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Raid Cacimbo: Pequenas histórias das aventuras passadas, expectativas e preparativos para a edição 2018

Raid Cacimbo: Pequenas histórias das aventuras passadas, expectativas e preparativos para a edição 2018
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Andrade Lino

Foi apresentada no dia 4 deste mês, em conferência de imprensa, no Hotel Baía, a vigésima segunda edição do Raid Cacimbo, uma expedição de todo-o-terreno, que neste ano, com 21 viaturas e 54 pessoas, vai inaugurar, no próximo dia 21 do corrente, a primeira rota turística angolana do projecto KAZA, que, percorrendo 5000 quilómetros, abrange as áreas protegidas do Kavango e Zambeze.

De acordo com Jorge Portugal, co-fundador do projecto e organizador durante 20 anos, O Raid Cacimbo começou em 1996, com um grupo de pessoas apaixonadas por viaturas 4/4, amantes de turismo e de aventuras.

“Tudo começou numa altura em que não era possível sair-se da cidade e andar pelo interior do país. Não era só pelo estado das estradas, que estavam completamente degradadas e destruídas, mas também pelos perigos que se corriam, porque vivíamos numa altura de guerra, então foi esta a única maneira que nós arranjámos de sair e andar pelo país, porque queríamos continuar a conhecer Angola, pois contribuir no sentido de as pessoas começarem a sair das cidades”, revelou, tendo acrescentado que foi organizando um grupo de viaturas e levando toda a logística, “tudo o quanto era necessário”, que nasceu a ousadia de andar pelos matos e picadas, durante várias semanas.

Entretanto, clareou que o Raid não é concretamente uma competição, mas atendendo às dificuldades “percorridas”, os sítios por onde os participantes andam, pode chamar-se de tal forma. “Hoje, em qualquer local, encontramos um mercado, uma boa área de serviços com coisas à venda, existem lojas. Na altura, não havia rigorosamente nada, nem os pequenos mercados na aldeia existiam, porque as pessoas tinham medo, e aquilo que cultivavam, era para se alimentarem, por isso tínhamos que levar tudo nos nossos carros, para uma viagem de 15 dias. Tínhamos que pensar na Cuca, na água, nas conservas, no pão, felizmente não no carvão, porque foi sempre uma coisa que conseguimos encontrar. Isso tornava o desafio verdadeiro, e foi por esta razão que resolvemos chamar `Raid´ ao projecto, nome originalmente denominado de `Redundant Array of Inexpensive Drives´, ou seja, em português, `Matriz Redundante de Unidades Económicas´”, relatou, em entrevista ao ONgoma News.

O responsável contou ainda que havia por parte da equipa a convicção de que aquilo que estava a fazer iria ser aproveitado, servir de alguma coisa, primeiro porque fez sempre questão de registar os momentos. “Não havia smartphones, como hoje, para a gente fazer fotografias, mas todos levámos sempre as máquinas fotográficas, levámos connosco a Televisão Pública de Angola, que foi uma grande companheira nossa nessa aventura, então cada vez que acabasse uma exposição, nós divulgávamos a nossas fotografias, a TPA divulgava as nossas imagens e assim fomos atraindo as pessoas para locais belos”, relatou, e continuou dizendo que hoje qualquer pessoa vai à Kalandula.

“Quem é que pensava poder ir ao Cuando Cubango?”, questionou-se ainda, afirmando então que era impossível. “Nós fomos, porque tínhamos noção de que estávamos a fazer qualquer coisa que era uma obrigação nossa, que era divulgar as partes belas no nosso país e dar a conhecer às populações e que isso iria dar frutos e é francamente um privilégio verificar que hoje há qualquer relato, aonde se vai, de surgimento de unidades hoteleiras, restaurantes, resorts turísticos, que só com angolanos a utilizá-los é que podem de facto desenvolver-se”, afirmou.

