmica em Angola criticou, ontem, quinta-feira, dia 21, a intenção do Governo de suspender a legalização das igrejas e seitas ainda não reconhecidas.

O seu representante, David Alberto Dja, considera que a intenção do Governo viola a Constituição da República que defende a liberdade religiosa, de crença e culto, e afirmou não ter recebido qualquer notificação do Governo sobre o assunto e que os fiéis continuam a celebrar os cultos normalmente.

Por sua vez, o psicólogo Sanda Wa Makumbu, citado no artigo daquele jornal, considera correcta a decisão do Governo, alegando que muitas igrejas se tornaram "num factor de conflitos e divisão das famílias".

A religião islâmica, cuja comunidade encontra-se estimada em 900 pessoas, não foi reconhecida pelo Governo angolano e em 2013 foram encerradas mais de 60 mesquitas, algumas das quais foram destruídas pela Polícia.

 

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

O director-geral do Instituto Nacional dos Assuntos Religiosos, Castro Maria, revelou recentemente que o Executivo decidiu suspender o processo de legalização de cerca de duas mil igrejas, distribuídas por quatro plataformas ecuménicas.

O responsável, que falou à Voz da América, anunciou que todas as igrejas que estão em situação ilegal vão ser encerradas, alegadamente por muitas delas se aproveitarem da palavra de Deus para promoverem a promiscuidade e extorquir dinheiro à população.

Castro Maria afirmou que muitos dos líderes dessas igrejas não têm formação teológica e que surgem igrejas quase todos os dias em Angola, tendo defendido ser necessário colocar um ponto final no que qualificou de “desordem e confusão”.

Adiante, o funcionário insistiu que “muitos líderes dessas igrejas têm estado a aproveitar-se da ignorância, da falta de conhecimento e da vulnerabilidade das pessoas, levando-as a acusar crianças de feitiçaria e a realizar práticas que desvirtuam o verdadeiro papel da igreja na sociedade.

Fez saber, entretanto, que o Ministério da Cultura controla 81 igrejas cristãs e 72 associações eclesiásticas legalizadas e autorizadas a desenvolverem a sua actividade em todo o país.

Desta feita, a comunidade islâmica em Angola criticou, ontem, quinta-feira, dia 21, a intenção do Governo de suspender a legalização das igrejas e seitas ainda não reconhecidas.

O seu representante, David Alberto Dja, considera que a intenção do Governo viola a Constituição da República que defende a liberdade religiosa, de crença e culto, e afirmou não ter recebido qualquer notificação do Governo sobre o assunto e que os fiéis continuam a celebrar os cultos normalmente.

Por sua vez, o psicólogo Sanda Wa Makumbu, citado no artigo daquele jornal, considera correcta a decisão do Governo, alegando que muitas igrejas se tornaram "num factor de conflitos e divisão das famílias".

A religião islâmica, cuja comunidade encontra-se estimada em 900 pessoas, não foi reconhecida pelo Governo angolano e em 2013 foram encerradas mais de 60 mesquitas, algumas das quais foram destruídas pela Polícia.

 

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