A organização não-governamental Médicos Sem Fronteiras (MSF) anunciou ontem que está a prestar assistência sanitária aos milhares de refugiados da República Democrática do Congo que se encontram em Angola, com especial foco para a situação nutricional das crianças, informou a Lusa.
De acordo com a ONG, foram instaladas duas clínicas nos campos de Mussengue e Kakanda, na Lunda Norte, para onde fugiram, desde Abril, mais de 20.000 refugiados congoleses.
Além da situação nutricional, a organização vai realizar, em colaboração com as autoridades de saúde local, campanhas de vacinação, bem como melhorar o abastecimento de água e saneamento para evitar a propagação de doenças.
De acordo com a nota a que a Lusa teve acesso, nas duas primeiras semanas de actuação dos MSF, nos campos do Dundo, a 15 quilómetros da fronteira com o Congo Democrático, as equipas centraram-se em analisar as necessidades dos milhares de refugiados, a maioria crianças.
"Recebemos 1.559 doentes nos primeiros dez dias. A patologia mais comum que estamos a detectar é a malária, seguindo-se problemas respiratórios e problemas gastrointestinais. Também nos preocupa a situação nutricional das crianças - algumas das quais chegaram sozinhas - e, por isso, também dispomos de programas especiais de tratamento da desnutrição", refere João Martins, coordenador das operações da MSF em Angola.
As condições de saneamento e de obtenção de água entre os refugiados é outra preocupação, segundo João Martins, que defende que "devem ser melhoradas para se evitar a propagação de doenças".
A equipa do MSF é composta por especialistas que colaboram igualmente no sistema de encaminhamento dos doentes mais graves para o hospital local, para onde foram transferidas, nos últimos dias, pessoas com ferimentos provocados por catanas, amputações de membros, queimaduras e ferimentos de bala.
"Preocupa-nos que a situação em Kasai continue instável e que um maior número de pessoas tente chegar a Angola. Temos de estar preparados para oferecer uma resposta adequada a um maior número de pessoas", alertou João Martins.
Angola acolhe mais de 20.000 refugiados provenientes da região de Kasai, na vizinha República Democrática do Congo, com a qual partilha uma vasta fronteira.
A ajuda dos MSF foi solicitada pelas autoridades angolanas, depois da retomada das suas operações em Angola há dois anos, para ajudar Angola a combater o surto de febre-amarela.
Além de ajudar Angola no tratamento da febre-amarela, a organização mantém um projecto de apoio à saúde materno-infantil na província do Cunene, na fronteira com a Namíbia.
O Governo de Angola apelou quinta-feira às autoridades da República Democrática do Congo e a todas as forças políticas desse país para cessarem "imediatamente a violência e a prática de actos de extremismo e de intolerância política", exortando que enveredem "pela via do diálogo sério e construtivo, que propicie o retorno da paz e da estabilidade ao país".
A organização não-governamental Médicos Sem Fronteiras (MSF) anunciou ontem que está a prestar assistência sanitária aos milhares de refugiados da República Democrática do Congo que se encontram em Angola, com especial foco para a situação nutricional das crianças, informou a Lusa.
De acordo com a ONG, foram instaladas duas clínicas nos campos de Mussengue e Kakanda, na Lunda Norte, para onde fugiram, desde Abril, mais de 20.000 refugiados congoleses.
Além da situação nutricional, a organização vai realizar, em colaboração com as autoridades de saúde local, campanhas de vacinação, bem como melhorar o abastecimento de água e saneamento para evitar a propagação de doenças.
De acordo com a nota a que a Lusa teve acesso, nas duas primeiras semanas de actuação dos MSF, nos campos do Dundo, a 15 quilómetros da fronteira com o Congo Democrático, as equipas centraram-se em analisar as necessidades dos milhares de refugiados, a maioria crianças.
"Recebemos 1.559 doentes nos primeiros dez dias. A patologia mais comum que estamos a detectar é a malária, seguindo-se problemas respiratórios e problemas gastrointestinais. Também nos preocupa a situação nutricional das crianças - algumas das quais chegaram sozinhas - e, por isso, também dispomos de programas especiais de tratamento da desnutrição", refere João Martins, coordenador das operações da MSF em Angola.
As condições de saneamento e de obtenção de água entre os refugiados é outra preocupação, segundo João Martins, que defende que "devem ser melhoradas para se evitar a propagação de doenças".
A equipa do MSF é composta por especialistas que colaboram igualmente no sistema de encaminhamento dos doentes mais graves para o hospital local, para onde foram transferidas, nos últimos dias, pessoas com ferimentos provocados por catanas, amputações de membros, queimaduras e ferimentos de bala.
"Preocupa-nos que a situação em Kasai continue instável e que um maior número de pessoas tente chegar a Angola. Temos de estar preparados para oferecer uma resposta adequada a um maior número de pessoas", alertou João Martins.
Angola acolhe mais de 20.000 refugiados provenientes da região de Kasai, na vizinha República Democrática do Congo, com a qual partilha uma vasta fronteira.
A ajuda dos MSF foi solicitada pelas autoridades angolanas, depois da retomada das suas operações em Angola há dois anos, para ajudar Angola a combater o surto de febre-amarela.
Além de ajudar Angola no tratamento da febre-amarela, a organização mantém um projecto de apoio à saúde materno-infantil na província do Cunene, na fronteira com a Namíbia.
O Governo de Angola apelou quinta-feira às autoridades da República Democrática do Congo e a todas as forças políticas desse país para cessarem "imediatamente a violência e a prática de actos de extremismo e de intolerância política", exortando que enveredem "pela via do diálogo sério e construtivo, que propicie o retorno da paz e da estabilidade ao país".