O amor é poliglota, canta as notas mais altas da pauta da vida sem desafinar, escala montanhas sem se cansar e, destemidamente, atravessa os oceanos em noites nubladas. Os ventos cruzam-se causando ciclones, mas o amor mantém-se firme, decifra infinitos códigos, encontra encanto nas piadas sem graça, hiperboliza o olhar e é capaz de semear estrelas nos céus negros sem luar. Mas o amor ingênuo abre-nos o coração, fecha-nos os ouvidos e venda-nos os olhos, com passos firmes, empurra-nos ao precipício.
Os tempos mudaram, mas o amor continua intacto, é milenar e resistente como o diamante, construindo histórias emocionantes, unindo corações que encontram o paraíso na troca de olhares recheados de mel, a segurança nas juras, o conforto na voz que penetra as regiões mais recônditas da alma. O amor sabe atravessar caminhos espinhosos sem se ferir, voar sem asas e nadar sem se afogar.
Foi esta doçura que fez Marta doar-se ao Miguel, oito meses de namoro pintados com as cores mais belas que um arco-íris pode suportar culminou numa gravidez. Sensivelmente nove meses depois, o pequeno Jó nasceu, aparentemente saudável aos olhos da família que esfregava as mãos de tanta euforia ao contemplar a beleza da criança. Jó, seu nome advém do personagem da Bíblia que venceu todas as adversidades. Mas a partir do sexto mês de vida a criança deu sinais que alguma coisa não estava bem. Olhando para Jó, ele é uma cópia perfeita de Miguel, seu pai, os olhos rasgados, as orelhas pequenas, o formato da cabeça, igualzinho, o surpreendente nisso é que até seu estado serológico é igual. Miguel é seropositivo há anos e escondeu este segredo de Marta que hoje chora amargamente, porque a sua vida e a de seu filho estão condenadas.
O pequeno Jó nasceu, aparentemente saudável aos olhos da família que esfregava as mãos de tanta euforia ao contemplar a beleza da criança
Hoje Jó está com 14 anos, conheci-lhe na consulta externa, um rapaz calmo, caquético, olhos encovados, bem apresentado, mas a roupa parecia-lhe grande de tamanha magreza. A tosse não lhe larga há mais ou menos três meses; às noites têm sido um tormento para ele e Marta, sua mãe que o assiste agoniada. Infelizmente, nem a separação de Miguel restaurou a sua e a saúde de seu filho.
Pena que este Jó não vencerá esta batalha... Os tempos mudaram, a história de Marta poderia ser a minha ou a sua, este pode ser o desfecho sempre que desprezamos alguns princípios fundamentais e o resultado pode ser funesto. O amor pode manter-se intacto em relação aos tempos, mas os tempos mudaram e a propagação das doenças crônicas atingiram o pico nos nossos dias. Hoje há mais informação mas menos precaução; os nossos pais, muitos deles desprovidos de conhecimento conceberam-nos sem pensar nos riscos, mas hoje é inaceitável, se há muitas crianças seropositivas ou com outras comorbilidades é porque permitimos que o amor silenciasse a razão e os resultados infelizmente não são animadores.
O amor INTELIGENTE não nos permite pôr em risco quem amamos; fazer o teste de algumas enfermidades crónicas que podem comprometer a vida dos nossos filhos é uma responsabilidade individual. Não permita que o amor lhe cegue, faça o teste de HIV, FALCIFORMAÇÃO, HEPATITES, HEMOFILIA e DIABETES, são obrigatórios e é uma forma de AMOR.
A pior dor dos pais é assistir ao sofrimento de seus filhos quando tinham na mão a opção de seguir um caminho diferente. Salve seus filhos...!
Hoje há mais informação mas menos precaução; os nossos pais, muitos deles desprovidos de conhecimento conceberam-nos sem pensar nos riscos, mas hoje é inaceitável...
O amor é poliglota, canta as notas mais altas da pauta da vida sem desafinar, escala montanhas sem se cansar e, destemidamente, atravessa os oceanos em noites nubladas. Os ventos cruzam-se causando ciclones, mas o amor mantém-se firme, decifra infinitos códigos, encontra encanto nas piadas sem graça, hiperboliza o olhar e é capaz de semear estrelas nos céus negros sem luar. Mas o amor ingênuo abre-nos o coração, fecha-nos os ouvidos e venda-nos os olhos, com passos firmes, empurra-nos ao precipício.
Os tempos mudaram, mas o amor continua intacto, é milenar e resistente como o diamante, construindo histórias emocionantes, unindo corações que encontram o paraíso na troca de olhares recheados de mel, a segurança nas juras, o conforto na voz que penetra as regiões mais recônditas da alma. O amor sabe atravessar caminhos espinhosos sem se ferir, voar sem asas e nadar sem se afogar.
Foi esta doçura que fez Marta doar-se ao Miguel, oito meses de namoro pintados com as cores mais belas que um arco-íris pode suportar culminou numa gravidez. Sensivelmente nove meses depois, o pequeno Jó nasceu, aparentemente saudável aos olhos da família que esfregava as mãos de tanta euforia ao contemplar a beleza da criança. Jó, seu nome advém do personagem da Bíblia que venceu todas as adversidades. Mas a partir do sexto mês de vida a criança deu sinais que alguma coisa não estava bem. Olhando para Jó, ele é uma cópia perfeita de Miguel, seu pai, os olhos rasgados, as orelhas pequenas, o formato da cabeça, igualzinho, o surpreendente nisso é que até seu estado serológico é igual. Miguel é seropositivo há anos e escondeu este segredo de Marta que hoje chora amargamente, porque a sua vida e a de seu filho estão condenadas.
O pequeno Jó nasceu, aparentemente saudável aos olhos da família que esfregava as mãos de tanta euforia ao contemplar a beleza da criança
Hoje Jó está com 14 anos, conheci-lhe na consulta externa, um rapaz calmo, caquético, olhos encovados, bem apresentado, mas a roupa parecia-lhe grande de tamanha magreza. A tosse não lhe larga há mais ou menos três meses; às noites têm sido um tormento para ele e Marta, sua mãe que o assiste agoniada. Infelizmente, nem a separação de Miguel restaurou a sua e a saúde de seu filho.
Pena que este Jó não vencerá esta batalha... Os tempos mudaram, a história de Marta poderia ser a minha ou a sua, este pode ser o desfecho sempre que desprezamos alguns princípios fundamentais e o resultado pode ser funesto. O amor pode manter-se intacto em relação aos tempos, mas os tempos mudaram e a propagação das doenças crônicas atingiram o pico nos nossos dias. Hoje há mais informação mas menos precaução; os nossos pais, muitos deles desprovidos de conhecimento conceberam-nos sem pensar nos riscos, mas hoje é inaceitável, se há muitas crianças seropositivas ou com outras comorbilidades é porque permitimos que o amor silenciasse a razão e os resultados infelizmente não são animadores.
O amor INTELIGENTE não nos permite pôr em risco quem amamos; fazer o teste de algumas enfermidades crónicas que podem comprometer a vida dos nossos filhos é uma responsabilidade individual. Não permita que o amor lhe cegue, faça o teste de HIV, FALCIFORMAÇÃO, HEPATITES, HEMOFILIA e DIABETES, são obrigatórios e é uma forma de AMOR.
A pior dor dos pais é assistir ao sofrimento de seus filhos quando tinham na mão a opção de seguir um caminho diferente. Salve seus filhos...!
Hoje há mais informação mas menos precaução; os nossos pais, muitos deles desprovidos de conhecimento conceberam-nos sem pensar nos riscos, mas hoje é inaceitável...