O meu corpo não dorme, descansa quando está doente. Mas aí o descanso torna-se cansativo e preciso voltar a namorar as obrigações.
É tudo uma corrida sem freios, até que a morte chegue e nos diga para parar. E reclamar não vale, pois enquanto uns morrem de tanto trabalho com remuneração tardia, há quem morre por falta de emprego e por não conseguir fazer nada.
A nossa tábua de salvação são os pequenos negócios, alguns furos que nos são dados como milagre a se cumprir e temos que os receber como a um abraço, aproveitar a chance de podermos nos sustentar com bocados, sempre melhor do que nada.
Mas isso não se consegue molengando, aprendi com um irmão mais velho. Perde-se a paz, perde-se até a vida, porque é assim que o sistema funciona. O pobre precisa sofrer quantas vezes forem necessárias, até não sofrer mais tanto assim, mas é quando muita coisa depende de nós para andar que começamos a afrouxar os nossos passos na corrida. Não porque ficamos preguiçosos ou deprimidos, é cansativo, indiscutivelmente.
Várias responsabilidades pesando numas costas nem tanto largas. E o lazer ganha pouco tempo de existência, o sono enfeitado de pesadelos, porém já não assusta, a realidade é bem mais terrorífica.
Acordamos e temos que moer novamente os ossos nessa rotina desgastante. Resolver os problemas dos outros sem conseguir pestanejar - mania de altruísta. Ou não. Reconhecemos a enorme dívida para com algumas pessoas próximas e só queremos lhes retribuir o favor. Irmãos e tios, pais, amigos que sempre estiveram por perto, etc.
E tentamos gerir tudo, arranjar sempre uma forma de coordenar o tempo e torná-lo útil para todas as ocasiões.
Acredito que é essa a rotina que matou o gato, depois de o ajudar a encontrar a verdade.
O meu corpo não dorme, descansa quando está doente. Mas aí o descanso torna-se cansativo e preciso voltar a namorar as obrigações.
É tudo uma corrida sem freios, até que a morte chegue e nos diga para parar. E reclamar não vale, pois enquanto uns morrem de tanto trabalho com remuneração tardia, há quem morre por falta de emprego e por não conseguir fazer nada.
A nossa tábua de salvação são os pequenos negócios, alguns furos que nos são dados como milagre a se cumprir e temos que os receber como a um abraço, aproveitar a chance de podermos nos sustentar com bocados, sempre melhor do que nada.
Mas isso não se consegue molengando, aprendi com um irmão mais velho. Perde-se a paz, perde-se até a vida, porque é assim que o sistema funciona. O pobre precisa sofrer quantas vezes forem necessárias, até não sofrer mais tanto assim, mas é quando muita coisa depende de nós para andar que começamos a afrouxar os nossos passos na corrida. Não porque ficamos preguiçosos ou deprimidos, é cansativo, indiscutivelmente.
Várias responsabilidades pesando numas costas nem tanto largas. E o lazer ganha pouco tempo de existência, o sono enfeitado de pesadelos, porém já não assusta, a realidade é bem mais terrorífica.
Acordamos e temos que moer novamente os ossos nessa rotina desgastante. Resolver os problemas dos outros sem conseguir pestanejar - mania de altruísta. Ou não. Reconhecemos a enorme dívida para com algumas pessoas próximas e só queremos lhes retribuir o favor. Irmãos e tios, pais, amigos que sempre estiveram por perto, etc.
E tentamos gerir tudo, arranjar sempre uma forma de coordenar o tempo e torná-lo útil para todas as ocasiões.
Acredito que é essa a rotina que matou o gato, depois de o ajudar a encontrar a verdade.