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Refriango distinguida entre as empresas mais proeminentes de África

Refriango distinguida entre as empresas mais proeminentes de África
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A angolana especializada na produção e distribuição de refrigerantes, Refriango, é uma das 150 empresas que estão a abrir caminho para uma África mais integrada, identificadas pela Boston Consulting Group, uma empresa global de consultoria em gestão e o principal consultor mundial em estratégia de negócios, no seu mais recente relatório.

Este grupo é composto por 75 empresas sediadas em África, e um igual número de multinacionais que estabeleceram registos impressionantes em África, e estão a contribuir para uma maior integração. Os pioneiros africanos vêm de 18 países do continente, sendo 32 têm base na África do Sul, 10 em Marrocos, Quénia e Nigéria abrigam 6, 4 estão no Egipto, 2 na Costa do Marfim, Maurícias, Tanzânia e Tunísia.

No documento, a BCG afirma que a integração económica de África está em andamento há já algum tempo, graças a empresas africanas e multinacionais, que vêem o seu futuro num continente mais coordenado, e continua que empresas africanas, lideradas por empreendedores africanos, estão a vencer barreiras geográficas, geopolíticas, de mobilidade e de infra-estrutura, de longa data, para impulsionar a integração económica do continente.

Assim sendo, a empresa angolana foi considerada umas das 150 empresas pioneiras em África, imprimindo a sua pegada no país, com investimentos na criação de estruturas de raiz, na construção de marcas fortes, com um forte investimento em talentos locais, e no desenvolvimento de competências e habilidades dos seus colaboradores, ou seja, constrói um verdadeiro ecossistema local, o que permite à organização, aos colaboradores, aos parceiros e aos clientes, uma verdadeira integração e conexão com África, facilitando o movimento de pessoas, bens, dados e informações.

Intitulado “Pioneirismo Africano: Empresas abrem caminho pelo continente”, o relatório, que dá crédito aos empreendedores corporativos africanos que, ao investirem cedo na construção de uma pegada no continente, estão a dar uma sensação de realidade à integração de África, argumenta ainda que, embora a fragmentação sob muitas formas continue a ser um grande problema para as empresas em África, a integração económica não está apenas a acontecer, mas também a ganhar velocidade.

“Os grandes percursores deste movimento vêm de dentro do continente, liderados por empresários corporativos africanos”, lê-se.

Citado no comunicado que recebemos, Patrick Dupoux, sócio sénior da instituição, repara que “a fragmentação em África é muito maior do que em qualquer outra parte do mundo, e aumenta significativamente os desafios económicos enfrentados pelos países, que normalmente não têm massa crítica para competir globalmente”.

“Apesar destas barreiras, vemos mais sinais de integração económica a cada mês, trimestre e ano. Os seus principais percursores vêm de dentro do continente, liderados por empresas africanas. África investe mais em África, África negocia mais com África, e os africanos viajam mais para a África”, afirmou o co-autor do relatório.

Entre 2006 - 2007 e 2015 -2016, a média anual de investimento directo estrangeiro africano, dinheiro que as empresas africanas investiram nos países africanos, quase triplicou, de 3,7 mil milhões para 10 mil milhões de US dólares. No mesmo período, o número médio de transacções intra-regionais de Fusões & Aquisições passou de 238 para 418, com transacções lideradas por africanos, representando mais de metade de todas as transacções africanas, em 2015. Enquanto isso, as exportações anuais intra-africanas aumentaram de 41 mil milhões para 65 mil milhões US dólares, e o número médio anual de turistas africanos (africanos que viajam em África) subiu de 19 milhões para 30 milhões. Em 2015 – 2016 os turistas africanos compunham mais da metade de todos os turistas no continente.

Além disso, a nota refere que as multinacionais são um grupo global, com a França, o Reino Unido e os Estados Unidos, mais fortemente representados. Ao mesmo tempo, uma dúzia de multinacionais da China, Índia, Indonésia, Qatar e Emirados Árabes Unidos estão activas em toda a África.

Por exemplo, continua, mais de 80 empresas, das quais 45 são africanas, têm uma grande presença africana, definida geralmente como tendo operações em pelo menos dez países. Nove pioneiros africanos e 11 multinacionais estão a fazer investimentos significativos em novas instalações de produção, ou outras infra-estruturas de negócios, e estão a obter um retorno efectivo de investimento. Quer as empresas africanas, quer as multinacionais, estão a fazer aquisições em África, o que lhes garante acesso rápido a novos activos, mercados e clientes.

Os pioneiros africanos e as multinacionais experientes aprenderam que muitas vezes é preciso um ecossistema para construir um negócio, e que investir num bom ecossistema pode ser uma vantagem competitiva. Ao ampliar o impacto de uma empresa pan-africana através de organizações e instituições locais, um ecossistema local também promove o crescimento e o desenvolvimento social, refere a BCG no seu artigo.

“Se a última década demonstrou alguma coisa, é que estas empresas são mestres em superar as adversidades”, disse Lisa Ivers, parceira da BCG e co-autora do relatório, que acrescentou então que “estas empresas construíram históricos impressionantes na criação de valor, para si próprias, para o avanço do desenvolvimento do continente, e das suas muitas economias. Sabem que continuar a impulsionar a integração dos mercados africanos, onde fazem negócios, é um caminho fundamental para preparar o caminho para um sucesso maior”.

