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Standard Bank considera que o kwanza pode abrandar a desvalorização

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O progresso nas reformas estruturais em Angola pode fazer o kwanza valorizar-se a curto prazo, abrandando a tendência de desvalorização dos últimos meses, considerou o departamento de pesquisa económica do Standard Bank.

O progresso nas reformas estruturais, dentro do mercado cambial, tem o potencial de sustentar alguma estabilidade ou até uma apreciação do kwanza a curto prazo; no médio prazo, a depreciação da moeda poderá ser menos pronunciada, lê-se na análise às contas públicas angolanas, a que a Lusa teve acesso ontem.

"Isto é consistente com a nossa visão de que o kwanza está subavaliado. No entanto, o ajustamento da taxa de câmbio nominal rumo a um equilíbrio é afectado por uma variedade de factores, incluindo a base de exportações concentrada", aponta-se ainda nota assinada por Fáusio Mussa, o economista-chefe deste banco africano com o pelouro de Angola e Moçambique, continuando que a cotação da moeda angolana face à moeda norte-americana está oficialmente nos 661,1 kwanzas por dólar, tendo desvalorizado 37,1% desde Janeiro e 34,6% face a Novembro do ano passado, mas o Standard Bank prevê que chegue ao final do ano a 650,2 kwanzas por dólar e 724,7 no final de 2021.

"A combinação do progresso nas reformas estruturais, o alívio da dívida que pode gerar poupanças de mais de seis mil milhões de dólares [cerca de cinco mil milhões de euros] e o contínuo financiamento do FMI sustentam esta nossa previsão", conclui o economista-chefe, que já hoje tinha dito à Lusa que o banco reviu a previsão de evolução económica de Angola, antecipando agora uma recessão até 2023 e "mais dor" para os contribuintes.

A expectativa é de saída da recessão em 2022 e possível retorno em 2023, se não houver investimento substancial no sector petrolífero, por causa do fim de vida útil de alguns dos poços, afirmou Fáusio Mussa.

"O Produto Interno Bruto contraíu-se 8,8% no segundo trimestre de 2020, o que é mais do que a nossa expectativa de 5,7%, por isso antevemos agora uma recessão de 5,2% em 2020, e pensamos que a economia vai continuar a contrair-se em 2021", escreveu o responsável no documento, que antevê que o sector petrolífero continue em queda.

"O sector petrolífero continua a passar por um declínio na produção e a recuperação da economia não petrolífera vai provavelmente ser insuficiente para levantar a economia", acrescentou-se no relatório.

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Redacção

O progresso nas reformas estruturais em Angola pode fazer o kwanza valorizar-se a curto prazo, abrandando a tendência de desvalorização dos últimos meses, considerou o departamento de pesquisa económica do Standard Bank.

O progresso nas reformas estruturais, dentro do mercado cambial, tem o potencial de sustentar alguma estabilidade ou até uma apreciação do kwanza a curto prazo; no médio prazo, a depreciação da moeda poderá ser menos pronunciada, lê-se na análise às contas públicas angolanas, a que a Lusa teve acesso ontem.

"Isto é consistente com a nossa visão de que o kwanza está subavaliado. No entanto, o ajustamento da taxa de câmbio nominal rumo a um equilíbrio é afectado por uma variedade de factores, incluindo a base de exportações concentrada", aponta-se ainda nota assinada por Fáusio Mussa, o economista-chefe deste banco africano com o pelouro de Angola e Moçambique, continuando que a cotação da moeda angolana face à moeda norte-americana está oficialmente nos 661,1 kwanzas por dólar, tendo desvalorizado 37,1% desde Janeiro e 34,6% face a Novembro do ano passado, mas o Standard Bank prevê que chegue ao final do ano a 650,2 kwanzas por dólar e 724,7 no final de 2021.

"A combinação do progresso nas reformas estruturais, o alívio da dívida que pode gerar poupanças de mais de seis mil milhões de dólares [cerca de cinco mil milhões de euros] e o contínuo financiamento do FMI sustentam esta nossa previsão", conclui o economista-chefe, que já hoje tinha dito à Lusa que o banco reviu a previsão de evolução económica de Angola, antecipando agora uma recessão até 2023 e "mais dor" para os contribuintes.

A expectativa é de saída da recessão em 2022 e possível retorno em 2023, se não houver investimento substancial no sector petrolífero, por causa do fim de vida útil de alguns dos poços, afirmou Fáusio Mussa.

"O Produto Interno Bruto contraíu-se 8,8% no segundo trimestre de 2020, o que é mais do que a nossa expectativa de 5,7%, por isso antevemos agora uma recessão de 5,2% em 2020, e pensamos que a economia vai continuar a contrair-se em 2021", escreveu o responsável no documento, que antevê que o sector petrolífero continue em queda.

"O sector petrolífero continua a passar por um declínio na produção e a recuperação da economia não petrolífera vai provavelmente ser insuficiente para levantar a economia", acrescentou-se no relatório.

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