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Move + e parceiros solidarizam-se com as crianças da AACA

Move + e parceiros solidarizam-se com as crianças da AACA
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Andrade Lino

A Move+ 2017 realizou uma visita solidária à Associação de Apoio à Criança Abandonada (AACA), um lar de acolhimento que alberga mais de meia centena de meninas, com idades compreendidas entre os 7 e 18 anos de idade, localizado defronte ao Instituto de Formação de Professores, INME Garcia Neto. Decorrido na última sexta-feira, dia 20 de Outubro, o evento contou com a presença de músicos e outros actores da sociedade civil que se reuniram na AACA para mostrarem o seu afecto às anfitriãs.

Para o cantor Big Nelo, embaixador da causa neste ano, “quando ajudamos, sentimo-nos felizes”. O artista, que foi o mentor do projecto simétrico “Criança Futuro”, disse ainda que é sempre uma grande satisfação para si poder abraçar iniciativa dessa natureza, porque é com acções como estas que “podemos” ter as crianças a pensarem doutra maneira, em vez de se perderem a fazer coisas que não deveriam.

“Quando me fizeram o convite, achei que era de facto uma grande oportunidade para nós, enquanto líderes de opinião, passarmos essa imagem, de modo que os nossos fãs tenham também esta visão de solidariedade e possamos criar uma sociedade bem mais humana. Eu poderia não trazer nada, mas o facto de estar aqui durante 15 ou mais minutos, repetidas vezes, significaria muito mais do que trazer bens materiais e depois ficar 50 anos sem voltar a aparecer”, argumentou, tendo afirmado que é necessário que as crianças sintam que não estão esquecidas e que há pessoas que se preocupam com a vida delas.

“A Move + abraçou este lar e é importante que as outras organizações abracem também outros lares, pois a ideia é, com o pouco, irmos realmente passando amor e carinho às crianças”, reforçou.

O CEO da produtora STEP MUSIC, Kayaya Júnior, padrinho da instituição há 23 anos, considerou-se apenas um cidadão que gosta de ajudar o próximo e apoiar quem mais precisa e confessou que o sorriso das meninas foi o que mais gostou de ver no decorrer do evento.

“As dificuldades que vivemos aqui são as mesmas que vivemos nas nossas casas. Depois deste evento, para além do trabalho que já temos feito, essa visita serve para que essas crianças amem-se mais. Essa vinda significa bastante na vida dessas crianças, porque perceberão que para além das pessoas com quem vivem, pessoas que cuidam delas, afinal ainda existem outras pessoas da sociedade que as amam”, disse.

Dessa forma, Kayaya Júnior espera que o evento se replique por muito mais e faça com que outras pessoas levem ao centro “um bolo de aniversário, um sorriso ou um abraço”.

“Acho que a solidariedade não se faz por decreto, mas por amor. Então, qualquer pessoa que se sentir tocada por esta iniciativa, as portas desse centro, decerto, estarão sempre abertas”, reforçou.

‍ Hirondino Garcia, CEO do Chalé da Comida

Já Hirondino Garcia, CEO do Chalé da Comida e um dos patrocinadores do evento, confirmou que a iniciativa é de extrema importância e aproveitou para apelar às outras organizações para fazerem “exactamente o mesmo” e muitas vezes.

“Não esperemos pelo mês de Dezembro porque este não é o único mês em que essas pessoas comem. Elas têm necessidades ao longo do ano, e nós, dentro do que nos é possível, devemos acudi-las de alguma coisa. Claro que não somos capazes de resolver todos os problemas, mas se cada um de nós for resolvendo algum problema, com certeza faremos uma coisa com mais amor e carinho”, precisou o empresário, em entrevista ao ONgoma.

Não só de comida vivem as crianças... também de boa música

Mona Nicastro, à esquerda, na companhia de Zoca Zoca

Entretanto, além dos apoios materiais, as crianças da Associação de Apoio à Criança Abandonada (AACA) foram agraciadas com momentos de diversão e cultura. Segundo o cantor Mona Nicastro, um dos participantes do encontro, “é sempre bom saber que há pessoas se juntam para ajudar o próximo e, por outro lado, mostrar às crianças que sofreram algum mal que ainda existem pessoas boas no mundo”.

