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Standard Chartered financia projecto de fornecimento de água em Luanda

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O Standard Chartered assinou, em finais de Junho deste ano, um contrato de financiamento no valor de 1,1 mil milhões de USD, com o Ministério das Finanças angolano, para o desenvolvimento de infra-estruturas críticas de fornecimento de água, que irão servir áreas da cidade capital, Luanda.

Esta transação, que representa o maior financiamento de empréstimo sindicado do primeiro semestre de 2021 de um país da África Subsariana, está dividida em dois empréstimos, sendo o primeiro no valor de 910 milhões de USD, que é garantido pelo Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (IBRD), do Banco Mundial, onde o Standard Chartered actua como único consultor e banco coordenador, um dos signatários e Mandated Lead Arranger (MLA).

O financiamento também tem o apoio do African Trade Insurance e do mercado dos seguros privados, estabelecendo um record, ao ser o maior com garantia parcial do IBRD em todo o mundo.

O segundo empréstimo, garantido pela agência de créditos à exportação francesa (ACE), pelo Bpifrance Assurance Export (BPI), e com o Standard Chartered a actuar como único MLA e subscritor, tem o valor de 165 milhões de USD e, com este empréstimo, a instituição vai apoiar a entrada no projecto dos exportadores de topo franceses Suez e Saint Gobain.

Entretanto, o objectivo do projecto, conhecido como Luanda Bita Water Supply Guarantee Project, cita a nota que recebemos, passa pelo melhoramento do acesso a serviços de água potável a mais de dois milhões de residentes em partes selecionadas do sul de Luanda e também contribui para o cumprimento do objectivo de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, relativo ao aumento do acesso a água potável e a saneamento para todos.

De acordo com o Banco Mundial, o acesso à água potável e ao saneamento é excepcionalmente baixo em Angola, estando o país está na posição 138 entre 140 países relativamente à fiabilidade do fornecimento de água.

Angola enfrenta grandes desafios colocados pelas alterações climáticas e já está a sofrer com secas regionais que colocam pressão sobre o fornecimento de água. Apesar disso, tem uma grande abundância de água, mas a sua infra-estrutura hidráulica necessita de ser reforçada para garantir fiabilidade, capacidade e resiliência.

Os recursos do financiamento, continua o documento, vão ser usados para investimentos em instalações de produção, de abastecimento e distribuição de água, incluindo uma estação de tratamentos de água, um sistema de abastecimento, instalações de armazenamento de água, centros de abastecimento e instalação de novas redes e ligações com medição.

Alper Kilic, Chefe Global de Projecto e Financiamento Estruturado de Exportações, Standard Chartered Bank, afirmou que esta transação emblemática é um exemplo perfeito do que pode ser alcançado, mesmo em condições de mercado desafiantes, se as instituições de financiamento do desenvolvimento, agências de crédito à exportação, bancos internacionais e o mercado de seguros se unirem para apoiar um objectivo comum para o seu principal cliente.

Cláudia Conceição, Presidente da Comissão Executiva do Standard Chartered Bank Angola, constatou que a organização está presente em Angola há mais de 10 anos, afirmando que o seu envolvimento neste "importante projecto de abastecimento de água, entre outros", é prova do compromisso de apoio às comunidades locais e ao crescimento da economia.

Por sua vez, Sebnem Erol Madan, Practice Manager – Infrastructure Finance, PPPs and Guarantees, Banco Mundial, declarou que "este projecto transformacional é essencial para que Angola consiga alcançar os objectivos de desenvolvimento, visto que irá proporcionar um serviço de abastecimento de água potável e fiável a Luanda Sul".

Disse ainda que este projecto é também "um excelente exemplo de uma solução inovadora de financiamento misto para mobilizar capital privado com garantias do Banco Mundial, e é "graças ao envolvimento do sector da água existente e à forte relação com o Governo de Angola que o Banco Mundial ajudou a optimizar a concepção do projecto e introduziu investimentos na rede de distribuição para garantir as ligações".