Jorge Portugal, co-fundador do Raid Cacimbo

Questionado sobre o impulso que o projecto oferece ao ramo turístico, Jorge Portugal abordou que o Raid Cacimbo deu um grande contributo e continua a dar para este efeito, apesar de que na altura não se distinguiam locais para se estabilizar. “Nós acampámos e assim como hoje continuamos a acampar, visitamos os lugares turísticos, as instalações hoteleiras e passamos essa informação”, disse, e paralelamente a essa questão, considerou que “em vez de estamos na luta das divisas, podemos consumir o nosso país, e ao fazê-lo, ao sermos críticos dos serviços prestados aqui, contribuímos para o desenvolvimento, para sermos exemplo do país em qualquer lado aonde formos”.

Ademais, o “cacimbado”, nome dado aos participantes da digressão, pensa que o papel das entidades sociais e do Executivo é muito importante para que se possa alavancar o crescimento do turismo, e embora defenda a necessidade de haver investimento estrangeiro, considera que “tem de haver compromisso do lado do empresariado nacional, oferecer as condições de competitividade para quem vem do estrangeiro, muitas vezes com grandes capacidades financeiras, que nós não conseguimos obter por causa das condições exigidas hoje a nível de empréstimos bancários e etc.”.

“Na minha opinião, nós não podemos sempre ter o espírito do “nada se faz”, “está tudo mal”. Nós temos que olhar para atrás e dizer: “E como era antes?”, “O que é já se fez até aqui?”, “Que problemas nós tivemos para chegar até aqui?”, referiu, questionado sobre o impacto das infra-estruturas turísticas presentes, tendo dito que “o facto de serem usadas já é um bom contributo”.

“Temos infra-estruturas turísticas, e elas não serem usadas é ruína para o investidor, tem que haver impulso e a equipa do Raid é de facto um bom veículo para atrair as pessoas para fazer turismo no nosso país, e as entidades sociais do ramo do turismo têm que divulgar os feitos”, precisou Jorge Portugal, que na sua óptica, para além do nosso regime interno, “não podemos pensar que só com nós mesmos é que nós vamos desenvolver o nosso turismo. Temos é que facilitar os vistos, tarifas aéreas que sejam acessíveis e atractivas”.

Uma iniciativa de responsabilidade ambiental

“Em mais de 20 anos de Raid Cacimbo, nunca ninguém matou um animal. Antes pelo contrário, já salvámos muitos dos que estavam a sofrer, nunca ninguém deu um tiro, nunca ninguém atropelou ou maltratou. Por outro lado, sempre fomos elogiados por quem nos segue, porque às vezes acontece nós ficamos acampados e somos muitas pessoas, em locais perto de populações, e as mesmas ficam com receio que a gente deite as coisas ou que estrague alguma coisa. Porém, uma hora depois de sairmos, não encontram um papel, não encontram um saco de plástico, não encontram uma garrafa sequer, porque temos sempre os nossos sacos de lixos. Nós pomos a comida à parte e aquilo que sobra, guardamos sempre para dar a quem necessite. Portanto, dizer que nós temos o cuidado de nunca deixar o saco de lixo nos sítios por onde passamos, podendo acontecer que dez minutos depois, naturalmente, uma criança espalhe o lixo ou um cão qualquer rasgue os sacos”, relatou, tendo explicado que o princípio é a protecção ambiental.

Ângela Bragança, ministra da Hotelaria e Turismo

Durante a conferência de imprensa, a ministra da Hotelaria e Turismo, Ângela Bragança, manifestou o seu apoio à iniciativa. “Como sabemos, vamos inaugurar um roteiro importante, o projecto KAZA, que tem largas expectativas. Por isso, é a oportunidade de conhecer a área do Kavango, a sua origem e percurso, bem como o enorme potencial de fauna, flora e os desafios que aquela zona de território manifesta”, considerou, tendo acreditado que “essa actividade tem um grande alcance no domínio de atravessar áreas que para muitos parece inestimável e inatingível, e enfrentar as condições que vão enfrentar, sem infra-estruturas muito definidas, com um voluntariado muito aceso, o ideal ecológico presente, faz tudo parte duma aventura que o Ministério da Hotelaria o Turismo quer enaltecer”.