“Estou aqui para ajudar no que posso, transmitir o meu calor humano a essas crianças e mostrar-lhes que, além de tudo, o principal é saber superar-se na vida e realizar os nossos sonhos”, declarou, e acrescentou que acredita que a formação é a base do centro de acolhimento, então, “nada melhor do que uma pessoa formada, porque tem bases para um futuro promissor, e é notável que as meninas têm já um caminho andado para poderem conquistar a sociedade”.

Por seu turno, Helena Tomás, subdirectora pedagógica daquela instituição de caridade, afirmou que se sente realizada moral e espiritualmente por conviver com crianças de vários estratos e que já passaram por várias vicissitudes: “órfãs de guerra, de pais, outras órfãs de pais vivos, de extrema pobreza”, afirmou, tendo acrescentado, entretanto, que juntando o útil ao agradável, sente-se ainda mais satisfeita por estar a participar na obra do Senhor, que é cuidar e criar crianças com várias dificuldades.

Benedita Jaime, que está no centro há quatro anos e estudante da 6ª classe, revelou que se sente bem, melhor ainda por causa do evento e que gostaria de estar sempre no lar, ao passo que Maria Francisca declarou ter encontrado não só amigas mas também irmãs e que, em relação ao evento, gostou mais da apresentação do Big Nelo.

Estiveram presentes na acção os oradores da Move Angola 2017, nomeadamente Marco Rui Boto, Sara Batalha e Marco Patrice Victor, além de Dárdano Santos, a Plural Editores, Os Tubas, a NCR Angola (que doou um cheque de 348.000 kz), dentre outras instituições, que doaram bens diversos.

Já na recta final, com a animação do DJ Ricardo Alves, um grupo de meninas do lar brindou os presentes com um desfile de moda.

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Andrade Lino

Jornalista

Estudante de Língua Portuguesa e Comunicação, amante de artes visuais, música e poesia.

A Move+ 2017 realizou uma visita solidária à Associação de Apoio à Criança Abandonada (AACA), um lar de acolhimento que alberga mais de meia centena de meninas, com idades compreendidas entre os 7 e 18 anos de idade, localizado defronte ao Instituto de Formação de Professores, INME Garcia Neto. Decorrido na última sexta-feira, dia 20 de Outubro, o evento contou com a presença de músicos e outros actores da sociedade civil que se reuniram na AACA para mostrarem o seu afecto às anfitriãs.

Para o cantor Big Nelo, embaixador da causa neste ano, “quando ajudamos, sentimo-nos felizes”. O artista, que foi o mentor do projecto simétrico “Criança Futuro”, disse ainda que é sempre uma grande satisfação para si poder abraçar iniciativa dessa natureza, porque é com acções como estas que “podemos” ter as crianças a pensarem doutra maneira, em vez de se perderem a fazer coisas que não deveriam.

“Quando me fizeram o convite, achei que era de facto uma grande oportunidade para nós, enquanto líderes de opinião, passarmos essa imagem, de modo que os nossos fãs tenham também esta visão de solidariedade e possamos criar uma sociedade bem mais humana. Eu poderia não trazer nada, mas o facto de estar aqui durante 15 ou mais minutos, repetidas vezes, significaria muito mais do que trazer bens materiais e depois ficar 50 anos sem voltar a aparecer”, argumentou, tendo afirmado que é necessário que as crianças sintam que não estão esquecidas e que há pessoas que se preocupam com a vida delas.

“A Move + abraçou este lar e é importante que as outras organizações abracem também outros lares, pois a ideia é, com o pouco, irmos realmente passando amor e carinho às crianças”, reforçou.

