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Sarissari defende que o empreendedorismo deve ser um facto real na vida dum artista

Sarissari defende que o empreendedorismo deve ser um facto real na vida dum artista
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Andrade Lino

O cantor angolano Sarissari defende que o empreendedorismo deve ser um facto real na vida dum artista, pois a fama é muito ciumenta: “Hoje está contigo, amanhã está com o fulano, depois com o sicrano, e a vida é feita dum sobe e desce”, afirmou.

Falando ao Ongoma News por ocasião da conferência de imprensa que marcou a assinatura de mais um contrato entre a Angonabeiro e o cantor Anselmo Ralph, evento decorrido anteontem no Club S, o também CEO da produtora Hey Hey Heyyy disse que, seja uma roulote, uma barbearia, uma loja, “o que quiseres”, faz todo sentido, porque a bem ou mal, a música, a fama, propriamente, é muito ciumenta.

No seu entender, é preciso fazer investimentos quando se está “lá em cima”, para salvaguardar os anos vindouros e garantir o auto-sustento no futuro. “Porque não estamos a ficar mais novos, estamos a envelhecer e às vezes vemos os nossos mais velhos artistas passando por certas dificuldades que nos alertam a ter cuidado”, referiu.

Infelizmente, lamentou, o apoio do ministério é pouco, o apoio do Governo é pouco, e se não forem os empresários e os próprios artistas a se organizarem e deixarem os egos de lado, nada se aprende e nada vai melhorar.

Por outro lado, Sarissari revelou que tem sido “um processo tranquilo” aguentar-se durante a pandemia, porque desde cedo, enquanto artista, a música nunca foi o único foco.

“A música dá-me a possibilidade de ser quem sou, de ser conhecido, ter acesso à mídia, fãs, seguidores, mas é importante saber que como artista tu és um produto. Hoje sou influencer da marca Ginga Café, estou em parcerias com outras organizações, como a Globo ON, e então, em tempos de pandemia, não temos tido shows, mas tudo bem, porque essas marcas acabam por usar a nossa imagem para conseguirmos suportar mensalmente todas as despesas que temos e aproveitar criar coisas novas”, fundamentou.

O entrevistado está confiante de que em breve os tempos podem melhorar. “Acredito que, se Deus quiser, até Dezembro, vamos estar mais “livres”, pois há dois meses não era possível estarmos num evento como este. Hoje, com todas as medidas de segurança, já é possível. Portanto, acredito que no final do ano poderemos ter mais liberdade para expor os nossos trabalhos”, expressou o artista.

Autor dos sucessos “Costas ao Mundo”, “Roça” e outros, o cantor recordou que ainda assim, em tempos de pandemia, fez um live solidário no seu kubiko e mais uma vez chamou a Banda Mozangola, teve a água tónica Welwitschia a suportar, o supermercado Aqui Sim, a nível de cestas básicas, entre outros apoios.

“Depois disso, fiz a entrega dos donativos, com convidados como o Duc, Tchoboli, Carla Moreno, OG Vuino e outros. Quer dizer, para além do pessoal da produtora Hey Hey Heyyy, nós trabalhamos de forma a levar também um pouco de esperança para o pessoal que está em casa”, concluiu.

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

O cantor angolano Sarissari defende que o empreendedorismo deve ser um facto real na vida dum artista, pois a fama é muito ciumenta: “Hoje está contigo, amanhã está com o fulano, depois com o sicrano, e a vida é feita dum sobe e desce”, afirmou.

Falando ao Ongoma News por ocasião da conferência de imprensa que marcou a assinatura de mais um contrato entre a Angonabeiro e o cantor Anselmo Ralph, evento decorrido anteontem no Club S, o também CEO da produtora Hey Hey Heyyy disse que, seja uma roulote, uma barbearia, uma loja, “o que quiseres”, faz todo sentido, porque a bem ou mal, a música, a fama, propriamente, é muito ciumenta.

No seu entender, é preciso fazer investimentos quando se está “lá em cima”, para salvaguardar os anos vindouros e garantir o auto-sustento no futuro. “Porque não estamos a ficar mais novos, estamos a envelhecer e às vezes vemos os nossos mais velhos artistas passando por certas dificuldades que nos alertam a ter cuidado”, referiu.

Infelizmente, lamentou, o apoio do ministério é pouco, o apoio do Governo é pouco, e se não forem os empresários e os próprios artistas a se organizarem e deixarem os egos de lado, nada se aprende e nada vai melhorar.

Por outro lado, Sarissari revelou que tem sido “um processo tranquilo” aguentar-se durante a pandemia, porque desde cedo, enquanto artista, a música nunca foi o único foco.

“A música dá-me a possibilidade de ser quem sou, de ser conhecido, ter acesso à mídia, fãs, seguidores, mas é importante saber que como artista tu és um produto. Hoje sou influencer da marca Ginga Café, estou em parcerias com outras organizações, como a Globo ON, e então, em tempos de pandemia, não temos tido shows, mas tudo bem, porque essas marcas acabam por usar a nossa imagem para conseguirmos suportar mensalmente todas as despesas que temos e aproveitar criar coisas novas”, fundamentou.

O entrevistado está confiante de que em breve os tempos podem melhorar. “Acredito que, se Deus quiser, até Dezembro, vamos estar mais “livres”, pois há dois meses não era possível estarmos num evento como este. Hoje, com todas as medidas de segurança, já é possível. Portanto, acredito que no final do ano poderemos ter mais liberdade para expor os nossos trabalhos”, expressou o artista.

Autor dos sucessos “Costas ao Mundo”, “Roça” e outros, o cantor recordou que ainda assim, em tempos de pandemia, fez um live solidário no seu kubiko e mais uma vez chamou a Banda Mozangola, teve a água tónica Welwitschia a suportar, o supermercado Aqui Sim, a nível de cestas básicas, entre outros apoios.

“Depois disso, fiz a entrega dos donativos, com convidados como o Duc, Tchoboli, Carla Moreno, OG Vuino e outros. Quer dizer, para além do pessoal da produtora Hey Hey Heyyy, nós trabalhamos de forma a levar também um pouco de esperança para o pessoal que está em casa”, concluiu.

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