Além disso, realçou que “esta área do sul de Angola será um grande potencial sobretudo do ecoturismo de aventuras diversas, e quiçá mais tarde se invista no turismo de investigação e de várias vertentes”, e acredita que em Malanje, brevemente, seja explorada a ornitologia, “havendo várias espécies de aves a descobrir e Angola tem uma reserva desconhecida para o mundo de espécie de pássaros, com destaque para a área do Kavango.”

Ricardo Fernandes, membro do Social Team

De acordo com Ricardo Fernandes, membro do Social Team, grupo que organiza o evento pela segunda vez consecutiva, durante duas semanas, este Raid Cacimbo vai circular maioritariamente em estradas asfaltadas, que segundo ele não é uma coisa muito típica do projecto.

“Circulamos mais em estradas secundárias e terciárias. Mas este ano, pela tipologia do programa, e estamos a falar em nos deslocarmos para Namibe e Botswana, vamos circular em melhores estradas, embora tenhamos que fazer uma incursão na província do Cuando Cubango, pela fronteira do bico de Angola”, esclareceu, e quanto às condições das estradas poderem apresentar algum problema durante a expedição, sublinhou que uma das especificidades do Raid Cacimbo são as viaturas 4/4, cuja maioria é altamente preparada para enfrentar desafios nas condições das vias. “E nos 22 anos de Raid Cacimbo, não houve nada em relação aos problemas de estrada que não tenhamos conseguido superar”, disse.

O responsável lembrou também que o número de participantes varia de edição para edição, uma vez que “há troços, por exemplo as quedas do Cunene, que não permitem que haja uma caravana com um número a mais de 15 viaturas a circular na área costeira”.

Ângelo Ambriz, gestor de marca da Cuca

Por último, Ângelo Ambriz, gestor de marca da Cuca, que apoia esta edição, acredita que este evento oferece uma maior visibilidade ao turismo potencial de Angola. “Foi dito aqui pelos representantes da Raid Cacimbo e é um facto, nós vivemos e passámos por um momento de guerra, e naturalmente que uma ou duas gerações não tiveram oportunidades de conhecer o interior do país. Assim sendo, é uma mais-valia para a projecção da imagem de Angola, das belezas naturais que temos e dos recursos possíveis.

 

 

 

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

Foi apresentada no dia 4 deste mês, em conferência de imprensa, no Hotel Baía, a vigésima segunda edição do Raid Cacimbo, uma expedição de todo-o-terreno, que neste ano, com 21 viaturas e 54 pessoas, vai inaugurar, no próximo dia 21 do corrente, a primeira rota turística angolana do projecto KAZA, que, percorrendo 5000 quilómetros, abrange as áreas protegidas do Kavango e Zambeze.

De acordo com Jorge Portugal, co-fundador do projecto e organizador durante 20 anos, O Raid Cacimbo começou em 1996, com um grupo de pessoas apaixonadas por viaturas 4/4, amantes de turismo e de aventuras.

“Tudo começou numa altura em que não era possível sair-se da cidade e andar pelo interior do país. Não era só pelo estado das estradas, que estavam completamente degradadas e destruídas, mas também pelos perigos que se corriam, porque vivíamos numa altura de guerra, então foi esta a única maneira que nós arranjámos de sair e andar pelo país, porque queríamos continuar a conhecer Angola, pois contribuir no sentido de as pessoas começarem a sair das cidades”, revelou, tendo acrescentado que foi organizando um grupo de viaturas e levando toda a logística, “tudo o quanto era necessário”, que nasceu a ousadia de andar pelos matos e picadas, durante várias semanas.

Entretanto, clareou que o Raid não é concretamente uma competição, mas atendendo às dificuldades “percorridas”, os sítios por onde os participantes andam, pode chamar-se de tal forma. “Hoje, em qualquer local, encontramos um mercado, uma boa área de serviços com coisas à venda, existem lojas. Na altura, não havia rigorosamente nada, nem os pequenos mercados na aldeia existiam, porque as pessoas tinham medo, e aquilo que cultivavam, era para se alimentarem, por isso tínhamos que levar tudo nos nossos carros, para uma viagem de 15 dias. Tínhamos que pensar na Cuca, na água, nas conservas, no pão, felizmente não no carvão, porque foi sempre uma coisa que conseguimos encontrar. Isso tornava o desafio verdadeiro, e foi por esta razão que resolvemos chamar `Raid´ ao projecto, nome originalmente denominado de `Redundant Array of Inexpensive Drives´, ou seja, em português, `Matriz Redundante de Unidades Económicas´”, relatou, em entrevista ao ONgoma News.