 

 

 

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

A angolana especializada na produção e distribuição de refrigerantes, Refriango, é uma das 150 empresas que estão a abrir caminho para uma África mais integrada, identificadas pela Boston Consulting Group, uma empresa global de consultoria em gestão e o principal consultor mundial em estratégia de negócios, no seu mais recente relatório.

Este grupo é composto por 75 empresas sediadas em África, e um igual número de multinacionais que estabeleceram registos impressionantes em África, e estão a contribuir para uma maior integração. Os pioneiros africanos vêm de 18 países do continente, sendo 32 têm base na África do Sul, 10 em Marrocos, Quénia e Nigéria abrigam 6, 4 estão no Egipto, 2 na Costa do Marfim, Maurícias, Tanzânia e Tunísia.

No documento, a BCG afirma que a integração económica de África está em andamento há já algum tempo, graças a empresas africanas e multinacionais, que vêem o seu futuro num continente mais coordenado, e continua que empresas africanas, lideradas por empreendedores africanos, estão a vencer barreiras geográficas, geopolíticas, de mobilidade e de infra-estrutura, de longa data, para impulsionar a integração económica do continente.

Assim sendo, a empresa angolana foi considerada umas das 150 empresas pioneiras em África, imprimindo a sua pegada no país, com investimentos na criação de estruturas de raiz, na construção de marcas fortes, com um forte investimento em talentos locais, e no desenvolvimento de competências e habilidades dos seus colaboradores, ou seja, constrói um verdadeiro ecossistema local, o que permite à organização, aos colaboradores, aos parceiros e aos clientes, uma verdadeira integração e conexão com África, facilitando o movimento de pessoas, bens, dados e informações.

Intitulado “Pioneirismo Africano: Empresas abrem caminho pelo continente”, o relatório, que dá crédito aos empreendedores corporativos africanos que, ao investirem cedo na construção de uma pegada no continente, estão a dar uma sensação de realidade à integração de África, argumenta ainda que, embora a fragmentação sob muitas formas continue a ser um grande problema para as empresas em África, a integração económica não está apenas a acontecer, mas também a ganhar velocidade.

“Os grandes percursores deste movimento vêm de dentro do continente, liderados por empresários corporativos africanos”, lê-se.

Citado no comunicado que recebemos, Patrick Dupoux, sócio sénior da instituição, repara que “a fragmentação em África é muito maior do que em qualquer outra parte do mundo, e aumenta significativamente os desafios económicos enfrentados pelos países, que normalmente não têm massa crítica para competir globalmente”.

“Apesar destas barreiras, vemos mais sinais de integração económica a cada mês, trimestre e ano. Os seus principais percursores vêm de dentro do continente, liderados por empresas africanas. África investe mais em África, África negocia mais com África, e os africanos viajam mais para a África”, afirmou o co-autor do relatório.

Entre 2006 - 2007 e 2015 -2016, a média anual de investimento directo estrangeiro africano, dinheiro que as empresas africanas investiram nos países africanos, quase triplicou, de 3,7 mil milhões para 10 mil milhões de US dólares. No mesmo período, o número médio de transacções intra-regionais de Fusões & Aquisições passou de 238 para 418, com transacções lideradas por africanos, representando mais de metade de todas as transacções africanas, em 2015. Enquanto isso, as exportações anuais intra-africanas aumentaram de 41 mil milhões para 65 mil milhões US dólares, e o número médio anual de turistas africanos (africanos que viajam em África) subiu de 19 milhões para 30 milhões. Em 2015 – 2016 os turistas africanos compunham mais da metade de todos os turistas no continente.

Além disso, a nota refere que as multinacionais são um grupo global, com a França, o Reino Unido e os Estados Unidos, mais fortemente representados. Ao mesmo tempo, uma dúzia de multinacionais da China, Índia, Indonésia, Qatar e Emirados Árabes Unidos estão activas em toda a África.

Por exemplo, continua, mais de 80 empresas, das quais 45 são africanas, têm uma grande presença africana, definida geralmente como tendo operações em pelo menos dez países. Nove pioneiros africanos e 11 multinacionais estão a fazer investimentos significativos em novas instalações de produção, ou outras infra-estruturas de negócios, e estão a obter um retorno efectivo de investimento. Quer as empresas africanas, quer as multinacionais, estão a fazer aquisições em África, o que lhes garante acesso rápido a novos activos, mercados e clientes.

Os pioneiros africanos e as multinacionais experientes aprenderam que muitas vezes é preciso um ecossistema para construir um negócio, e que investir num bom ecossistema pode ser uma vantagem competitiva. Ao ampliar o impacto de uma empresa pan-africana através de organizações e instituições locais, um ecossistema local também promove o crescimento e o desenvolvimento social, refere a BCG no seu artigo.

“Se a última década demonstrou alguma coisa, é que estas empresas são mestres em superar as adversidades”, disse Lisa Ivers, parceira da BCG e co-autora do relatório, que acrescentou então que “estas empresas construíram históricos impressionantes na criação de valor, para si próprias, para o avanço do desenvolvimento do continente, e das suas muitas economias. Sabem que continuar a impulsionar a integração dos mercados africanos, onde fazem negócios, é um caminho fundamental para preparar o caminho para um sucesso maior”.

 

 

 

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