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

O Standard Chartered assinou, em finais de Junho deste ano, um contrato de financiamento no valor de 1,1 mil milhões de USD, com o Ministério das Finanças angolano, para o desenvolvimento de infra-estruturas críticas de fornecimento de água, que irão servir áreas da cidade capital, Luanda.

Esta transação, que representa o maior financiamento de empréstimo sindicado do primeiro semestre de 2021 de um país da África Subsariana, está dividida em dois empréstimos, sendo o primeiro no valor de 910 milhões de USD, que é garantido pelo Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (IBRD), do Banco Mundial, onde o Standard Chartered actua como único consultor e banco coordenador, um dos signatários e Mandated Lead Arranger (MLA).

O financiamento também tem o apoio do African Trade Insurance e do mercado dos seguros privados, estabelecendo um record, ao ser o maior com garantia parcial do IBRD em todo o mundo.

O segundo empréstimo, garantido pela agência de créditos à exportação francesa (ACE), pelo Bpifrance Assurance Export (BPI), e com o Standard Chartered a actuar como único MLA e subscritor, tem o valor de 165 milhões de USD e, com este empréstimo, a instituição vai apoiar a entrada no projecto dos exportadores de topo franceses Suez e Saint Gobain.

Entretanto, o objectivo do projecto, conhecido como Luanda Bita Water Supply Guarantee Project, cita a nota que recebemos, passa pelo melhoramento do acesso a serviços de água potável a mais de dois milhões de residentes em partes selecionadas do sul de Luanda e também contribui para o cumprimento do objectivo de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, relativo ao aumento do acesso a água potável e a saneamento para todos.

De acordo com o Banco Mundial, o acesso à água potável e ao saneamento é excepcionalmente baixo em Angola, estando o país está na posição 138 entre 140 países relativamente à fiabilidade do fornecimento de água.

Angola enfrenta grandes desafios colocados pelas alterações climáticas e já está a sofrer com secas regionais que colocam pressão sobre o fornecimento de água. Apesar disso, tem uma grande abundância de água, mas a sua infra-estrutura hidráulica necessita de ser reforçada para garantir fiabilidade, capacidade e resiliência.

Os recursos do financiamento, continua o documento, vão ser usados para investimentos em instalações de produção, de abastecimento e distribuição de água, incluindo uma estação de tratamentos de água, um sistema de abastecimento, instalações de armazenamento de água, centros de abastecimento e instalação de novas redes e ligações com medição.

Alper Kilic, Chefe Global de Projecto e Financiamento Estruturado de Exportações, Standard Chartered Bank, afirmou que esta transação emblemática é um exemplo perfeito do que pode ser alcançado, mesmo em condições de mercado desafiantes, se as instituições de financiamento do desenvolvimento, agências de crédito à exportação, bancos internacionais e o mercado de seguros se unirem para apoiar um objectivo comum para o seu principal cliente.

Cláudia Conceição, Presidente da Comissão Executiva do Standard Chartered Bank Angola, constatou que a organização está presente em Angola há mais de 10 anos, afirmando que o seu envolvimento neste "importante projecto de abastecimento de água, entre outros", é prova do compromisso de apoio às comunidades locais e ao crescimento da economia.

Por sua vez, Sebnem Erol Madan, Practice Manager – Infrastructure Finance, PPPs and Guarantees, Banco Mundial, declarou que "este projecto transformacional é essencial para que Angola consiga alcançar os objectivos de desenvolvimento, visto que irá proporcionar um serviço de abastecimento de água potável e fiável a Luanda Sul".

Disse ainda que este projecto é também "um excelente exemplo de uma solução inovadora de financiamento misto para mobilizar capital privado com garantias do Banco Mundial, e é "graças ao envolvimento do sector da água existente e à forte relação com o Governo de Angola que o Banco Mundial ajudou a optimizar a concepção do projecto e introduziu investimentos na rede de distribuição para garantir as ligações".

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