O responsável contou ainda que havia por parte da equipa a convicção de que aquilo que estava a fazer iria ser aproveitado, servir de alguma coisa, primeiro porque fez sempre questão de registar os momentos. “Não havia smartphones, como hoje, para a gente fazer fotografias, mas todos levámos sempre as máquinas fotográficas, levámos connosco a Televisão Pública de Angola, que foi uma grande companheira nossa nessa aventura, então cada vez que acabasse uma exposição, nós divulgávamos a nossas fotografias, a TPA divulgava as nossas imagens e assim fomos atraindo as pessoas para locais belos”, relatou, e continuou dizendo que hoje qualquer pessoa vai à Kalandula.

“Quem é que pensava poder ir ao Cuando Cubango?”, questionou-se ainda, afirmando então que era impossível. “Nós fomos, porque tínhamos noção de que estávamos a fazer qualquer coisa que era uma obrigação nossa, que era divulgar as partes belas no nosso país e dar a conhecer às populações e que isso iria dar frutos e é francamente um privilégio verificar que hoje há qualquer relato, aonde se vai, de surgimento de unidades hoteleiras, restaurantes, resorts turísticos, que só com angolanos a utilizá-los é que podem de facto desenvolver-se”, afirmou.

Jorge Portugal, co-fundador do Raid Cacimbo

Questionado sobre o impulso que o projecto oferece ao ramo turístico, Jorge Portugal abordou que o Raid Cacimbo deu um grande contributo e continua a dar para este efeito, apesar de que na altura não se distinguiam locais para se estabilizar. “Nós acampámos e assim como hoje continuamos a acampar, visitamos os lugares turísticos, as instalações hoteleiras e passamos essa informação”, disse, e paralelamente a essa questão, considerou que “em vez de estamos na luta das divisas, podemos consumir o nosso país, e ao fazê-lo, ao sermos críticos dos serviços prestados aqui, contribuímos para o desenvolvimento, para sermos exemplo do país em qualquer lado aonde formos”.

Ademais, o “cacimbado”, nome dado aos participantes da digressão, pensa que o papel das entidades sociais e do Executivo é muito importante para que se possa alavancar o crescimento do turismo, e embora defenda a necessidade de haver investimento estrangeiro, considera que “tem de haver compromisso do lado do empresariado nacional, oferecer as condições de competitividade para quem vem do estrangeiro, muitas vezes com grandes capacidades financeiras, que nós não conseguimos obter por causa das condições exigidas hoje a nível de empréstimos bancários e etc.”.

“Na minha opinião, nós não podemos sempre ter o espírito do “nada se faz”, “está tudo mal”. Nós temos que olhar para atrás e dizer: “E como era antes?”, “O que é já se fez até aqui?”, “Que problemas nós tivemos para chegar até aqui?”, referiu, questionado sobre o impacto das infra-estruturas turísticas presentes, tendo dito que “o facto de serem usadas já é um bom contributo”.

“Temos infra-estruturas turísticas, e elas não serem usadas é ruína para o investidor, tem que haver impulso e a equipa do Raid é de facto um bom veículo para atrair as pessoas para fazer turismo no nosso país, e as entidades sociais do ramo do turismo têm que divulgar os feitos”, precisou Jorge Portugal, que na sua óptica, para além do nosso regime interno, “não podemos pensar que só com nós mesmos é que nós vamos desenvolver o nosso turismo. Temos é que facilitar os vistos, tarifas aéreas que sejam acessíveis e atractivas”.

