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Relatório alerta para a falta de condições para as eleições na RD Congo

 
Relatório alerta para a falta de condições para as eleições na RD Congo
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As eleições na República Democrática do Congo, previstas para o dia 23 de Dezembro, podem agravar a crise e os conflitos no país, alerta um relatório académico norte-americano divulgado hoje.

"Se o escrutínio se vier a realizar nestas condições corre-se o risco de conduzir o país para vários anos de contestação além de poder 'minar' ainda mais a legitimidade dos atos eleitorais e de agravar os conflitos no Leste e na região de Kasai", considera o Grupo de Especialistas sobre o Congo (GEC), da Universidade de Nova Iorque, Estados Unidos.

O relatório tem como títulos 'As Eleições de Todos os Perigos' é referente à votação que deve escolher o sucessor de Joseph Kabila, no poder em Kinshasa desde janeiro de 2001, noticiou o portal Notícias ao Minuto.

As Nações Unidas esperam que as eleições de Dezembro venham a constituir a "primeira transição pacifica de poder" desde 1960. Um dos partidos da oposição denunciou, entretanto, o recurso "às máquinas de votar" e irregularidades nos cadernos eleitorais.

O recenseamento indica 40 milhões de eleitores, mas sete milhões de documentos não têm impressões digitais, facto que abre um precedente grave segundo a Organização Internacional da Francofonia (OIF).

"No dia 23 de Dezembro, podem existir mais de sete milhões de votos potencialmente fraudulentos", avisam os académicos norte-americanos do GEC.

"Há muito poucas máquinas (de voto), poucos aviões e helicópteros, e poucos fundos destinados pelo governo de Kinshasa para as eleições", acrescenta o relatório.

O documento divulgado pelo GEC recomenda ao Governo da República Democrática do Congo a autorizar a presença de "todas as missões de observação".

Os observadores da União Europeia e da Fundação Carter (Estados Unidos) não foram convidados a supervisionar as eleições consideradas cruciais.

A Comissão Eleitoral já começou a instalar nas assembleias de voto as máquinas de voto eletrónico de fabrico sul-coreano mas que são rejeitadas por um dos partidos da oposição que as considera "máquinas de enganar".

Na zona Leste do país foi detetada a presença de mais de 130 grupos armados, locais e estrangeiros, sendo as Forças Democráticas Aliadas (ADF), constituído por muçulmanos do Uganda, um dos grupos mais ativos.

Na mesma região encontram-se também as Forças Democráticas para a Libertação do Ruanda, formado por hutus ruandeses armados.

Na região de Kasai, os confrontos entre "rebeldes" e as forças governamentais fizeram mais de três mil mortos entre agosto de 2016 e Outubro de 2017.












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Redacção

As eleições na República Democrática do Congo, previstas para o dia 23 de Dezembro, podem agravar a crise e os conflitos no país, alerta um relatório académico norte-americano divulgado hoje.

"Se o escrutínio se vier a realizar nestas condições corre-se o risco de conduzir o país para vários anos de contestação além de poder 'minar' ainda mais a legitimidade dos atos eleitorais e de agravar os conflitos no Leste e na região de Kasai", considera o Grupo de Especialistas sobre o Congo (GEC), da Universidade de Nova Iorque, Estados Unidos.

O relatório tem como títulos 'As Eleições de Todos os Perigos' é referente à votação que deve escolher o sucessor de Joseph Kabila, no poder em Kinshasa desde janeiro de 2001, noticiou o portal Notícias ao Minuto.

As Nações Unidas esperam que as eleições de Dezembro venham a constituir a "primeira transição pacifica de poder" desde 1960. Um dos partidos da oposição denunciou, entretanto, o recurso "às máquinas de votar" e irregularidades nos cadernos eleitorais.

O recenseamento indica 40 milhões de eleitores, mas sete milhões de documentos não têm impressões digitais, facto que abre um precedente grave segundo a Organização Internacional da Francofonia (OIF).

"No dia 23 de Dezembro, podem existir mais de sete milhões de votos potencialmente fraudulentos", avisam os académicos norte-americanos do GEC.

"Há muito poucas máquinas (de voto), poucos aviões e helicópteros, e poucos fundos destinados pelo governo de Kinshasa para as eleições", acrescenta o relatório.

O documento divulgado pelo GEC recomenda ao Governo da República Democrática do Congo a autorizar a presença de "todas as missões de observação".

Os observadores da União Europeia e da Fundação Carter (Estados Unidos) não foram convidados a supervisionar as eleições consideradas cruciais.

A Comissão Eleitoral já começou a instalar nas assembleias de voto as máquinas de voto eletrónico de fabrico sul-coreano mas que são rejeitadas por um dos partidos da oposição que as considera "máquinas de enganar".

Na zona Leste do país foi detetada a presença de mais de 130 grupos armados, locais e estrangeiros, sendo as Forças Democráticas Aliadas (ADF), constituído por muçulmanos do Uganda, um dos grupos mais ativos.

Na mesma região encontram-se também as Forças Democráticas para a Libertação do Ruanda, formado por hutus ruandeses armados.

Na região de Kasai, os confrontos entre "rebeldes" e as forças governamentais fizeram mais de três mil mortos entre agosto de 2016 e Outubro de 2017.












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