O CEO da produtora STEP MUSIC, Kayaya Júnior, padrinho da instituição há 23 anos, considerou-se apenas um cidadão que gosta de ajudar o próximo e apoiar quem mais precisa e confessou que o sorriso das meninas foi o que mais gostou de ver no decorrer do evento.

“As dificuldades que vivemos aqui são as mesmas que vivemos nas nossas casas. Depois deste evento, para além do trabalho que já temos feito, essa visita serve para que essas crianças amem-se mais. Essa vinda significa bastante na vida dessas crianças, porque perceberão que para além das pessoas com quem vivem, pessoas que cuidam delas, afinal ainda existem outras pessoas da sociedade que as amam”, disse.

Dessa forma, Kayaya Júnior espera que o evento se replique por muito mais e faça com que outras pessoas levem ao centro “um bolo de aniversário, um sorriso ou um abraço”.

“Acho que a solidariedade não se faz por decreto, mas por amor. Então, qualquer pessoa que se sentir tocada por esta iniciativa, as portas desse centro, decerto, estarão sempre abertas”, reforçou.

‍ Hirondino Garcia, CEO do Chalé da Comida

Já Hirondino Garcia, CEO do Chalé da Comida e um dos patrocinadores do evento, confirmou que a iniciativa é de extrema importância e aproveitou para apelar às outras organizações para fazerem “exactamente o mesmo” e muitas vezes.

“Não esperemos pelo mês de Dezembro porque este não é o único mês em que essas pessoas comem. Elas têm necessidades ao longo do ano, e nós, dentro do que nos é possível, devemos acudi-las de alguma coisa. Claro que não somos capazes de resolver todos os problemas, mas se cada um de nós for resolvendo algum problema, com certeza faremos uma coisa com mais amor e carinho”, precisou o empresário, em entrevista ao ONgoma.

Não só de comida vivem as crianças... também de boa música

Mona Nicastro, à esquerda, na companhia de Zoca Zoca

Entretanto, além dos apoios materiais, as crianças da Associação de Apoio à Criança Abandonada (AACA) foram agraciadas com momentos de diversão e cultura. Segundo o cantor Mona Nicastro, um dos participantes do encontro, “é sempre bom saber que há pessoas se juntam para ajudar o próximo e, por outro lado, mostrar às crianças que sofreram algum mal que ainda existem pessoas boas no mundo”.

“Estou aqui para ajudar no que posso, transmitir o meu calor humano a essas crianças e mostrar-lhes que, além de tudo, o principal é saber superar-se na vida e realizar os nossos sonhos”, declarou, e acrescentou que acredita que a formação é a base do centro de acolhimento, então, “nada melhor do que uma pessoa formada, porque tem bases para um futuro promissor, e é notável que as meninas têm já um caminho andado para poderem conquistar a sociedade”.

Por seu turno, Helena Tomás, subdirectora pedagógica daquela instituição de caridade, afirmou que se sente realizada moral e espiritualmente por conviver com crianças de vários estratos e que já passaram por várias vicissitudes: “órfãs de guerra, de pais, outras órfãs de pais vivos, de extrema pobreza”, afirmou, tendo acrescentado, entretanto, que juntando o útil ao agradável, sente-se ainda mais satisfeita por estar a participar na obra do Senhor, que é cuidar e criar crianças com várias dificuldades.

Benedita Jaime, que está no centro há quatro anos e estudante da 6ª classe, revelou que se sente bem, melhor ainda por causa do evento e que gostaria de estar sempre no lar, ao passo que Maria Francisca declarou ter encontrado não só amigas mas também irmãs e que, em relação ao evento, gostou mais da apresentação do Big Nelo.

Estiveram presentes na acção os oradores da Move Angola 2017, nomeadamente Marco Rui Boto, Sara Batalha e Marco Patrice Victor, além de Dárdano Santos, a Plural Editores, Os Tubas, a NCR Angola (que doou um cheque de 348.000 kz), dentre outras instituições, que doaram bens diversos.

Já na recta final, com a animação do DJ Ricardo Alves, um grupo de meninas do lar brindou os presentes com um desfile de moda.

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