Uma iniciativa de responsabilidade ambiental

“Em mais de 20 anos de Raid Cacimbo, nunca ninguém matou um animal. Antes pelo contrário, já salvámos muitos dos que estavam a sofrer, nunca ninguém deu um tiro, nunca ninguém atropelou ou maltratou. Por outro lado, sempre fomos elogiados por quem nos segue, porque às vezes acontece nós ficamos acampados e somos muitas pessoas, em locais perto de populações, e as mesmas ficam com receio que a gente deite as coisas ou que estrague alguma coisa. Porém, uma hora depois de sairmos, não encontram um papel, não encontram um saco de plástico, não encontram uma garrafa sequer, porque temos sempre os nossos sacos de lixos. Nós pomos a comida à parte e aquilo que sobra, guardamos sempre para dar a quem necessite. Portanto, dizer que nós temos o cuidado de nunca deixar o saco de lixo nos sítios por onde passamos, podendo acontecer que dez minutos depois, naturalmente, uma criança espalhe o lixo ou um cão qualquer rasgue os sacos”, relatou, tendo explicado que o princípio é a protecção ambiental.

Ângela Bragança, ministra da Hotelaria e Turismo

Durante a conferência de imprensa, a ministra da Hotelaria e Turismo, Ângela Bragança, manifestou o seu apoio à iniciativa. “Como sabemos, vamos inaugurar um roteiro importante, o projecto KAZA, que tem largas expectativas. Por isso, é a oportunidade de conhecer a área do Kavango, a sua origem e percurso, bem como o enorme potencial de fauna, flora e os desafios que aquela zona de território manifesta”, considerou, tendo acreditado que “essa actividade tem um grande alcance no domínio de atravessar áreas que para muitos parece inestimável e inatingível, e enfrentar as condições que vão enfrentar, sem infra-estruturas muito definidas, com um voluntariado muito aceso, o ideal ecológico presente, faz tudo parte duma aventura que o Ministério da Hotelaria o Turismo quer enaltecer”.

Além disso, realçou que “esta área do sul de Angola será um grande potencial sobretudo do ecoturismo de aventuras diversas, e quiçá mais tarde se invista no turismo de investigação e de várias vertentes”, e acredita que em Malanje, brevemente, seja explorada a ornitologia, “havendo várias espécies de aves a descobrir e Angola tem uma reserva desconhecida para o mundo de espécie de pássaros, com destaque para a área do Kavango.”

Ricardo Fernandes, membro do Social Team

De acordo com Ricardo Fernandes, membro do Social Team, grupo que organiza o evento pela segunda vez consecutiva, durante duas semanas, este Raid Cacimbo vai circular maioritariamente em estradas asfaltadas, que segundo ele não é uma coisa muito típica do projecto.

“Circulamos mais em estradas secundárias e terciárias. Mas este ano, pela tipologia do programa, e estamos a falar em nos deslocarmos para Namibe e Botswana, vamos circular em melhores estradas, embora tenhamos que fazer uma incursão na província do Cuando Cubango, pela fronteira do bico de Angola”, esclareceu, e quanto às condições das estradas poderem apresentar algum problema durante a expedição, sublinhou que uma das especificidades do Raid Cacimbo são as viaturas 4/4, cuja maioria é altamente preparada para enfrentar desafios nas condições das vias. “E nos 22 anos de Raid Cacimbo, não houve nada em relação aos problemas de estrada que não tenhamos conseguido superar”, disse.

O responsável lembrou também que o número de participantes varia de edição para edição, uma vez que “há troços, por exemplo as quedas do Cunene, que não permitem que haja uma caravana com um número a mais de 15 viaturas a circular na área costeira”.

Ângelo Ambriz, gestor de marca da Cuca

Por último, Ângelo Ambriz, gestor de marca da Cuca, que apoia esta edição, acredita que este evento oferece uma maior visibilidade ao turismo potencial de Angola. “Foi dito aqui pelos representantes da Raid Cacimbo e é um facto, nós vivemos e passámos por um momento de guerra, e naturalmente que uma ou duas gerações não tiveram oportunidades de conhecer o interior do país. Assim sendo, é uma mais-valia para a projecção da imagem de Angola, das belezas naturais que temos e dos recursos possíveis.

 

 

 

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