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Recuperação do preço do petróleo ajudou a estabilizar a economia

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A recuperação do preço do petróleo e o progresso nas reformas estruturais, apoiado pelo programa com o FMI de três anos, que terminou em Dezembro de 2021, ajudaram a estabilizar a economia, afirmou o economista chefe do Standard Bank Angola e Moçambique, Fáusio Mussá.

Falando a propósito das conclusões do Briefing Económico, evento periódico dirigido a clientes da instituição, reguladores e instituições públicas, decorrido em Luanda na semana passada, o responsável disse serem necessários mais reformas e investimentos para sustentar o crescimento, torná-lo mais inclusivo e para transformar a economia.

Essas declarações são apresentadas em análise numa pesquisa realizada pelo Standard Bank, que dá conta de que o Banco Nacional de Angola pode baixar a taxa BNA em 100 pontos base este ano e 100 pontos base no próximo ano, se a inflação continuar a desacelerar, realçando que a possível reforma dos subsídios pode contribuir para que a inflação permaneça a dois dígitos.

Com o crescimento mundial a diminuir e a inflação a subir, devido à prolongada invasão russa à Ucrânia, o preço do barril do petróleo subiu e a política monetária restritiva tornou o dólar mais forte. Desde Abril de 2022 que se assiste a uma desaceleração da inflação dos alimentos, mas os riscos são ainda muito altos.

Durante o encontro, que apresenta uma visão geral sobre a conjuntura macroeconómica e perspectivas para o futuro da economia, revelando, por um lado, um conjunto de evoluções positivas e favoráveis para a economia nacional e, por outro, alguns dos desafios que se mantêm, Fáusio Mussá explicou que “Angola continua dependente do petróleo e exposta à volatilidade do seu preço”, sublinhando que a criação de mais emprego e a diversificação da economia requerem reformas e investimento.

“No entanto, o elevado custo do serviço da dívida pode comprometer a despesa social, a capacidade de endividamento público e o investimento, pelo que a prudência fiscal continua a ser um importante pilar para a estabilidade macroeconómica”, referiu o economista, citado no comunicado que recebemos, tendo garantido que as previsões da instituição apontam para que a inflação esteja nos 18,6% no final do ano, um pouco mais elevada dos que as previsões anteriores.

Já a taxa de crescimento do PIB será de 3,3% no final do ano, mas registará uma diminuição do crescimento em 2023, para voltar a acelerar em 2024, concluiu.

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Redacção

A recuperação do preço do petróleo e o progresso nas reformas estruturais, apoiado pelo programa com o FMI de três anos, que terminou em Dezembro de 2021, ajudaram a estabilizar a economia, afirmou o economista chefe do Standard Bank Angola e Moçambique, Fáusio Mussá.

Falando a propósito das conclusões do Briefing Económico, evento periódico dirigido a clientes da instituição, reguladores e instituições públicas, decorrido em Luanda na semana passada, o responsável disse serem necessários mais reformas e investimentos para sustentar o crescimento, torná-lo mais inclusivo e para transformar a economia.

Essas declarações são apresentadas em análise numa pesquisa realizada pelo Standard Bank, que dá conta de que o Banco Nacional de Angola pode baixar a taxa BNA em 100 pontos base este ano e 100 pontos base no próximo ano, se a inflação continuar a desacelerar, realçando que a possível reforma dos subsídios pode contribuir para que a inflação permaneça a dois dígitos.

Com o crescimento mundial a diminuir e a inflação a subir, devido à prolongada invasão russa à Ucrânia, o preço do barril do petróleo subiu e a política monetária restritiva tornou o dólar mais forte. Desde Abril de 2022 que se assiste a uma desaceleração da inflação dos alimentos, mas os riscos são ainda muito altos.

Durante o encontro, que apresenta uma visão geral sobre a conjuntura macroeconómica e perspectivas para o futuro da economia, revelando, por um lado, um conjunto de evoluções positivas e favoráveis para a economia nacional e, por outro, alguns dos desafios que se mantêm, Fáusio Mussá explicou que “Angola continua dependente do petróleo e exposta à volatilidade do seu preço”, sublinhando que a criação de mais emprego e a diversificação da economia requerem reformas e investimento.

“No entanto, o elevado custo do serviço da dívida pode comprometer a despesa social, a capacidade de endividamento público e o investimento, pelo que a prudência fiscal continua a ser um importante pilar para a estabilidade macroeconómica”, referiu o economista, citado no comunicado que recebemos, tendo garantido que as previsões da instituição apontam para que a inflação esteja nos 18,6% no final do ano, um pouco mais elevada dos que as previsões anteriores.

Já a taxa de crescimento do PIB será de 3,3% no final do ano, mas registará uma diminuição do crescimento em 2023, para voltar a acelerar em 2024, concluiu.

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